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COLUNA

Sexo com Nexo
Sexo com Nexo por Mônica Moura, sexologia clínica e Educação sexual.
Sexo com Nexo

Embora as muralhas nos protejam, elas também nos aprisionam.

Confira a coluna desta semana da sexóloga e educadora sexual Monica Moura.

Mônica Moura/Sexologia clínica e Educação sexual

Mônica Moura/Sexologia clínica e Educação sexual.
Mônica Moura/Sexologia clínica e Educação sexual. (Divulgação)

No coração dela, existe uma disputa silenciosa entre o desejo de autoproteção e a ânsia pela possibilidade de viver com ele. É como se o seu corpo fosse uma cidade murada, erguida com pedras de experiências passadas, e no seu centro, um portãozinho que se abre para um mundo desconhecido, chamado de amor.

É que o seu corpo testemunhou tempestades emocionais que causaram feridas profundas no passado. Cada tijolo é uma lembrança, cada pedra um aviso, e aquele portão traz consigo a promessa de esperança, mas também o risco da vulnerabilidade - e ela tem medo.

É fácil compreender o seu anseio por uma relação "sem erros", especialmente quando as emoções ainda buscam se proteger daquela dor vivida. Parece tentador permanecer atrás dos muros, é familiar, traz uma sensação de conforto. 

Mas existe um convite "incontrolável" que a deixa confusa. É uma voz suave que sussurra sobre o que pode ser encontrado fora dos muros dela. Ela quer viver com ele. Dormir e acordar sob outra proteção.

Assim, ela se debruça sobre um dilema, com o coração dividido entre o desejo de segurança e aquele chamado para o desconhecido - como se estivesse de pé em uma ponte, olhando para os dois lados do rio da vida. De um lado, a segurança dos seus muros, a certeza de que as pedras já conhecidas não irão ceder. Do outro, a promessa de um novo começo, com todas as incertezas que isso implica. Ela precisa de coragem para atravessar essa ponte. Precisa acreditar que o amor pode ser um aliado, não um inimigo. 

"Embora as muralhas nos protejam, elas também nos aprisionam".

E se ela pensasse no coração como um pássaro? O pássaro é destinado a voar, certo? Mas e se ele se acostumasse com a segurança do ninho e desistisse de voar? É desafiador encontrar o equilíbrio entre a necessidade de abrigo e a necessidade de explorar os céus! O pássaro seria realmente livre se passasse a vida inteira protegido no ninho? Ela vai ser livre se passar a vida inteira recolhida?

A escolha é dela! Pode optar por permanecer atrás dos muros, onde a proteção é garantida, mas a vida pode se tornar monótona e previsível. Ou pode abrir o portão, se arriscar nas tempestades, e viver novas experiências amorosas.

Enquanto o coração bate, ela segue nessa corda bamba entre a proteção emocional e a vontade de mergulhar em uma nova vida, com todas as nuances que uma vida nova traz.

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