PH: Alckmin e o Papa

Alckmin e o Papa

Após a celebração da missa inaugural do seu pontificado, ontem (18), na Praça São Pedro, o papa Leão XIV cumprimentou líderes de diversas nações.

No encontro com o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, recebeu dele uma carta do presidente Lula o convidando para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém, no Pará.

O combate às mudanças climáticas deve ser uma das prioridades do papado de Leão XIV, dando continuidade ao legado de Francisco, seu antecessor. O argentino, inclusive, chegou a confirmar presença na COP28, realizada em 2023 em Dubai, mas precisou cancelar a viagem para os Emirados Árabes Unidos por causa de uma infecção pulmonar.

O encontro de Alckmin com o papa durou poucos segundos. A transmissão não permitiu ouvir as palavras trocadas entre os dois. Além de entregar a carta ao novo pontífice, Alckmin beijou sua mão.

Os bebês reborn

As redes sociais têm uma nova polêmica: os bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém nascidos. Vídeos publicados no TikTok e no Instagram mostram adultos tratando o brinquedo como crianças de verdade, agendando consultas médicas, dando mamadeira, trocando de roupa, levando para passear e até tentando usar assento e filas preferenciais.

De um lado, há quem critique e até questione a sanidade dos adultos que supostamente têm tratado as bonecas como filhas “de verdade”. Já outra parte dos internautas aponta um suposto viés machista nos argumentos.

Há quem critique e até questione a sanidade dos adultos que supostamente têm tratado as bonecas como filhas “de verdade”.

Um bebê reborn é uma boneca hiper-realista feita artesanalmente. O modelo existe desde o começo dos anos 2000, mas tem sido aprimorado com novos materiais há cerca de três anos para, cada vez mais, se parecerem com bebês reais.

Os bebês reborn...2

“Me recuso a entrar na pauta do bebê reborn porque, na minha concepção, se tem homem de 40 anos vestindo camiseta do Superman e colecionando action figure, tá mais do que liberado brincar de boneca”, escreveu um usuário do X.

A polêmica chegou até o Congresso Nacional e motivou a elaboração de novo projeto de Lei, apresentado na Câmara dos Deputados na última quinta-feira, 15.

O texto prevê multa de até 20 salários mínimos para quem tentar conseguir, utilizando bebês reborn, qualquer tipo de benefício, prioridade ou atendimento previsto para bebês de colo.

A proposta ainda precisa ser discutida e passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Se aprovada, vai para sanção ou veto presidencial.

Cassas cancela 2º Sarau

Face a delicadas questões de saúde que o impediram de desembarcar  agora no mês de maio em São Luís, como previsto e, seguindo estrita recomendação médica, já que não houve recrudescimento e o mal-estar continua progredindo de maneira ostensiva, impedindo-o de se deslocar para esta Capital, o poeta Luis Augusto Cassas decidiu cancelar o 2º. Sarau para Embalar São Luís, cujas apresentações estavam programadas para os dias 7 e 14 de junho, na Livraria Amei e no Miolo Café e Bar, respectivamente, para continuar tratamento supervisionado em São Paulo, onde reside.

AMEI reduz preços

Considerando o interesse dos leitores em adquirir os livros de poemas de Cassas, a Livraria AMEI está disponibilizando dez por cento, mais baixo, o preço dos exemplares, até o dia 31 de maio.

Por outro lado, amigos fazem orações de cura e vibrações positivas pelo breve restabelecimento do poeta maranhense.

DE RELANCE

Na hora de pôr a mesa éramos doze

O poeta português José Luis Peixoto começa um poema dizendo assim: “na hora de pôr a mesa, éramos cinco: o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu”.

Parodiando o jovem poeta, eu diria: na hora de pôr a mesa, éramos doze: o meu pai, a minha mãe, as minhas quatro irmãs, os meus cinco irmãos e eu.

Hoje, na hora de pôr a mesa, somos apenas seis. Cada um dos outros seis é um lugar vazio nesta mesa onde, mesmo que eu esteja sozinho, sinto que eles irão estar sempre aqui.

Na hora de pôr a mesa, seremos sempre doze. Enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre doze.

Na poesia de José Luis Peixoto talvez esteja a resposta para este momento da minha vida, no exato dia em que completo 77 anos.

Hoje, estou sentindo a dor de perder mais um irmão – o quarto de uma família de dez. Foram João, o mais novo, depois Geraldo Filho, o do meio, e Vanda Maria, a mais velha. Agora foi o Nacor, o quinto irmão de uma família de dez. Sinto que é uma ferida que o tempo não apaga, apenas ensina a conviver.

Entre lembranças e silêncios, cada risada, cada conselho e até mesmo as brigas ganham um valor imenso. Neste espaço de saudade, as palavras se tornam abrigo e ajudam a manter viva a presença de quem partiu, mas jamais será esquecido.

Levei alguns anos para reformular a palavra “perda” no meu repertório emocional, e muitos outros para entender que, ao tentar preservar “a vida normal” dos meus entes mais queridos, eu tornava mais difícil o processo dos seus próprios lutos. E só muito recentemente aprendi que o luto dos irmãos está entre os mais delicados, profundos e subestimados.

A dor de perder um irmão é um silêncio que grita no peito. É descobrir que a saudade tem o peso de mil mundos e o silêncio de mil noites. É aprender a viver com um espaço vazio que ninguém mais pode preencher. É um silêncio que grita no peito. É descobrir que a saudade tem o peso de mil mundos e o silêncio de mil noites. É aprender a viver com um espaço vazio que ninguém mais pode preencher.

A saudade de um irmão é como uma porta sempre entreaberta no coração: nunca se fecha completamente. Irmãos são as primeiras amizades que fazemos na vida, e elas permanecerão para sempre num coração que ama.

A ausência de mais um irmão pesa em todos os momentos em que mais precisamos de um conselho, de um abraço ou apenas da sua presença silenciosa. Ele partiu, mas deixou comigo a lembrança de um amor incondicional e uma saudade que nunca terá fim.

Sinto um enorme vazio no lugar que ele ocupava, mas há também uma presença invisível que me acompanha todos os dias. Ele nunca será esquecido.

Que Deus o guarde num lugar de paz, até o dia em que os nossos passos se cruzarem de novo.

Sobre perdas

Já perdi a cabeça, perdi a hora, perdi o dia, perdi a aliança, perdi o amor, perdi o livro, perdi o ano, perdi a caneta, perdi o guarda-chuva, perdi dinheiro, perdi o ticket do avião, perdi a elegância, perdi o humor, perdi a consciência, perdi o prumo, perdi o foco, perdi meus óculos, perdi o sapato, perdi a consulta, perdi a prova, perdi o amigo, perdi a voz.

Um dia perdi o meu pai. Depois perdi a minha mãe. E também perdi quatro irmãos.

Não há como disfarçar neste momento: estou completamente perdido.

Para escrever na pedra:

“Não é necessário mostrar beleza aos cegos, nem dizer verdade aos surdos. Mas não minta para quem te escuta e nem decepcione os olhos de quem te admira”. De Jô Soares.

TRIVIAL VARIADO

Remédio da “moda”: a venda de tadalafila, medicamento contra disfunção erétil, é quase 20 vezes maior agora do que há dez anos, no País.

Valorização do real: o real é a 4ª moeda que mais se valorizou frente ao dólar neste ano. Lista de maiores ganhos é liderada pela moeda da Rússia.

Crise sanitária: primeiro caso de gripe aviária em granja no Brasil abala exportações. O foco da doença foi confirmado pelo Ministério da Agricultura em propriedade de Montenegro, no Vale do Caí. Cerca de 17 mil aves ocupavam os dois galpões do local. Embarques para China, União Europeia e Argentina foram suspensos.

Eficiência energética: o Palácio da Alvorada vai instalar uma usina de energia solar na propriedade. O governo prevê uma economia de R$ 1 milhão por ano.

Restrição: a nova lei aprovada pelo Senado da Itália que restringe o número de gerações para o reconhecimento da cidadania italiana está dando o que falar no Brasil, onde a imigração italiana foi muito forte. No Maranhão, embora não tenha sido numerosa, teve importância histórica significativa.

Trabalho: a nova regulamentação sobre o trabalho aos domingos e feriados entrará em vigor em 1º de julho e ainda provoca discussões entre associações comerciais e o governo. A regra determina que a autorização para funcionamento nestas datas deve constar na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A propósito: a portaria que trata do assunto foi publicada em novembro de 2023 e originalmente deveria vigorar desde o fim do ano passado. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) prorrogou o início para 1º de julho.

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