Clipe maranhense

Fadinha tem referências a filmes clássicos como Matrix e Resident Evil; veja!

Lucas Sá assinou a direção do clipe, que já passou das 100 mil visualizações no Youtube.

Arlan Azevedo, especial para o Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h18
O diretor do clipe explicou que foram dois meses de produção para alcançar o resultado desejado.
O diretor do clipe explicou que foram dois meses de produção para alcançar o resultado desejado. (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS - A música Fadinha, da cantora Frimes, ganhou um clipe com um conceito totalmente inovador para o cenário de produção audiovisual maranhense. Com referência a filmes clássicos como Batman Returns (transformação da Mulher-Gato, na cena do quarto) Matrix (cena da Frimes submersa no casulo), e Resident Evil (diálogo de abertura do clipe), a produção colocou em evidência os aspectos mais sombrios da fada que Frimes interpreta, afinal, como diz a letra da música, ela não é a Tinker Bell - que representa o lado bom do universo das fadinhas. O clipe também está repleto de referências políticas e à censura do próprio Youtube.

O clipe começa com um monólogo da Frimes, personagem que vive em um mundo intergaláctico futurístico que foi atacado violentamente e, agora, sofre por ser subjugada, oprimida e violentada pelo YT EMERT e busca um novo começo por meio de uma revolução baseada em integrity, love e unity.

Bom, vamos às referências. Quem seria YT EMERT? Nada mais é do que YT - YouTube e EMERT - um anagrama para TEMER, atual presidente do Brasil. YT EMERT representa, no clipe, um controle ditatorial. E a AI-5, mencionada no monólogo, também faz referência ao Ato Inconstitucional número 5, criado durante a ditadura militar da década de 60 no Brasil, que suspendeu garantias constitucionais, o que acabou resultando na institucionalização da tortura, comumente usada como instrumento pelo Estado.

“Na verdade, a ideia para o clipe não era essa, mas quando postamos na plataforma do YouTube, ele ficou censurado. Então nós tivemos a ideia de criar esse novo conceito para o clipe, e inserimos as referências à política de censura, tornando o material mais ácido/sarcástico”, explicou Lucas.

O diretor do clipe explicou que foram dois meses de produção para alcançar o resultado desejado. A história mostra a transformação da Frimes em busca do novo mundo, livre de censura e opressão, parte na qual entra a referência à transformação da Mulher-Gato. A ideia de transformação também está presente na cena do casulo, onde a Frimes está submersa em um líquido viscoso, fazendo uma clara referência ao filme Matrix - inclusive, para esta cena, a equipe da produção buscou material em vários ferros-velhos da cidade, deu um acabamento e transformou material descartado em um dos ricos cenários da produção.

Sobre o seu trabalho, Lucas Sá ressalta que a produção cultural não deve ser feita pensando somente no público do próprio Estado. “Eu fico muito feliz de ver que tem muita gente produzindo para todos, não só para o público maranhense. Dessa maneira, alcançamos resultados muito maiores”, afirmou.

Veja o clipe!

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