RIO - A rebelião no presídio de segurança máxima Bangu I, comandada pelo traficante Fernandinho Beira-Mar chegou ao fim depois de quase 24 horas. As negociações que foram suspensas durante a madrugada foram retomadas hoje pela manhã. Mas os detentos rebelados só entregaram as armas depois de permitida a entrada de fotógrafos e cinegrafistas para garantir sua integridade física. Foram entregues à polícia cinco pistolas e uma escopeta.
Os detentos amotinados executaram quatro traficantes. Entre os mortos está Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, rival de Beira-Mar, que foi morto morto a tiros e teve o corpo queimado pelos presos rivais. O traficante Marcelo Lucas da Silva, o Café, que está ferido no braço direito, deixou o presídio e foi levado para o Hospital Penitenciário.
Ao contrário do que foi informado anteriormente, o traficante Celsinho da Vila Vintém está vivo e teria feito um sinal com o símbolo da facção criminosa que integra ao ver os fotógrafos e cinegrafistas no interior de Bangu I. Mas de acordo com a polícia, ele teria traído os traficantes do seu grupo e se aliado a Fernandinho Beira-Mar e Chapolim para praticar a chacina no presídio.
Os seis reféns foram liberados e encaminhados para exame médico. Um operário mantido refém disse que eles não foram molestados e nem presos a botijões de gás como foi divulgado. O mesmo relato foi feito pelo agente penitenciário Vacário, outro refém liberado. Ele disse que o momento de maior tensão foi quando a governadora Benedita da Silva ordenou a invasão de Bangu I. Ele disse que seria impossível a ação da polícia já que teriam que atravessar três portas de ferro que estavam trancadas com cadeados.
A polícia está dentro do presídio fazendo revistas. Cães farejadores e duas equipes do esquadrão anti-bombas da Polícia Civil também estão no local. A unidade foi parcialmente destruída e está sem luz e água.
A rebelião teria começado por volta das 8h de ontem, quando dois agentes penitenciários que faziam a revista das celas foram rendidos. Os detentos rebelados teriam conseguido pegar as armas de emergência que ficam dentro da galeria. A exigência dos presos era que Beira-Mar não fosse transferido para outro presídio.
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