BRASÍLIA - Ucrânia, China, Estados Unidos e Rússia participarão da nova fase do Centro de Lançamento de Satélites de Alcântara, no Maranhão. A informação foi dada pelo novo presidente da Agência Espacial Brasileira, professor Sérgio Gaudenzi, em entrevista ao programa “Revista Amazônia”, da Rádio Nacional da Amazônia. Ele garantiu que em breve começará a retirada do que restou na base após a explosão ocorrida em 22 de agosto do ano passado, quando morreram 21 funcionários civis.
O primeiro lançamento da nova fase está previsto para 2006, por meio de um VLS (Veículo de Lançamento de Satélite) com capacidade para “carga mais leve”. O lançamento de um satélite “mais pesado e dirigido a órbita mais alta”, segundo Gaudenzi, deverá ocorrer “por volta de 2008”. Já foi assinado convênio entre o Brasil e a Ucrânia que aguarda ratificação pelo Congresso dos dois países. Será o satélite Ciclone-IV e exigirá a construção, pela Ucrânia, de uma base própria. "Cada lançador tem a necessidade de uma plataforma diferente”, explicou o novo presidente da Agência Espacial Brasileira. Ele disse acreditar que o acordo será ratificado em agosto e possibilitará a formação de uma empresa binacional.
Gaudenzi assegurou que com os Estados Unidos "há indícios muito bons de que também poderemos estabelecer o mesmo tipo de acordo”. E destacou que a indústria espacial brasileira já participa do fornecimento de “alguns componentes”, tem sua marca colocada na plataforma de lançamentos de satélites da Nasa. Outro país interessado em participar de lançamentos em Alcântara é a Rússia, com quem existe “possibilidade grande e concreta de um acordo espacial”. O presidente da Agência Espacial Brasileira explicou que "a área de Alcântara é grande, comporta vários sítios e por isso podemos ter cooperação de vários países”.
Quanto à China, país com o qual o Brasil já lançou dois satélites da série Cbers, Gaudenzi informou que o terceiro sairá "em 2007 ou 2008”, mas que o Cbers-IV já partirá da Base de Lançamentos de Alcântara. Em setembro, segundo ele, haverá uma reunião em Pequim para os acertos finais.
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