Enchentes no Maranhão

Bacabal: famílias se recusam a sair de abrigo sem proteção contra chuva e com risco de incêndio

As 191 pessoas estão abrigadas em um galpão situado nas dependências da Paróquia Santa Terezinha.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 13/04/2023 às 17h34
Abrigo não tem proteção suficiente contra a chuva. Foto: Reprodução/TV Mirante
Abrigo não tem proteção suficiente contra a chuva. Foto: Reprodução/TV Mirante

BACABAL - As famílias que estão abrigadas em um alojamento sem proteção contra chuva e com risco de incêndio no municípios de Bacabal se recusam a sair do local mesmo após a decisão da Justiça que determinou sua retirada. 

As 191 pessoas abrigadas em um galpão situado nas dependências da Paróquia Santa Terezinha dizem que a decisão da Justiça veio tarde demais e só sairão do local para suas casas, que ficaram alagadas após a cheia do Rio Mearim.

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Raimunda Rodrigues, abrigada nas dependências da Paróquia Santa Terezinha, diz que as casa já estão secando. "Nossas casas já estão secando. Já não tem nada, aí vai levar pra outros lugares! Vai acabar com tudo! A gente não tem nada mesmo, só a vida. Só for pra me tirar daqui vai ser lá pra dentro da minha casa ou então eu fico bem ali na praça", Raimunda Rodrigues.

No local, as famílias estão em galpões cobertos com telhas metálicas, divididos apenas por plásticos presos a pedaços de madeira. Além de ser muito quente, o abrigo, com 55 famílias, não tem proteção suficiente contra a chuva e corre risco de incêndio por causa do uso de fogões a gás e instalação elétrica inadequada.

Em razão disso, a Justiça atendeu a um pedido do Ministério Público e determinou a retirada e realocação das pessoas abrigadas no local, considerado “insalubre”.

Ministério Público considerou o alojamento impróprio para abrigar as famílias. Foto: Reprodução/TV Mirante
Ministério Público considerou o alojamento impróprio para abrigar as famílias. Foto: Reprodução/TV Mirante

“As famílias que lá se encontram estão em total situação de vulnerabilidade, e isso foi inclusive constatado pelo Corpo de Bombeiros quando realizou vistoria no local. Diante dessa situação, foi requerida judicialmente a imediata retirada dessas famílias e que elas fossem colocadas em locais adequados, preferencialmente em escolas”, disse a promotora de Justiça Klícia Castro de Menezes.

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