Caso Waldomiro pauta dia-a-dia de ministros

Agência Nordeste

Atualizada em 27/03/2022 às 15h08

BRASÍLIA - As denúncias envolvendo o ex-assessor do Palácio do Planalto, Waldomiro Diniz, continuam pautando o dia-a-dia de muitos ministros do Governo Lula, até mesmo os que não estão diretamente relacionados ao assunto.

Ao deixarem a sede da CNBB, na tarde desta quarta-feira, 25, onde foi lançada a campanha da fraternidade de 2004 – os ministros do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Patrus Ananias, e do Meio Ambiente, Marina Silva, foram cobrados pela imprensa a se pronunciar sobre o caso. Patrus deixou clara a sua insatisfação. "Sou ministro do Desenvolvimento Social e se vocês quiserem falar sobre as atribuições da minha pasta estou a disposição. Não pertenço ao grupo do Governo que é responsável por este assunto", disse por diversas vezes diante da insistência da imprensa.

A ministra Marina Silva também se mostrou incomodada. Ao ser perguntada se era favorável a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias, ela encerrou a entrevista. Os dois ministros, no entanto, fizeram questão de sair em defesa do ministro da Casa Civil, José Dirceu.

O ministro vem sofrendo pressões para deixar o cargo, devido a sua ligação pessoal com Waldomiro Diniz. Os dois dividiram um apartamento em Brasília e foi Dirceu quem levou o ex-assessor para o Planalto.

Ao comentar as críticas da oposição a Dirceu, Patrus ficou com os olhos marejados. "O José Dirceu é um patriota, teve sua vida dedicada ao país e pagou um preço muito alto por isso (referindo-se ao exílio a que o ministro foi submetido pelo regime ditatorial). Penso que ele merece ser olhado com muito respeito e não com as agressões que vem sofrendo", disse.

Tanto Patrus, quanto Marina disseram que estarão presentes no ato que o PT está organizando em desagravo ao ministro da Casa Civil. Segundo o presidente do partido, José Genoino, a manifestação deverá acontecer na próxima quarta-feira, em Brasília. Perguntada se havia necessidade para a homenagem, Marina respondeu: "O PT sempre fez manifestações públicas, não é agora que vai perder a sua tradição".

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