SÃO LUÍS - São 406 anos completos e uma gama de histórias construídas na Ilha do Amor. A cidade, que possui extrema beleza arquitetônica e uma cultura especialmente singular, tem espaço e versatilidade para ser contemplada com os olhos vivos de quem busca inspiração para explorar a essência de São Luís em sua arte.

Seja nos contos, nas telas, poesias, crônicas ou na fotografia, é quase impossível olhar para as ruas da capital maranhense e não se hipnotizar com os traços de alegria, orgulho e satisfação de quem teve sua história enraizada no local que hoje abriga um símbolo de Patrimônio Cultural da humanidade.

E foram as peculiaridades da cidade histórica que fizeram a escritora Márcia Marques optar por reviver os anos 80 e descrever, nas páginas de seu livro, como era a vida e principalmente os romances de quem viveu em São Luís naquela época.

Movida pelo objetivo de transmitir para as futuras gerações os fatos mais interessantes dos antigos costumes dos ludovicenses nos anos 80, Márcia lançou o livro “Eu - Diário de uma Garota Chocrível”, que traz as gírias, culinárias e hábitos que circulam um romance entre dois jovens, ambientado nas ruas de São Luís.

“É importante a gente fazer um destaque da nossa cidade, já que é uma cidade maravilhosa. No livro, inclusive, eu falo sobre a Rua Grande, sobre o edifício Caiçara, e várias passagens do livro mostram as características da nossa cidade”, conta de forma orgulhosa a escritora.

O magnetismo da Ilha também serviu de inspiração para o lançamento recente do livro “Cidade Espanto”, da autora Clarissa Carramilo, que retrata a história de uma jovem ludovicense que trabalha fazendo a crônica diária de São Luís em um site de notícias.

Completamente ambientado em São Luís, a autora passeia com suas palavras por lugares icônicos da cidade, narrando a história da personagem Antonela. “Não é uma história autobiográfica, como muita gente acaba pensando, já que eu sou jornalista. Ao mesmo tempo, há sim muito de nós em tudo que criamos”, observa Clarissa.

“Existem pontos em comum, inquietações transferidas para a protagonista, mas há uma enorme distância entre uma vida real e simples e a de uma personagem complexa”, acrescenta a autora.

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