SÃO PAULO - Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontraram um cartucho de pistola 380 no quarto de Gil Greco Rugai, suspeito de matar o pai e a madrasta, na noite do dia 28 de março, em uma mansão no Pacaembu, na zona oeste da capital. O calibre do cartucho é o mesmo das balas que mataram o casal Luiz Carlos Rugai, de 40 anos, e Alessandra de Fátima Troitiño, de 33.
Policiais também encontraram no quarto de Gil Greco uma nota fiscal de coldre para pistola, no nome do suspeito, e um certificado de que ele realizou um curso de tiro. Esses indícios se somam ao fato de que o filho de Rugai seria suspeito de dar um desfalque de R$ 100 mil na produtora de seu pai. Além disso, os dois tiveram uma briga poucos dias antes do crime. Uma testemunha contou à polícia que Gil Greco e outra pessoa teriam saído pelos fundos da mansão, após os tiros.
O advogado de Gil Greco, Paulo José da Costa Júnior, disse que o seu cliente deve se entregar nesta segunda-feira à polícia. O suspeito está foragido desde sexta-feira, quando teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
Cerca de cem policiais intensificaram as buscas para a prisão de Gil Greco, de 20 anos, no final de semana. Na manhã de sábado, duas equipes do DHPP estiveram na casa de Odete Rugai, avó paterna de Gil, à procura do jovem. Os investigadores tentam também encontrar a arma do crime. Ao longo do final de semana, a polícia estendeu as buscas para cidades do interior e litoral do estado, onde a família tem uma casa.
Gil Greco deverá se apresentar à polícia assim que o seu advogado considerar ser o melhor momento para ele se entregar, segundo a mãe do acusado, Maristela Rodrigues Greco. Ela disse que a família está "vivendo um pesadelo". Afirmou que pretende falar com jornalistas, para dar a versão da família sobre os fatos. No entanto, a mãe de Gil disse que prefere aguardar um posicionamento do advogado antes de se pronunciar.
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