RIO - O cantor Marcelo Pires Vieira, do Belo, foi preso na manhã desta sexta-feira, em sua casa, no condomínio Maramar, no Recreio. O cantor estava em um esconderijo construído em no salão de jogos que dava acesso a um pequeno quarto com um banheiro. De acordo com o chefe de Polícia Civil, o delegado Álvaro Lins, a polícia já tinha a informação de que havia um fundo falso onde o cantor se esconderia em caso de buscas da polícia e foi direto ao local. Não houve resistência na hora da prisão.
O cantor está na sede da Polinter, na Zona Portuária. Ele chegou ao local escondendo as algemas com uma camisa. A chegada foi tumultuada e alguns fotógrafos e cinegrafistas foram agredidos por policiais. Por volta das 10h, Belo fez exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal e depois retornou para a cadeia.
Como não tem curso superior, o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, ficará preso em uma cela comum da Polinter, na Zona Portuária, aguardando uma vaga no sistema penitenciário do estado para ser transferido.
Na quinta-feira, a Justiça expediu um novo mandado de prisão contra o cantor. Belo foi condenado a oito anos de prisão em regime fechado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A decisão dos desembargadores foi unânime. Este foi o segundo julgamento do recurso impetrado pelo Ministério Público.
A pena inicial recebida pelo cantor, em 2002, foi de seis anos de prisão. Em dezembro do ano seguinte, ela foi aumentada para oito anos, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu ao cantor o direito a novo julgamento.
No mesmo inquérito que indiciou Belo também estavam o presidente da Associação de Moradores do Jacarezinho, Antônio Carlos Ferreira Gabriel, o Rumba, O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado da morte do jornalista da Rede Globo Tim Lopes, o sargento da PM Jucimar Pereira de Carvalho, flagrado combinando assaltos com traficantes do Jacarezinho, e mais outras 11 pessoas.
O envolvimento de Belo com o tráfico foi descoberto em junho de 2002, a partir de gravações de conversas telefônicas entre ele e o traficante Waldir Ferreira, o Vado, que controlava a venda de drogas no Jacarezinho e foi morto em confronto com a polícia. Belo foi indiciado e passou 36 dias preso na carceragem da Delegacia Anti-Seqüestro (DAS), quando conseguiu um hábeas-corpus.
Na escuta telefônica feita pela polícia da conversa entre Belo e Vado, o bandido pedia dinheiro ao cantor para pagar uma remessa de cocaína. Belo pedia, em troca, um "tênis", que seria, segundo a polícia, um fuzil AR-15.
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