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COLUNA
Sexo com Nexo
Sexo com Nexo por Mônica Moura, sexologia clínica e Educação sexual.
Sexo com Nexo

Aventura e riso no resgate da intimidade

Confira a coluna desta semana da sexóloga e educadora sexual Monica Moura.

Mônica Moura/Sexologia clínica e Educação sexual

Mônica Moura/Sexologia clínica e Educação sexual.
Mônica Moura/Sexologia clínica e Educação sexual. (Divulgação)

Eva e Yan são pais do Gael há 5 meses. A chegada do bebê, porém, fez com que a vida sexual do casal fosse praticamente assassinada. Desde a gravidez, Yan começou a tratar Eva como a mãe do seu tão esperado filho, e isso foi minando o erotismo entre eles. Além disso, a reforma para adaptar a casa ao bebê deixou o ambiente estressante e pouco romântico.

Quando Gael nasceu, a situação só piorou. Primeiro, a mãe do Yan veio ajudar. Depois, a mãe da Eva chegou, para alternar. A casa virou uma pensão com babás e folguistas. O casal mal tinha um momento a sós. Faltava privacidade e transbordava cansaço extremo na rotina.

Quando resolveram pedir ajuda, notei exaustão, mas dava pra ver um brilho de esperança em seus olhos.

Foi Eva quem suspirou e começou a explicar que, desde a engravidez, a vida sexual desapareceu, e não doaram tempo nem energia pra eles. Yan concordou com a cabeça, envergonhado, admitindo que a situação ficou tão fora de controle que nem sabiam por onde começar a resolver isso.

Inicialmente busquei resgatar as memórias e erotismo do passado. Yan riu como quem não se dá por vencido.

Ele já tinha um plano, uma pequena escapada. Pegou Eva pela mão naquela noite e a levou.

- Vamos dar uma volta de carro, só nós dois. Vai ser como nos velhos tempos - disse Yan, entusiasmado, dirigindo por algumas ruas até encontrar um estacionamento vazio - Lembra quando costumávamos fazer isso?

- Yan, você quer mesmo reacender a chama no estacionamento do supermercado? - respondeu Eva, sem segurar o riso.

Mas aproveitaram o momento, falando sobre coisas triviais e cheias de risadas, como nos velhos tempos. A sensação de liberdade e a falta de obrigações momentâneas foram um alívio. Meta alcançada!

Na consulta seguinte, sugeri trazer um pouco de ludicidade. Um jogo. Começamos com algo simples: tirar uma noite por semana para assumir outros papéis (atores/filmes). Eles começaram a rir. A ideia pareceu ridícula, mas talvez fosse o que precisassem ali. Os dois se olharam, um pouco céticos, mas concordaram em tentar. 

Na consulta seguinte, Eva chegou à clínica com um sorriso. Decidiram bancar personagens. Yan se vestiu de Indiana Jones e ela foi de Lara Croft. 

- No começo, nos sentimos meio ridículos, mas entramos no personagem e a coisa fluiu.

- A parte mais engraçada foi quando minha mãe apareceu de surpresa e nos pegou no meio da sala, eu com um chicote e ela com um arco e flecha de brinquedo! Quase morri de vergonha! - diz Yan, rindo. - Isso nos aproximou de uma maneira que não acontecia há muito tempo - completou.

Sempre pergunto sobre os detalhes, curiosa. Eva explicou que ainda não estão prontos para voltar à vida sexual ativa como antes, mas já se sentem mais conectados e menos pressionados. 

As noites temáticas estão dando algo pelo que esperar, algo divertido e que faz sentido só pra eles.

O plano estava funcionando.

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