BELO HORIZONTE- O maior assaltante de banco do país, José Antônio Marin, o Toninho Pavão, foi preso pela Polícia Federal, na quinta-feira, em Belo Horizonte. Segundo a polícia, ele é acusado de mais de 70 assaltos à Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco em três estados (Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), além de tráfico de drogas. Toninho Pavão fugiu, há um ano e seis meses, da Penitenciária de Segurança Máxima (PSMA) de Viana, na Grande Vitória.
O bandido foi preso no campo do Santa Cruz, quando ele assistia ao treino do filho, menor de idade, perto do bairro Palmares, em Belo Horizonte. De acordo com o delegado Ricardo Amaral, da Superintendência da Polícia Federal de Minas Gerais, o serviço de inteligência da PF já estava monitorando Toninho Pavão desde de sua fuga do presídio. Ele deve ser transferido para o Espírito Santo ainda nesta sexta-feira. Ao ser abordado pelos policiais, o assaltante estava sozinho e desarmado. Ele apresentou documentos falsos em nome de Geraldo Campos e tentou fugir, chegando a lutar com os agentes.
Segundo o delegado, a quadrilha de Pavão é suspeita de assaltar a agência do Banco do Brasil, em Conselheiro Lafaiete, interior de Minas Gerais, há cerca de 30 dias. Para roubar o banco, os bandidos amarraram explosivos nos corpos de familiares do gerente. Ele foi obrigado a entregar o dinheiro aos bandidos.
A maneira de a quadrilha agir é parecida com a do assaltante Gutemberg Jesus Oliveira, o Bequinha, 28 anos, preso com seus comparsas, no início de novembro, em Aimorés, divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo. A PF vai investigar se os dois bandos agiam em conjunto.
Toninho Pavão, foi preso pela primeira vez em 18 de janeiro de 2000 em um laboratório de refino de cocaína em um sítio na localidade de Putiri, na Serra, na Grande Vitória. Na época, foram aprendidos 30 quilos de cocaína refinada, 30 gramas de crack, além de produtos químicos para o refino da droga. A mulher do traficante, Vanusa Vieira Anísio, também foi presa.
A fuga do assaltante da penitenciária, no dia 26 de maio de 2003, foi cinematográfica. Ele serrou as grades da cela e passou por oito portas de ferro que deveriam estar trancadas. Depois, acompanhado do assaltante Paulo Donizete Siqueira de Souza, saiu pela porta principal. Na cela, Toninho Pavão deixou um boneco de pano sob o lençol. Os agentes que trabalhavam no dia da fuga foram afastados.
No dia 16 de junho do ano passado, Paulo Donizete foi recapturado em Campos, no Rio de Janeiro. Em novembro de 2003, Donizete foi transferido para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, em São Paulo.
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