AMARANTE DO MARANHÃO – A morte de um detento, identificado como Renato Cruz, de 27 anos, que foi encontrado na manhã dessa segunda-feira (20), dentro de uma cela da Delegacia da Polícia Civil de Amarante, a 108 km de Imperatriz, trouxe à tona, também, a precariedade do local.
Segundo informações repassadas ao Imirante.com, o local funciona como um mini-presídio, onde comporta cerca de 10 presos em quatro celas. Renato que foi preso por furto qualificado, estava sozinho numa das celas. Ele teria tido alucinações, bateu a cabeça na parede e morreu.
Apesar de está sozinho na cela, o detendo gritava que tinha uma pessoa querendo matá-lo, de acordo com relatos dos detentos das outras celas. Eles informaram, ainda, que Renato piorou seus delírios na madrugada, momento em que teria batido a própria cabeça contra a parede, vomitando em seguida. Ele foi encontrado morto, na manhã seguinte. A morte está sendo investigada.
A reportagem apurou que a delegacia funciona com as mínimas condições possíveis, como por exemplo, baixo efetivo. São apenas quatro celas e um pequeno banho de sol aos detentos, alguns presos por homicídio.
Os encarcerados, segundo apurou a reportagem, são vigiados, de segunda à sexta-feira, pelos três policiais civis da cidade, um delegado, um investigador e um escrivão. Durante os fins de semana, a vigilância é feita por funcionário cedido pela prefeitura e sem o devido treinamento para tratar com detentos do sistema prisional.
Como a delegacia funciona apenas em sistema de expediente, de segunda à sexta, das 8h às 18h, no fim de semana, período em que o detento Renato Cruz morreu, não havia nenhum policial civil no prédio. Nesse período, apenas um “carcereiro” tirava plantão, que por não ser agente penitenciário, trabalha desarmado.
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