Ciência

Testes em campo de satélite produzido por alunos da UFMA despertam interesse da comunidade local

Equipamento deve ser lançado ao espaço este ano; testes são realizados nas cidades de Raposa e Alcântara.

Imirante, com informações da AEB

Dentre os objetivos do nanossatélite estão a capacitação de estudantes e a prestação de serviços para a sociedade.
Dentre os objetivos do nanossatélite estão a capacitação de estudantes e a prestação de serviços para a sociedade. (Foto: Divulgação/EAB)

ALCÂNTARA - A missão Aldebaran-I, uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), possibilitou que alunos e professores do curso de Engenharia Aeroespacial da UFMA desenvolvessem um dos primeiros nanossatélites de propriedade brasileira. A previsão é de que o equipamento, da categoria CubeSats seja lançado ao espaço ainda este ano.

Os testes são realizados nas cidades de Raposa e Alcântara, no Maranhão. Dentre os objetivos do nanossatélite estão a capacitação de estudantes e a prestação de serviços para a sociedade.

Por meio do artefato, os estudantes da UFMA conseguem correlacionar o conhecimento teórico da sala de aula com a prática de construção de subsistemas similares ao do CubeSat, testes de telemetria em campo com balões de sondagem e comunicação com embarcações.

Os alunos utilizam essa aprendizagem para desenvolver seus respectivos trabalhos de conclusão de curso, de iniciação científica e de produção de artigos para congressos científicos nacionais e internacionais. O projeto também contribui para a capacitação de professores, cada vez mais preparados para orientar os estudantes e atuarem em projetos relacionados com missões espaciais e que empregam nanossatélites.

De acordo com o professor Carlos Brito, coordenador do projeto pela UFMA, a democratização da cultura do espaço também é um ponto importante a ser observado. “Por meio do Aldebaran-I aumentam as possibilidades de acesso a informações inerentes ao setor espacial e da participação da sociedade nas atividades do Espaçoporto de Alcântara, relativas ao New Space”, explica.

A transversalidade do tema aumenta também a capacidade de gerar mais conhecimento quando é proposto, por exemplo, uso do satélite para outras aplicações, tal como internet das coisas (IoT) no campo. Isso possibilita que alunos e professores de outros cursos também possam participar da missão.

Além do financiamento do projeto e da consultoria científica oferecida pela AEB, são decorrentes do projeto outros modelos de colaboração, como os firmados com a Fundação Sousândrade (FSADU), o Espaçoporto de Alcântara, o SpaceLab da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), startups com atividades programadas junto ao Espaçoporto (C6 Launch e Innospace) e parceria com grupo de pesquisa em geoprocessamento para agricultura de precisão (LAGES-UFMA, Campus Chapadinha).

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial. 

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