Cinema

Crítico comenta sétimo dia de Mostra Internacional

Entre os filmes, o longa "Meu cachorro assassino".

Em Cartaz

Atualizada em 27/03/2022 às 12h01

Meu cachorro assassino (Môj pes Killer, Eslováquia/República Tcheca), de Mira Fornay - A dedicação de Marek (Adam Mihál) a seu pitbull, convenientemente batizado de Assassino, restringe-se a treinamentos de mordidas e a empréstimos à equipe de treino de muay thai, razão velada pela qual ele é aceito entre skinheads tatuados e musculosos, apesar do meio-irmão mestiço. Em família, a situação de Marek não é diferente, sendo o rapaz o intermediário na venda da vinícola entre o pai rancoroso e exigente e a mãe, que por tê-lo traído, não é bem-vinda e motivo de discriminação dos puristas nazistas.

Ocasião propícia para que a diretora Mira Fornay elabore um estudo de personagem, selecionado para representar a Eslováquia no Oscar do próximo ano, em conformidade com os padrões estilísticos do cinema do leste europeu: a narrativa crua e a fotografia pálida realçam um protagonista introspectivo e cuja aparente inexpressividade e alienação social – vide o sorriso desajeitado que lança antes de uma exigência no supermercado – amoldam-se à sua personalidade gélida. Existe pouco a destacar na fachada de Marek e também na narrativa, porém muito a pinçar de seu âmago violento – se estiver disposto a fazê-lo, evidentemente.

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