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COLUNA
Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

PH Revista: O sucesso de Fernanda Torres

E mais: Das paixões sem remédio

PH

O Brasil inteiro vibrou e se emocionou com o reconhecimento internacional ao trabalho de Fernanda Torres no filme “Ainda Estou Aqui”. A atriz mostrou um figurino elegante no evento, que não deixava nada a desejar diante das estrelas de Hollywood. Ela elegeu um modelo Olivier Theyskens para a ocasião. E é destaque de Capa da edição do PH Revista deste fim de semana
O Brasil inteiro vibrou e se emocionou com o reconhecimento internacional ao trabalho de Fernanda Torres no filme “Ainda Estou Aqui”. A atriz mostrou um figurino elegante no evento, que não deixava nada a desejar diante das estrelas de Hollywood. Ela elegeu um modelo Olivier Theyskens para a ocasião. E é destaque de Capa da edição do PH Revista deste fim de semana

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Refeições de antigamente

Havia solenidade nas refeições. Uma hierarquia definia os papéis à mesa: pais nas cabeceiras, filhos de um lado e filhas do outro. Os menores estavam mais próximos da mãe. Para evitar tumulto, devido à quantidade de comensais, não era permitido conversar mais do que o necessário.

“Passe o arroz” nunca poderia ser substituído por “briguei hoje no colégio”. Assim como as palavras, as porções eram rigidamente controladas. Nunca faltou nada porque a disciplina colocava a voragem natural da prole em limites suportáveis.

O debate aberto, que descambava para a política ou a anedota, conforme a disposição do dia e a eventual presença de convidados, só era franqueado no momento da sobremesa e do cafezinho.

Quando o pai viajava, a temperatura da conversa subia até a defecção precoce dos menores, que debandavam sem esperar que os mais velhos se retirassem antes, como era costume.

Refeições de antigamente...2

Havia diversidade nos doces servidos após o almoço em ocasiões especiais – domingos, aniversários ou quando havia visita. Mas a gelatina recheada de pêssego com floco firme de merengue em cima era nossa favorita. Vinha coroar refeições antológicas, com pratos que se foram junto com sua autora, como o peixe desfiado e misturado com farofa, o rocambole quilométrico de pele crocante, o feijão perfeito que, enriquecido de vários ingredientes e temperos, tornava as segundas-feiras uma data tão esperada quanto os fins-de-semana.

Ninguém comia sem camisa, mesmo no mais tórrido verão. Ninguém deixava de se pentear ou mesmo deveria perder o horário sagrado em que éramos chamados para o ritual. O ágape não começava se o pai não decidisse.

A tortura mais recorrente era quando um telefonema importante o segurava por um tempo que nos transformava em vítimas do Holocausto.

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O cafezinho vinha de um longo processo caseiro. Sacos da semente crua eram comprados regularmente. Depois, havia os sábados de torrefação, de grossa catinga. A matéria-prima era guardada em lata, aberta todos os dias para que fosse moída no moedor manual. Era uma espécie de punição, reduzir a pó, no muque, a semente negra que permitiria o final das refeições. Mas o resultado compensava. O aroma do café e a fumaça do cigarro dos adultos encerravam o espetáculo.

Por um bom tempo, a lenha servia de combustível para o fogão e a água do chuveiro. Soprar a brasa e esperar o momento tanto do banho quanto da comida eram hábitos de uma civilização hoje perdida, que dava um trabalhão danado, mas que povoou os anos de formação.

A modernidade só chegou tempos depois, quando uma grande mesa de fórmica convivia com paredes pintadas no chamado estilo funcional. As cores variadas que não combinavam despertavam a mãe, atrapalhada ao explicar a novidade às amigas.

Refeições de antigamente...4

O mundo masculino decidia tudo, mas vivíamos no regaço materno. Rodeávamos aquela que jamais viajava e que sempre voltava vagarosamente para adiar o furacão doméstico.

Quando todos foram embora, ela ficou à espera do carteiro, escasso de novidades. Olhava longamente para a rua vazia, onde sobrava espaço e o barulho das novas gerações não a tranquilizava como antigamente.

Foi-se devagarinho, como um pássaro ferido. Mãe da mesa farta e do rigor que nos acompanha, ela é o símbolo dessa vida que cultivava a solenidade diária, para fugir do estilo prosaico que acabou tomando conta da cidadania.

Pornografia

Galã da TV Globo e no ar como protagonista da novela 'Mania de Você', Chay Suede revelou não assistir mais pornografia e criticou o impacto do conteúdo para os homens.

De acordo com o ator, o homem foi ensinado através de um imaginário pornográfico que não condiz com o prazer real da mulher.

“A pornografia destruiu a sexualidade do homem, de uma geração inteira. Sou de 1992, internet discada. A banda larga veio para mim em 2003. Minha geração, talvez, foi a primeira que teve contato brutal com a pornografia. Estava ali o tempo todo. Muitas vezes, a gente baixava uma música e vinha um vídeo pornô junto”, declarou em entrevista ao videocast Conversa vai conversa vem.

“Pornografia é das piores coisas que se pode fazer com a vida sexual de alguém. Cada um faz o que quer da sua vida, mas eu, por experiência própria, não consumo pornografia há anos”, apontou Chay Suede.

Para o ator, esse impacto é ainda maior na atual geração, que encontra pornografia com muita facilidade na internet.

No jantar de sexta-feira, no restaurante Cabana do Sol, o reencontro de grandes amigos: Teresa Martins com Fernanda Mendonça, seu filho André Mendonça e esposa Ana Cláudia
No jantar de sexta-feira, no restaurante Cabana do Sol, o reencontro de grandes amigos: Teresa Martins com Fernanda Mendonça, seu filho André Mendonça e esposa Ana Cláudia

 DE RELANCE

 Das paixões sem remédio

Não sei como é São Luís vista do céu. Em cada vez que a sobrevoei estava mais atento aos rituais de aterrissagem ou de decolagem dos aviões de carreira, circunstância em que meu coração supera o recorde olímpico da milha e me bate um paralisante frio no estômago. Quando torno a imergir em paz é porque estou enfim devolvido a terra firme, ou tão longe daqui que já não posso namorá-la.

Por isso mesmo me visitou uma sentida inveja ao contemplar, numa súbita manhã de verão contrabandeado em segredo para uma brecha destes molhados dias de janeiro, o balé das garças na Lagoa da Jansen.

Volta e meia diviso três ou quatro delas planando sua solidão e sua tristeza naquele ponto em que o Dilúvio se encontra com o Rio Anil.

Das paixões sem remédio...2

Dessa vez, no entanto, eram dezenas, muito alvas contra o céu azul, evoluindo por sobre as águas e os mangues e a cidade e as gentes.

Eram lindas e eram frágeis em suas contradanças, surfando na brisa, dominando horizontes infinitos, desvendando os mistérios de umas terras longínquas ao sul, que conheço desde sempre sem ter sido jamais apresentado a nenhum de seus prados e colinas.

E aí fiquei pensando em como seria São Luís olhada lá de cima, decorada pelo espelho de seu rio e pela colagem de seus parques e pelo agulheiro de pedra que fomos erguendo, para nos ocultarmos de nós mesmos, para nos homiziarmos das paisagens que nos rodeiam, como se não tivéssemos direito à sua beleza.

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E posto seja eu composto de partes desiguais de realidade e nostalgia, garimpei em minha desmemória o tempo ancestral em que ainda não vivíamos prisioneiros desta floresta de aço e vidro, a época em que aportaram aqui os casais açorianos.

Era áspera sua vida, transcorrida entre a saudade de lugares como Mosteiros, Santa Luzia, Angra do Heroísmo e a incerteza de seus destinos e as promessas não-cumpridas de Sua Majestade, El-Rey.

E em meio a sua desventura houve uma manhã também roubada dos gelos de um inverno e repentinamente branda e clara, povoada do voo das garças que se ergueram de um límpido riacho e cantaram uma canção surpreendente, talvez porque da lavra de Deus Nosso Senhor.

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E naquele dia todos adormeceram de alma serena e brotou em suas mentes uma mínima semente de esperança.

E nem suponho que alguém acredite nisso, pois os cronistas, feito os poetas, são fingidores e só a eles é dada a visão de eras passadas e do minueto das garças e de uma pastora de olhar violeta que foi a única que não dormiu, abraçada à lembrança do mar oceano dos Açores lá tão longínquo e ali tão perto, flutuando por suas veias e por sua alma, com essa dor suave das paixões sem remédio.

Ecos do Réveillon na bela casa dos Sarney, no Calhau: Conselheiro Álvaro César Ferreira (do TCE-MA), Adalberto Furtado, Fernando Albuquerque e o cardiologista Ricardo Miranda
Ecos do Réveillon na bela casa dos Sarney, no Calhau: Conselheiro Álvaro César Ferreira (do TCE-MA), Adalberto Furtado, Fernando Albuquerque e o cardiologista Ricardo Miranda

Dia do Caçador 2025

Unir a batucada tradicional do samba maranhense ao samba-reggae da Bahia. Essa é a proposta da edição 2025 do Dia do Caçador, considerado o maior baile a fantasia a céu aberto do Carnaval maranhense, que será realizado pelo Bloco Tradicional Os Foliões nesse domingo, dia 12, a partir das 16h.

Evento que já faz parte do calendário do carnaval de São Luís, o Dia do Caçador é esperado com bastante ansiedade e expectativa, pois se caracteriza como um grande encontro de grupos, artistas e brincantes e simpatizantes da arte carnavalesca na cidade.

O evento se caracteriza pela originalidade e criatividade das fantasias, sendo que o baile tem um tema diferente a cada ano.

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O Caçador 2025 será uma celebração à cultura afro-brasileira, com homenagem ao Grupo Cultural Bloco Afro Olodum, considerado um dos grupos artísticos mais expressivos e representativos do mundo inteiro.

Com 45 anos de fundação, o Olodum já se apresentou em diversos países, realiza um valioso trabalho sócio-cultural em Salvador e se destaca como um dos maiores blocos do Carnaval brasileiro, tanto de rua quanto palco e trio elétrico.

A homenagem acontece justamente no momento em as duas entidades passam a desenvolver um importante intercâmbio artístico, com troca de saberes e realização de ações conjuntas em São Luís e na capital baiana.

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Vale lembrar que o mesmo já aconteceu em edições anteriores, com os bois-bumbás Caprichoso e Garantido (Parintins, AM) e o Grupo Pavulagem (de Belém, PA), que já foram temas do baile e com quem Os Foliões também realiza parcerias.

A concentração começará 15h em frente à sede do bloco, na Rua Cândido Ribeiro (Ou Rua das Crioulas), no Centro.

A partir das 17h, o bloco sairá em cortejo, subindo para o Largo de São Tiago, Rua de São Pantaleão, Rua do Norte, Rua do Passeio e terminando na Madre Deus.

Eça de Queiroz em Lisboa

Findada a contenda judicial, os restos mortais do escritor Eça de Queiroz serão trasladados da aldeia de Santa Cruz do Douro para o Panteão Nacional, em Lisboa.

Quatro anos depois de ter sido aprovada pelo Parlamento, a trasladação concretizou-se, finalmente, em 8 de janeiro de 2025.

A capital portuguesa está presente em obras como O Primo Basílio, A Capital!Os MaiasO Crime do Padre AmaroO Mandarim ou A Relíquia. Nas suas páginas encontramos “marcas de uma renovação arquitetônica e urbanística”, explica o professor da Universidade de Coimbra e especialista em estudos queirosianos Carlos Reis. Como escritor da cidade, Eça de Queiroz descreve um espaço em mudança – “uma mudança que se projeta sobre as personagens”.

A presença de Lisboa na obra de Eça está intimamente ligada ao “projeto literário de reforma de mentalidades e de crítica de costumes” que o escritor procurou levar a cabo.

“A capital deveria ser, sob todos os pontos de vista, o alvo por excelência dessa reforma, com os seus lugares de circulação e de sociabilidade, tanto pública como privada”, justifica Carlos Reis.

Limbo digital

Num desses dias de muito calor em São Luís, fui ao Shopping fazer compras e aproveitei para passar duas horas no ar-condicionado de um cinema na companhia de Fernanda Torres, candidatissima a seu primeiro Oscar aos 59 anos pela atuação em Ainda Estou Aqui, que lhe valeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama.

Ainda bem que ela estava lá, preenchendo com sua interpretação magnífica o vazio da plateia. Quando as luzes se acenderam, contei apenas mais oito pessoas nas poltronas, para um filme que tem conquistado aplausos em todos os festivais de cinema. Cinco delas olhavam ansiosamente para seus celulares que, pelo menos, permaneceram silenciosos durante a projeção.

Olhei para os botões da minha camisa azul e perguntei: por onde andam os espectadores? Em seguida, respondi, pois detesto estacionar no ponto de interrogação. Provavelmente, no mesmo lugar dos ex-leitores de livros que conquistam o Nobel de literatura:

– No limbo digital – concluí, sarcástico, mas silencioso.

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É para lá, certamente, que vão os jovens sem batismo nem pecado na antiga religião da leitura, que perde fiéis a cada dia. Também devem estar lá os nem tão jovens, convertidos tardiamente ao mundo virtual.

O certo é que nas bibliotecas e nos cinemas eles raramente aparecem.

– Para quê? – perguntar-me-ão aqueles que sequer sabem o que é uma mesóclise, com o argumento aparentemente irrefutável de que as bibliotecas e os cinemas agora cabem na palma da mão. Cabem mesmo.

Ainda assim, contraponho com meus argumentos na defesa de livros e filmes à moda tradicional: nada supera o cheiro do papel, o encanto da tela grande, o ato de virar as folhas com os dedos, o escurinho da sala, as anotações de rodapé, o som sem ruídos ambientais.

Além disso, as pesquisas comprovam que a leitura em papel facilita a compreensão.

Acredito, agora sem base científica, que o ambiente do cinema também proporciona maior concentração e uma assistência mais prazerosa.

Insulina Humana

O Ministério da Saúde (MS) divulgou na última sexta-feira, 10, que vai distribuir 26 mil frascos de insulina humana regular para os estados para o abastecimento da rede hospitalar do SUS.

A medida visa restabelecer o fornecimento da medicação que é vital para pessoas que fazem tratamento de diabetes, por exemplo.

O desabastecimento da medicação já havia sido prenunciado ainda em junho de 2024, quando o laboratório fabricante do produto divulgou que o medicamento ficaria em falta no segundo semestre daquele ano.

O MS comunicou também que até dezembro de 2024, foram entregues cerca de 59 milhões de unidades de insulina humana NPH (de ação prolongada) e cerca de 12 milhões da regular, nas apresentações frasco e caneta, para atender à demanda da atenção primária.

Todo o charme e a imensa simpatia da desembargadora Nelma Sarney na bela festa da virada de 2024 para 2025
Todo o charme e a imensa simpatia da desembargadora Nelma Sarney na bela festa da virada de 2024 para 2025

Para escrever na pedra:

“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência”. De Henry Ford.

TRIVIAL VARIADO

Aposentados e pensionistas terão aumento de 4,77% a partir de fevereiro, com o teto dos benefícios passando para R$ 8.157,40. Sistema Interligado Nacional

O Brasil projeta um crescimento de 3,6% no consumo de energia elétrica no mês de janeiro, alcançando 82.493 megawatts.

O Conselho Nacional de Justiça marcou para os meses de março, agosto e novembro a realização das ações do programa “Justiça em Casa”, criado para agilizar processos relacionados à violência doméstica e familiar contra mulheres.

Tem mais: no período da ação, os magistrados que possuem processos criminais sobre o tema deverão fazer esforço concentrado, com a realização de audiências e emissão de sentenças.

Em tempo: a ideia é reduzir os estoques de ações em andamento e solucionar o máximo possível de casos.

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