Pernambuco diz à polícia que também era refém

Atualizada em 27/03/2022 às 15h12

RECIFE - Preso na madrugada de hoje na cidade de Petrolina, Paulo Cezar Marques, o Pernambuco, negou à polícia que tenha participado do assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé.

Acusado por outros envolvidos no crime de ter sido o autor das facadas que tiraram a vida de Liana, Pernambuco negou o homicídio e responsabilizou o menor Champinha pela morte. Champinha admite ter matado apenas Felipe, com um tiro de espingarda.

Segundo a versão de Pernambuco, ele próprio era refém do menor e declarou que, se pudesse, fugiria do cativeiro e libertaria Liana. De acordo com a polícia, o acusado disse que Liana mantinha-se calada a maior parte do tempo e que chorou ao saber que seu namorado havia sido morto.

A Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) revelou, hoje, que soube da viagem de Pernambuco a Petrolina desde ontem, mas aguardou o melhor momento para prendê-lo. Mais de 20 ônibus foram vistoriados pela polícia na busca por Pernambuco.

O acusado viajava em um coletivo que partiu de São Paulo em direção ao município de Patos, na Paraíba.

Complica a situação de Pernambuco o fato de ele ter marcado uma consulta médica antes de fugir para Petrolina. O acusado apresenta hematomas e marcas de arranhão pelo corpo, o que indicaria que Pernambuco lutou com Liana antes da jovem morrer.

O acusado faz, ainda hoje, um exame de corpo de delito, em Recife, antes de seguir viagem para São Paulo.

As condições em que o crime ocorreu só devem ser esclarecidas amanhã, quando Pernambuco será interrogado por policiais do DHPP em São Paulo. A polícia não descarta fazer uma acareação entre os 5 presos envolvidos no caso para esclarecer o crime.

Todos suspeitos envolvidos já estão presos

Além de Pernambuco, outros quatro suspeitos de envolvimento no crime já estão presos. Dois foram detidos ontem. Além do menor de idade R.A.A.C, o Champinha, e de Aguinaldo Pires, 41 anos, estão presos o caseiro Antonio Matias de Barros, que teria escondido a arma do crime, e um homem identificado apenas como Antonio, que teria fornecido comida durante os dias em que a dupla foi mantida em cativeiro.

A polícia apresentou ontem a arma que teria sido usada para matar Felipe, de 19 anos. É uma espingarda cartucheira, calibre 28, pertencente a Pernambuco e que teria sido escondida por Antônio Matias de Barros, 48. De acordo com o delegado Sivio Balangio, a arma é obsoleta e tinha apenas uma cartucho.

Conforme a polícia, o grupo tinha percebido que não havia objetos de valor com casal quando Liana informou que tinha "posses". Diante dos novos fatos, o grupo decidiu matar Felipe para começar a trabalhar na proposta de resgate que pediriam aos familiares de Liana.

Felipe foi morto no domingo, dia de Finados. O crime teria sido cometido por Pernambuco. Felipe teria caminhado em linha reta até chegar fora do campo visual de Liana e de Agnaldo, que a observava, quando Pernambuco deu um único tiro com a espingarda.

Ainda conforme a polícia, a decisão de matar Liana surgiu depois que o grupo percebeu que o cerco policial estava perto do cativeiro. Pernambuco teria resolvido matar a menina na madrugada de quarta-feira da semana passada. Ele teria dado a primeira das 15 facadas. Os outros golpes foram feitos pelos menor.

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