Leitura

Livro discorre sobre os motivos da longevidade do Salazarismo

Em 'Salazar e o poder: a arte de saber durar' lançado pela Tinta-da-China Brasil, Fernando Rosas busca fugir do senso comum ao explicar a durabilidade da maior ditadura europeia do século XX.

Evandro Júnior / Na Mira

Atualizada em 28/05/2025 às 08h19
Capa do livro
Capa do livro (Foto: Divulgação)

Em tempos de retorno dos fascismos, urge compreender como triunfaram suas experiências passadas, para podermos combater suas novas versões. Em Salazar e o poder: a arte de saber durar, novo lançamento da Tinta-da-China Brasil, Fernando Rosas, professor, pesquisador e político português, discorre sobre a longevidade da mais longa ditadura europeia do século XX, que durou 48 anos. 

“Sob este arco, incluem-se três regimes interligados: a Ditadura Militar de 1926 a 1933; o Estado Novo, chefiado por António de Oliveira Salazar de 1933 a 1968; e a ditadura de Marcelo Caetano, derrubado pela Revolução dos Cravos em 1974”, sintetiza Joana Salém Vasconcelos na orelha do livro. 

Na obra, Rosas identifica cinco fatores principais da permanência do salazarismo, visando ir além do entendimento comum. Por meio de uma prosa fluida e pesquisa rigorosa, ele nos explica como se manifestavam a violência contra as oposições; o controle político das Forças Armadas; a cumplicidade da Igreja; o corporativismo; e a investida cultural no “homem novo”. 

“Mas é a respeito das classes populares que Rosas desenvolve seu argumento principal acerca do ‘controle totalizante da sociedade’”, completa Salém Vasconcelos. 

O ensaio, vencedor do prêmio PEN em Portugal, supre uma lacuna na bibliografia publicada sobre Salazar no Brasil.

“Este livro é provavelmente a melhor síntese sobre o Estado Novo em Portugal escrita até agora. (...) Só se escreve assim depois de uma vida inteira a estudar estes assuntos, e é por isso que o livro de Fernando Rosas vai certamente marcar por muitos anos a historiografia do Estado Novo e de Salazar.”, enfatiza o historiador e político português, José Pacheco Pereira. 

“A razão pela qual resolvi escrever este livro é basicamente a mesma que há trinta anos me levou ao estudo da história contemporânea em geral e da história do Estado Novo em particular: tentar perceber as razões da durabilidade do regime salazarista, a mais longa ditadura da Europa do século XX”, explica Rosas.

Em junho deste ano, o autor virá ao Brasil para participar da 4ª edição d’A Feira do Livro, que ocorre entre os dias 14 a 22 de junho, na praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo. 

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