SÃO PAULO - O menino de 7 anos que foi deixado de castigo pela professora por mais de quatro horas na Escola Municipal de Educação Fundamental (Emef) Saline Abdo, em Nova Odessa, não quer mais voltar para escola. A mãe do menino, a dona-de-casa Maria Luzineide da Silva, ainda está abalada e aguarda o apoio pedagógico que a Secretaria de Educação garantiu que será colocado à disposição da família.
O menino foi colocado de castigo atrás de uma porta pela professora porque não tinha devolvido um livro da biblioteca. Mesmo depois de terminada a aula o menino permaneceu no castigo. A vizinha que foi buscar o menino não o encontrou e avisou a mãe, que foi até a escola e encontrou o filho atrás da porta, onde estava há mais de quatro horas. Segundo Maria Luizineide, o menino estava em estado de choque e demorou pelo menos 20 minutos para conseguir contar o que aconteceu. Os pais registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Nova Odessa.
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Educação informou que foi aberta sindicância interna para apurar os fatos e que nos próximos 30 dias a professora vai ficar afastada da sala de aula. De acordo com a secretaria, o castigo além de contrariar o Estatuto da Criança e do Adolescente, não é uma norma pedagógica adotada pelo sistema municipal de educação. A professora foi afastada até que a sindicância aberta para apurar o caso seja concluída. O prazo inicial é de 30 dias e, até lá, ela recebe normalmente o salário.
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