Festival

Re[x]istência Fest III terá show inédito do grupo Samba de Mina, em campanha solidária à cantora Patativa

Terceira edição do Re[x]istência Fest será realizada neste sábado (30), a partir das 13h, no Parque do Rangedor, em São Luís.

Na Mira, com informações da assessoria

Re[x]istência Fest III terá show inédito do grupo Samba de Mina.
Re[x]istência Fest III terá show inédito do grupo Samba de Mina. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS – A cantora e compositora maranhense Maria do Socorro Silva, conhecida popularmente na cena musical do Maranhão como “Patativa” e um dos grandes nomes do samba brasileiro, será uma das grandes homenageadas na terceira edição do Re[x]istência Fest, que será realizado neste sábado (30), a partir das 13h, no Parque do Rangedor, em São Luís.

Um dos shows mais aguardados do Re[x]istência Fest, a homenagem será comandada pelo grupo Samba de Mina, atualmente em destaque na cena cultural maranhense – o coletivo, formado apenas por mulheres, promete uma apresentação histórica com direito à muita música, solidariedade e, claro, muito samba.

A cantora Patativa está passando por dificuldades financeiras e de saúde, e pensando nisso, o Reocupa, que assina a produção do Re[x]istência Fest III, preparou uma edição especial para que o público presente possa ajudar a artista em sua recuperação.

Os interessados em ajudar podem contribuir, durante todo o evento, doando alimentos e fraldas geriátricas (tamanho M), que serão encaminhados aos familiares da cantora. Outra forma de participar da campanha solidária em homenagem à Patativa é por meio da troca dos copos exclusivos do Re[x]istência Fest III por 1 Kg de alimento ou por uma unidade de fralda geriátrica (tamanho M).

“É com muita honra e satisfação que convido a todos para prestigiar o nosso grupo Samba de Mina, onde iremos homenagear a inigualável Patativa nesse festival incrível que é o Re(x)istencia Fest III”, publicou Angelica Melo, musicista, multi-instrumentista e uma das integrantes do Samba de Mina, em suas redes sociais sobre o festival.

Durante toda a 3ª edição do Re(x)istencia Fest, 400 copos exclusivos do festival serão disponibilizados para troca – que estará acessível em um stand especial no evento.

Samba de Mina

Criado após a realização do Encontro de Mulheres na Roda do Samba em São Luís, o grupo Samba de Mina reúne diversas artistas da cena musical maranhense, de intérpretes à instrumentistas, unidas para mostrar a força e potência das mulheres no segmento do samba.

Formado por sete mulheres, o grupo carrega em seus shows a diversidade do samba nacional e regional (samba de raiz e samba popular), com influências da musicalidade das religiões de matriz africana e da cultura popular maranhense.

Patativa

O apelido de Patativa veio quando a cantora e compositora Maria do Socorro Silva era “ainda bem novinha”: um amigo afirmou que ela parecia o pássaro, que gostava de cantar noite e dia. Ela não gostou de início, mas o nome acabou ficando.

Patativa é natural do município de Pedreiras e se mudou aos 10 anos para São Luís, onde se tornou bastante conhecida, com muitos sambas cantados em rodas informais em bares e feiras da capital maranhense.

Em 2014, aos 77 anos, a cantora teve a oportunidade de lançar o primeiro disco da sua carreira: “Ninguém é melhor do que eu”, mesmo título da quarta faixa do álbum. O lançamento contou com produção do instrumentista Luiz Junior, em parceria com o cantor maranhense Zeca Baleiro, participações especiais que vão de Zeca Pagodinho à Simone, e traz 13 faixas do vasto acervo da compositora – no total, são mais de 200 canções.

Já em 2019, a sambista, um pouco antes de celebrar seu aniversário de 82 anos, lançou seu segundo disco, “Sou de Pouca Fala”, que traz composições suas em viagens musicais que vão do cacuriá ao xote, entre outros estilos.
 

Re[x]istência Fest III

O Re[x]istência Fest é realizado sempre em setembro, em homenagem ao mês da Amazônia – ou “Setembro Amazônico” –, consolidando o calendário de ações mitigantes na Amazônia Legal. O festival carrega o propósito da união em torno da reflexão sobre o comportamento da sociedade civil, enquanto povos amazônicos, para manter a floresta amazônica maranhense de pé, que já perdeu 76% do bioma.

Na edição de 2022, o festival alcançou números impressionantes, como: a criação de mais de 400 postos diretos de trabalho e mais de 100 postos de trabalho indiretos, aquecendo a economia criativa da Grande Ilha; uma participação massiva da mão de obra maranhense no evento; e um público de 15 mil pessoas.

Ao todo, em 2023, o Re[x]istência Fest contará com mais de 10 atrações locais e nacionais, em mais de 11 horas de programação gratuita. Nos dois palcos, intitulados “Re(X)istência” e “Amazônia é agora”, a potência da cultura maranhense, preta e periférica mostrará toda a sua diversidade para o público.

O festival terá, também, participação de grandes artistas nacionais, como: o Ponto BR, coletivo que reverencia a cultura brasileira, reunindo mestres da cultura popular como Ribinha (MA), cantador do boi de Maracanã, Mestre Walter ( PE) do Maracatu Raízes de África e Mestra Zezé (MA) da Casa Fanti Ashanti; e Bernardo Santos, mais conhecido por BNegão, cantor e compositor brasileiro e um dos maiores nomes do hip hop nacional (faz parte do lendário grupo Planet Hemp).

Além das atrações já citadas, a terceira edição do festival terá shows do Grupo Pau Doido Forró In Jazz, Regiane Araújo e Raiz Tribal, Paulão, Lombreta - Bahia, Cofo de Parafernalha, assim como as apresentações especiais do DJ Adriano Sound (com o set “Brasilidades”), do projeto Batalha na Praça, do Ballroom MA e ainda com Selekta Rocha com os convidados Mr. Adnom & Biodz.

REOCUPA

O Reocupa foi fundado em abril de 2016, ocupando e mobilizando a cena local há mais de sete anos. Tem sede no Centro Histórico de São Luís. O casarão, também um centro cultural autogestionado, independente e aberto ao público, conta com acervo de livros, discos e brechó em seu espaço.

Acreditando na construção coletiva, o Reocupa é um espaço plural, disponível para as mais diversas manifestações artísticas, com o objetivo de democratizar a arte, a cultura e a educação através de perspectivas coletivas, influenciando e modificando a forma de ser e coexistir em sociedade.

Atualmente, o coletivo atua nas seguintes frentes: acesso universal à cultura, direito à cidade, educação popular e de checagem de informações, justiça climática, direitos humanos, luta feminista e manutenção dos saberes ancestrais através dos povos e territórios.

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