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Obra analisa distorções que alimentaram perseguição a judeus

Igor Sabino, especialista em conflitos israelo-palestinos, analisa o preconceito cristão contra o povo do Messias.

Evandro Júnior / Na Mira

Capa do livro
Capa do livro (Foto: Divulgação)

Ao longo dos séculos, a Igreja distorceu ensinamentos cristãos para justificar a perseguição ao povo judaico. Esta afirmação de Igor Sabino, especialista no conflito israelo-palestino e doutor em Ciência Política, demonstra como o antissemitismo, um dos preconceitos mais antigos da história, continua a se manifestar de forma persistente. 

No livro ‘Jesus, um judeu’, o autor apresenta uma análise sobre a relação entre cristãos e judeus ao abordar o impacto da discriminação religiosa e as consequências de interpretações distorcidas da Bíblia.

Com uma vasta experiência e conhecimento no assunto, o estudioso transmite uma reflexão crítica e fundamentada sobre o tema. A obra propõe não só uma análise acadêmica, mas uma mensagem de amor e reconciliação, com um apelo a uma aliança restaurada baseada no respeito e no amor ao próximo.

Ele inicia a narrativa descrevendo os ataques terroristas de 2023, que renovaram o antissemitismo no mundo, inclusive no Brasil. O livro, que começou a ser escrito em 2022, deveria ser publicado no segundo semestre de 2023, mas os eventos de 7 de outubro mudaram o curso da produção. Ao acordar com mensagens de desespero de amigos israelenses, o autor percebeu a urgência de atualizar o conteúdo e aprofundar a reflexão sobre a temática.

Com capítulos que abordam desde os estereótipos antijudeus perpetuados a partir dos tempos de Lutero até o papel do cristianismo no Holocausto, Sabino defende que o antissemitismo é como um pecado, porque ofende a própria essência de Cristo.  Ele também propõe a interpretação dos textos bíblicos, em que mensagem é clara: “a Bíblia deve ser uma fonte de cura, não de divisão, e ela ensina a amar o povo que preservou as Escrituras divinas ao longo dos séculos”, sustenta.

‘Jesus, um judeu’ vai além de um alerta sobre as feridas históricas não cicatrizadas. É um chamado à construção de pontes para informar, esclarecer e, acima de tudo, promover a paz.

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