Programação

12ª FeliS promove valorização de intelectuais maranhenses

A 12ª FeliS acontece de 16 a 25 de novembro, no Multicenter Sebrae.

Na Mira, com informações da Agência São Luís

Atualizada em 27/03/2022 às 11h15
O evento é promovido pela Prefeitura de São Luís, por meio das secretarias de cultura (Secult) e educação (Semed).
O evento é promovido pela Prefeitura de São Luís, por meio das secretarias de cultura (Secult) e educação (Semed). (Foto: Agência Brasil )

SÃO LUÍS - Autores maranhenses são os grandes homenageados este ano na 12ª edição da Feira do Livro de São Luís (FeliS), que traz como patrono o maranhense Graça Aranha e homenageia dois matemáticos locais que alcançaram renome nacional, Joaquim Gomes de Souza e João Antonio Coqueiro, valorizando desta forma a prata da casa.

O evento é promovido pela Prefeitura de São Luís, por meio das secretarias de cultura (Secult) e educação (Semed), com correalização do Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Maranhão (Sebrae). A 12ª FeliS acontece de 16 a 25 de novembro, no Multicenter Sebrae, das 10h às 22h.

"A educação é um caminho para nos fazer compreender melhor a nós mesmos, aos outros e o ambiente que nos cerca. A 12ª FeliS vem somar às outras ações, programas e projetos, estimulando a leitura e a cadeia produtiva do livro, além de colocar em evidência nomes maranhenses que são destaque na literatura e em outras áreas. Devemos sim valorizar o que é nosso, as obras de Graça Aranha, o trabalho dos matemáticos e outros nomes de destaque que nasceram entre nós", destaca o secretário de Cultura de São Luís, Marlon Botão.

José Pereira da Graça Aranha nasceu em 21 de junho de 1868 em São Luís. Sua família era abastada e, portanto, desde cedo teve uma boa educação. Estudou Direito na Faculdade do Recife, formando-se em 1886. Trabalhou como juiz no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Neste último estado, ele escreveu sua obra mais importante "Canaã", romance regionalista que aborda a migração alemã no Espírito Santo e traz temas como o racismo e o preconceito.

O autor viajou para vários países da Europa (Inglaterra, Itália, Suíça, Noruega, Dinamarca, França e Holanda) exercendo o cargo de diplomata. Essas viagens foram essenciais para que ele aderisse ao movimento modernista que despontava no Brasil.

Isso porque teve contato com as vanguardas europeias e a arte moderna. Um dos organizadores da Semana de Arte Moderna, Graça Aranha renovou a literatura e a cultura brasileira, repensando identidades e a busca por referências estéticas que fossem próprias do Brasil.

Realizou a conferência de abertura do movimento cultural realizado no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, intitulada: "A emoção estética na arte moderna". Graça Aranha foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL) e, além do romance "Canaã" (1902), também é autor de "Malazarte" (1914), "A Estética da Vida" (1921), "Correspondência de Machado de Assis e Joaquim Nabuco" (1923), "Espírito Moderno" (1925), "A Viagem Maravilhosa" (1929), "O Meu Próprio Romance" (1931) e "O Manifesto dos Mundos Sociais" (1935). Em 2018, o autor completaria 150 anos de nascimento.

Além do patrono, a FeliS irá prestar homenagens especiais aos, também maranhenses, Joaquim Gomes de Souza, o Souzinha e, João Antonio Coqueiro, o Coqueiro, ambos matemáticos de destaque nacional.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.