"Linha chilena"

Homem é indiciado por morte de motociclista que teve pescoço cortado por linha de pipa em Açailândia

Franciel de Souza Lima trafegava de moto, quando acabou tendo uma linha de pipa enroscada em seu pescoço.

Imirante, com informações da Polícia Civil

Pipa amarela usada pelo causador do acidente foi recolhida. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Pipa amarela usada pelo causador do acidente foi recolhida. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

AÇAILÂNDIA - Um homem, 26 anos, foi indiciado pelo crime de homicídio culposo no caso do pedreiro morto com corte de linha chilena, em Açailândia. Franciel de Souza Lima trafegava de moto, quando acabou tendo uma linha de pipa enroscada em seu pescoço, causando uma grave lesão, que resultou levou ao óbito.

O caso foi registrado em julho deste ano no Residencial Tropical, na região da Vila Ildemar. Um mês depois, nessa terça-feira (27), a Polícia Civil do Maranhão, por intermédio da 9ª Delegacia Regional de Açailândia, concluiu um inquérito policial.

Franciel morreu após ter o pescoço cortado por uma linha de pipa, na cidade de Açailândia. / Foto: Divulgação.
Franciel morreu após ter o pescoço cortado por uma linha de pipa, na cidade de Açailândia. / Foto: Divulgação.

O documento foi encaminhado ao Poder Judiciário para apreciação. Se condenado, o indiciado pode pegar uma pena máxima de três anos de prisão.

Uma equipe de policiais civis esteve na cena do crime, onde recolheu a pipa amarela que, segundo populares, era a utilizada pela pessoa que causou o acidente. Em seguida, foram colhidas imagens do fato, onde o indiciado, na companhia de amigos, chegou e passou a empinar pipas.

As imagens revelam que, após perder a pipa, o indiciado passou a recolher a linha, no momento exato em que o motociclista cruza com fio caído sobre a via e tem seu pescoço mutilado.

Pela análise preliminar, a linha utilizada tratava-se da conhecida “linha chilena”, material extremamente cortante e muito resistente. A linha foi encaminhada para ser submetida a análises periciais no Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim).

O homem foi indiciado por homicídio na modalidade culposa, pela sua ação negligente em utilizar-se de material potencialmente lesivo e proibido em local de circulação de pessoas, sem precauções mínimas, conforme concluiu a Polícia Civil.

Lei proíbe venda e fabricação de cerol e ''linhas chilenas'' no MA

Em setembro de 2020, foi sancionada, pelo então governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), a lei estadual que proíbe a comercialização e a fabricação de cerol, linha chilena ou qualquer outro produto com elementos cortantes que são utilizadas na prática de soltar pipas no Estado.

O cerol é uma substância produzida com vidro moído e cola. Já as chamadas 'linhas chilenas', são um fio encerado com quartzo moído, algodão e óxido de alumínio.

Cabe ao Procon/MA fiscalizar a comercialização da venda de cerol, cujas sanções estão previstas no Código de Defesa do Consumidor, com base na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.