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COLUNA

Sexo com Nexo
Sexo com Nexo por Mônica Moura, sexologia clínica e Educação sexual.
Sexo com Nexo

A excitação está na mente mesmo

O que excita é imaginar.

Mônica Moura/ Sexologia clínica e Educação sexual

Mônica Moura/ Sexologia clínica e Educação sexual.
Mônica Moura/ Sexologia clínica e Educação sexual. (Divulgação)

A excitação está na mente, e você pode provar dela. 

Basta se permitir - alguns dizem. 

Basta estar disposto - muitos tentam nos convencer. 

Pra mim, ao longo desses anos, ouvindo o relato de tantos casais no consultório de Sexologia, chego a pensar que a excitação está na mente, sim, mas pra provar desse néctar é preciso mais que uma vontade dentro da gente. Ousaria contar a vocês que o portal é um quê de "boca aberta", tanto pra deixar sair o que se passa por dentro, quanto pra engolir e digerir o que vem de fora.

É uma ousadia minha arriscar dizer que o simples fato de abrir a boca pra falar já alimenta 50% da satisfação sexual. No instagram, por exemplo, quando é dia da caixinha que chamo "confissões de quinta", há um padrão na participação dos seguidores. Entregando a liberdade para falar e um ambiente seguro, o que a maioria das pessoas gosta mesmo é de dividir as suas fantasias. Na última linha da frase, geralmente vem a expressão que já virou um bordão: "Isso é normal, dra Mônica?"

É indubitável a alegria de poder ser quem é, sem medo de ser julgado ou desprezado por gostar de algo incomum ou pelo menos não declarado. Aproveito a deixa pra fazer um convite ao relaxamento que acalma os corações aflitos, pois a maioria esmagadora dessas fantasias está dentro do mais absoluto "normal'. É que como sexo é um assunto tabu (ainda que possa não parecer nos dias de hoje), ninguém sai por aí falando sobre o quanto seria excitante ver o seu parceiro em atos explícitos com outra pessoa, ou falando sobre o forte amor por um, independente do forte desejo sexual por outro, ou sobre a certeza heterosexual estar em conflito com a excitação por filmes homossexuais.

Sobre a minha outra ousadia, a de deixar a boca aberta para engolir e digerir, é uma declaração de que o outro tem vez e tem voz dentro do relacionamento. O seu par não pode ser neutralizado no desejo. É direito dele falar e dever seu RESPEITAR, sem julgamento. Ninguém é obrigado a realizar a fantasia que o outro deseja, mas respeitar as suas preferências é fundamental. O que fazer a partir disso, cabe a vocês dois. O sexólogo clínico é o profissional desse processo, peça ajuda se for preciso.

A mente cria coisas incríveis, nisso todos concordamos. Ah, e não se apegue ao tangível… a maioria das fantasias nunca sai do campo das idéias, acredite. O que excita é imaginar e imaginar e imaginar.

Quem aqui já experimentou contar despudoradamente quais são (ou foram) os seus pensamentos mais safadinhos dos últimos tempos? 

Quem de vocês já se deliciou com a reação do seu par ao absorver de você ideias eróticas antes inimagináveis?

Dialogar sobre sexo, desejos, preferências e fantasias atiça a mente. E isso, sim, é excitação pura. Desfrutem-se!


 


 

 

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