Benefício social

Polícia Federal prende investigado durante operação contra fraude ao auxílio emergencial em Bacabal

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nessa quinta-feira (16).

Imirante, com informações da Polícia Federal

Os valores oriundos dos benefícios de auxílio emergencial eram suprimidos das contas vítimas.
Os valores oriundos dos benefícios de auxílio emergencial eram suprimidos das contas vítimas. (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

BACABAL - A Polícia Federal prendeu na manhã dessa quinta-feira (16), na cidade de Bacabal, um investigado pela prática de fraudes ao auxílio emergencial, benefício social criado pela Lei nº 13.982/2020 para auxiliar a população com dificuldades financeiras em razão da pandemia da Covid-19. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Foram decretadas, ainda, medidas de sequestro de bens e bloqueio de valores para ressarcimento do prejuízo ocasionado aos cofres da União em virtude da fraude realizada, cujo montante total será apurado posteriormente com o prosseguimento da investigação.

Os trabalhos realizados são resultantes da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), da qual participam a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União. A EIAFAE tem como objetivo a racionalização e otimização do tratamento contra as fraudes ao Auxílio Emergencial, com foco na apuração do envolvimento de associação, grupo ou organização criminosa, a fim de desarticulá-los, bem como objetiva a recuperação dos valores subtraídos e demais prejuízos gerados ao erário. 

Os valores oriundos dos benefícios de auxílio emergencial eram suprimidos das contas vítimas e destinados ao pagamento de boletos bancários cujo destinatário figura como investigado principal. 

O nome da operação faz alusão ao imóvel em que reside o investigado, edificação cercada de modernas câmeras de vigilância e com estruturada diferenciada quando comparada às demais residências do local, figurando como uma espécie de fortaleza onde se escondia o alvo. 

O responsável pela fraude está sendo investigado pela prática dos crimes de furto qualificado mediante fraude, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas penas máximas podem atingir 23 anos de reclusão. 

Além de diversos documentos falsos e instrumentos utilizados para falsificação, foram apreendidos na casa do investigado R$ 302.335 em espécie sem declaração de origem lícita, 129 munições calibre .38 sem a devida autorização legal, araras e pássaros da fauna silvestre desacompanhados de autorização/licença/permissão da autoridade competente. 

Tais fatos levaram, ainda, à prisão em flagrante do investigado pelos crimes de posse ilegal de munição de uso permitido e utilização de espécimes da fauna silvestre sem a devida autorização/licença/permissão da autoridade competente.

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