Vistoria

Vigilância Sanitária condena Mercado Municipal de Açailândia

Segundo o documento, o local "apresenta graves problemas".

Rhaysa Novakoski / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h44
A vistoria foi realizada com o acompanhamento do diretor do mercado.
A vistoria foi realizada com o acompanhamento do diretor do mercado. (Arte: Maurício Araya / Imirante.com)

AÇAILÂNDIA – Um relatório técnico de inspeção realizado, em novembro de 2014, pela Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Maranhão (Suvisa) condenou as condições higiênicas e estruturais do Mercado Municipal de Açailândia. O documento foi divulgado na segunda-feira (13).

A vistoria foi realizada com o acompanhamento do diretor do mercado, Aldemir da Conceição Mendes. De acordo com o relatório, o local apresenta graves problemas de estrutura e higienização de boxes e na manipulação de alimentos.

“O Mercado Municipal apresenta graves problemas como falta de higiene (tal fato atrai insetos e roedores), má estrutura dos boxes, desorganização, ausência de água corrente que dificulta a higienização dos manipuladores de alimentos, equipamentos e utensílios, comercialização de produtos não permitidos, ausência de regimento interno, falta de segurança”, afirma o relatório.

O Mercado Municipal da cidade funciona há cerca de 35 anos no mesmo local, das 6h às 18h. No relatório, segundo o diretor, o local possui 345 boxes, com aproximadamente 6m² cada, mas somente 264 funcionam, separados por diversos serviços, que vão desde a venda de alimentos (verduras, legumes, carnes) até serviços de cabelereiro.

A recomendação da Suvisa é que haja treinamento para os vendedores e uma reestruturação do mercado. “Faz-se necessária uma adequada capacitação dos comerciantes sobre Boas Práticas, além de uma reestruturação física do mercado, a fim de garantir uma qualidade dos alimentos comercializados”.

O documento foi entregue à procuradoria do município e deve ser analisado pelo poder executivo local. Segundo o procurador Ildemar Mendes, as recomendações devem ser acatadas. “O município deve trabalhar para tomar as providências necessárias, até porque o mais importante é a saúde da população”.

Este ano, a prefeitura já determinou a remoção dos comerciantes do mercado, mas houve resistência, resultando até mesmo em protestos. Na época, uma decisão da Justiça derrubou a determinação temporariamente.

O Imirante Imperatriz tentou contato com o diretor do mercado, mas nenhuma ligação foi atendida.

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