Programação cultural

"Casa de Timbiras Ball Show": espetáculo une cultura ballroom e tradição maranhense

Show acontece neste sábado (14) no encerramento do evento “Nordeste Expandido: Estratégias de (Re) Existir” no Convento das Mercês.

Na Mira

Espetáculo une cultura ballroom e tradição maranhense.
Espetáculo une cultura ballroom e tradição maranhense. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - O espetáculo "Casa de Timbiras Ball Show" surge como uma celebração inédita da cultura Ballroom e da rica herança cultural do Maranhão. Em uma fusão entre as performances queer e as tradições musicais da região, o espetáculo integra a programação de encerramento da exposição "Nordeste Expandido: Estratégias de (Re) Existir", promovido pelo Banco do Nordeste. A apresentação acontecerá neste sábado (14), às 21h20, no Convento das Mercês, com entrada gratuita para o público.

O show será dividido em três atos principais, onde as performances serão embaladas pelo repertorio de Enme, renomada artista maranhense, cujo trabalho combina os ritmos ancestrais afro-indígenas com as batidas contemporâneas do hip hop. A direção criativa é de Jozy Negroni, e a direção coreográfica de Davi Chaves, dois nomes reconhecidos no cenário artístico.

Enme, cantora, compositora e produtora cultural nascida no Maranhão, é uma das principais vozes do espetáculo. Com seu estilo único, ela conecta a cultura urbana ao legado afro-indígena da região amazônica, criando uma trilha sonora que potencializa as performances e carrega uma mensagem forte de resistência e identidade. Seu repertório será o fio condutor das apresentações.

O título do espetáculo faz referência ao povo indígena Timbira que habitava o Maranhão, e ao legado do indígena Tibira do Maranhão. Executado em 1614 por sua orientação sexual, Tibira foi um dos primeiros casos documentados de morte por homofobia no Brasil. O termo "tibira", que designava homossexuais na linguagem indígena da época, traz consigo uma história de luta e resistência.

A comunidade Ballroom, conhecida por suas competições performáticas que enaltecem a expressão queer, tem ganhado força em todo o mundo como um espaço de inclusão e celebração da diversidade. No Maranhão, essa cultura se conecta às vivências periféricas, criando espaços de acolhimento e premiação para corpos dissidentes, que, por meio da arte, reafirmam suas existências. Desde o início das atividades em 2019, o movimento tem crescido, com novas casas surgindo e promovendo eventos e oficinas que reafirmam a presença e a resistência dos corpos queers por meio da arte.

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