SÃO LUÍS - A capital maranhense, conhecida como ‘Jamaica Brasileira’, também tem se revelado um polo de projetos musicais que homenagem o pagode, primo muito próximo do samba, considerado gênero musical popular e a cara do Brasil. Os grupos costumam se apresentar nas comunidades, com repertório diversificado.
Os representantes são diversos, mas se destacam aqueles que bebem na fonte dos pioneiros do gênero no Brasil. Há 6 anos na estrada, Resenha do Poder, por exemplo, embala as noites da capital maranhense com um repertório atualizado e adequado a várias músicas do gênero pagode. Jamilson (vocal), Sales (tan-tan) e Hakan (cavaco) formam a banda, que costuma se apresentar em bairros de São Luís.
“Nós sempre levamos uma vibe positiva em homenagem ao pagode, que é um ritmo bastante popular no Brasil e festejado pelas comunidades", afirma Jamilson.
O grupo Groovaê, por sua vez, contabiliza 11 anos de estrada, tocando pagode, samba e misturando com a swingueira e o calango. O grupo é formado por Dedê (vocal), Bulico (vocal), Juninho (pandeiro), Roberth (bateria), Coh (viola), Diogo (baixo), Beto (cavaco), Rômulo (teclado), Gian (reco-reco) e Kauâ (percussão).
“Nós já temos três CDs e estamos em estúdio gravando o quarto. Nós conseguimos conquistar o público com nosso trabalho diferenciado”, afirma Juninho.
Outro grupo representante do gênero é o Cadenciô, há seis anos na agenda cultural local, com muito pagode e samba. É formado por Paulo Black (vocal), Juninho (vocal), Paulo Garcez (percussão), Pedro Molejo (percussão), Netinho Sorriso (percussão), Jhon Groove (bateria), Paulo Barata (cavaquinho), Léo Carvalho (violão), Mike (contrabaixo) e Mauro (técnico de som).
Referências
Os músicos têm como referência bandas e cantores como Revelação, Fundo de Quintal, Thiaguinho e Bello, para citar alguns. “Nós fazemos o pagode raiz, mas também o pagode novo e o pagonejo. Nossa expectativa nos eventos é surpreender”, diz Paulo Garcez, informando que o grupo está em processo de gravação de um trabalho audiovisual que ficará disponível no YouTube.
Há cerca de duas décadas no circuito cultural das comunidades, Alvinho Kits também levanta a bandeira do samba e do pagode se apresentando com banda, e se destaca por ter músicas autorais, entre elas, “Você vai voltar” e “Violada”. “Nosso repertório é diversificado e eclético, e também costumamos homenagear Zeca Pagodinho e Jorge Aragão, que nunca ficam de fora dos nossos shows”, conta Alvinho Kits.
Homenagem
Os quatro grupos grupos maranhenses representarão todos os demais existentes em São Luís em uma homenagem prestada pelo Casarão Colonial, na Rua Afonso Pena, Centro Histórico de São Luís, neste sábado (18), às 17h, oportunidade em que também será transmitido o jogo entre Flamengo x Vasco.
Os três nunca se apresentaram no espaço e os músicos estão ansiosos para o encontro com um novo púbico, dentro do projeto 'Clube do Pagode", cujo objetivo é exaltar os talentos da nova geração desse gênero musical, garimpando projetos tradicionais dos bairros para dar uma maior visibilidade aos artistas.
"Nos apresentar no Casarão Colonial, onde nunca estivemos antes e por ser um espaço que atrai muitas atenções, é pra gente como romper uma barreira. É o pagode da comunidade invadindo outras praias”, destaca Paulo Garcez, do Cadenciô.
“Nossas expectativas para essa homenagem são ss melhores possíveis. Com certeza, cantar naquele projeto de renome será algo marcante na nossa carreira”, festeja Alvinho Kit.
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