BRASÍLIA – O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Edison Lobão (PFL/MA) está “entre a cruz e a espada”. A oposição já fala em pedir vistas ao parecer de Tião Viana (PT/AC) sobre as emendas de plenário apresentadas à reforma da Previdência, o que preocupa o Governo, porque pode atrasar os planos de colocar a reforma em votação no plenário em 18 de novembro.
O líder do PFL, José Agripino (RN), garante que Lobão já se comprometeu a atender o pedido da oposição. “Ele não me disse de quanto tempo seriam às vistas”, disse. Já o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), quer cinco dias de vistas, prazo semelhante ao dado por Lobão durante a apresentação do primeiro parecer de Viana, que foi de cinco dias.
“Acho que Lobão não fará diferente. Digamos que o faça: é atrito conosco e motivo para obstruir”, disse.
Lobão integra um partido da oposição, mas é ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se conceder as vistas à oposição, Lobão desagrada o grupo ligado ao Governo, porque atrasa a votação das emendas de plenário na CCJ e também a votação da PEC paralela.
Se não conceder, desagrada a oposição, que promete obstruir as votações, o que também acaba por atrasar o processo.
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