Seja de carro, ônibus, trem ou avião, ninguém quer seu bichinho desconfortável ou estressado.
Transportar pets requer alguns cuidados para manter a segurança e bem estar dele, seja em trajetos curtos ou viagens mais longas.
Para quem é acostumado a levar pets no carro, a recomendação é que cães e gatos devem estar de peitoral e guia adaptada ou em caixas específicas de transporte individuais fixadas no veículo. A escolha depende do porte do pet ou da forma que ele possa ir o mais confortável possível, evitando assim, em caso de uma possível freada mais brusca, o animal não ser lançado contra as partes internas do automóvel ou mesmo contra os ocupantes.
“O uso de coleira peitoral, no lugar da coleira simples, evita estrangulamento, lesões na cervical do animal ou enforcamento em caso de frenagens bruscas. Se ele estiver sendo transportado em uma caixa de transporte, ela deve estar presa pelo cinto de segurança do carro ou usando cinto de segurança próprio. E de preferência, ser transportado na parte central do banco traseiro”, confirma a Médica Veterinária e Gerente de serviços da Terra Zoo, Kenia Sonja.
É importante frisar o sobre o tamanho adequado da coleira e da guia, de acordo com cada porte, a fim de limitar os movimentos do animal e seu acesso ao motorista. Não é recomendado que o pet fique com a cabeça para fora da janela porque, além do risco de acidentes, o vento pode trazer ciscos e outros fragmentos e provocar problemas oculares.
De ônibus
As empresas de ônibus intermunicipais e interestaduais costumam aceitar apenas pets de pequeno porte, desde que estejam em caixas de transporte adequadas. Mas, antes, é bom confirmar se a empresa escolhida aceita mesmo animais, já que nenhuma delas é obrigada a fazê-lo. Esse tipo de transporte não pode comprometer o conforto nem a segurança dos passageiros e qualquer animal embarcado em um ônibus deve estar sobe a responsabilidade de um passageiro. Entre as exigências para os proprietários, deve-se comprovar que as vacinas estão em dia. Desde 2006, segundo portaria emitida pelo Ministério da Agricultura, não é mais exigida a Guia de Transporte Animal (GTA).
Não existe legislação específica para regulamentar o transporte de animais domésticos em ônibus e trens. Então, certifique-se com a companhia se ela aceitará o seu mascote como passageiro.
De trem
As condições para o transporte de animais variam de acordo com a companhia de trem e legislação do país. Algumas empresas não permitem que passageiros embarquem com animais de qualquer espécie ou tamanho. Em outras, os de pequeno porte podem viajar de graça, enquanto os maiores pagam metade da tarifa de segunda classe. Todos precisam embarcar em um contêiner especial ou com coleira e focinheira. Cães que servem de guia a portadores de deficiência visual normalmente são aceitos nos vagões sem pagamento de taxas adicionais.
Eles também podem voar
Tratados como integrantes da família, os pets tornaram-se companheiros dos tutores até nas viagens aéreas. Grande parte não abre mão de ter a companhia do seu amigo na hora de viajar, mesmo podendo deixá-los em hotéis especializados para cães, ou com alguma pessoa de confiança. A decisão é justificável, uma vez que os pets apegados a seus tutores, podem sentir falta deles, gerando apatia, tristeza e falta de apetite. Sem falar que levar o mascote na viagem pode ser bem divertido.
Se o seu pet vai viajar, e o meio de transporte escolhido for o aéreo, algumas recomendações devem ser seguidas. Por exemplo, é preciso reservar com antecedência e observar várias normas com as companhias aéreas. Cada companhia tem as suas, e elas podem mudar de tempos em tempos, portanto, convém sempre entrar no site de cada empresa e seguir as determinações do momento. Umas aceitam cães na cabine, desde que sejam observados alguns pontos, como idade, peso do animal e especificações do container. Outras, no compartimento de cargas, desde que obedecidas as normas para essa situação.
É importante lembrar, que a maioria das companhias aéreas não transporta raças braquicefálicas (pets de focinho curto, como bulldogs ou pugs, por exemplo). Algumas oferecem a opção em voos noturnos, quando a temperatura no horário do embarque e desembarque ainda está amena. Cães e gatos braquicefálicos devem receber atenção especial, devendo passar por um check-up completo antes da viagem, incluindo exames cardíacos, visto que possuem maior dificuldade respiratória.
Regras específicas para o transporte aéreo do seu melhor amigo
Algumas companhias aéreas aceitam o transporte de pets de pequeno porte ou filhotes em bolsas flexíveis, que lembram sacolas, dentro da cabine, desde que obedeçam as especificações determinadas pela companhia aérea.
Apesar de a legislação os enquadrar como “carga viva”, existe hoje diversos procedimentos operacionais especialmente voltados para garantir o conforto e o bem-estar dos nossos amigos peludos, entre eles, os terminais especializados com hotelzinho para cuidados durante as conexões que contam com veterinários, canis/gatis individuais para descanso e alimentação.
É importante verificar quais companhias realizam o transporte aéreo de animais e quais são as condições (peso, modelo e tamanho da caixa de transporte e local em que o pet será transportado). Se ultrapassar o limite de peso permitido na cabine, o transporte de cães e gatos também poderá ser feito no compartimento de carga ou em um compartimento especial para pets, dependendo da companhia. Também há um limite de peso de acordo com cada empresa.
Dê preferência às companhias que permitem que o pet vá na cabine com você, onde você pode observá-lo e transmitir segurança a ele.
Após a compra da passagem, o lugar do pet deverá ser “reservado” o quanto antes, visto que existe um limite por voo — geralmente, de três cães ou gatos. O transporte aéreo para animais também é cobrado pelas companhias, tanto na cabine quanto nos compartimentos especiais.
Caixa de transporte
Por mais que seu pet esteja acostumado ao colo, durante todo o voo, ele deverá permanecer, obrigatoriamente, em uma caixa para transporte de animais. Na hora da escolha, além de levar em conta o bem-estar do pet, é preciso verificar as recomendações das companhias.
Cada companhia aérea possui um limite para o tamanho das caixas que irão tanto na cabine quanto nos compartimentos especiais. Para ser aceita, a caixa deverá ser rígida, ter ventilação, ser feita com material resistente (fibra ou plástico) e impermeável, em perfeito estado de conservação, além de muito limpa. Caixas flexíveis também são aceitas por algumas companhias para voos na cabine. Nesse caso, o tecido sempre deve ser impermeável.
Fique atento à trava da porta. Ela deve ser resistente para evitar aberturas acidentais. Nunca use caixas com rodinhas em aviões. Além de perigosas, elas não são permitidas pelas companhias.
No caso de cães e gatos, o tamanho ideal da caixa é aquele em que o pet consegue ficar em pé e dar uma volta de 360° em si mesmo. Se perceber que o tamanho de caixa ideal vai ultrapassar o limite estabelecido, nem pense em optar por uma menor. Além disso, ser verificado pelas companhias, uma caixa que não permite movimento pode trazer sérios prejuízos ao pet. Na Terra Zoo, tem várias opções de caixa de transporte, confira aqui: https://terrazoo.com.br/categoria/cachorros/comportamento-e-ambiente-para-cachorros/bolsas-e-caixas-de-transporte-para-cachorros/
Existem caixas específicas para o transporte aéreo de aves, roedores, répteis e outros animais. Verifique as recomendações de cada companhia.
Quanto ao que deverá ser colocado na caixa de transporte, depende muito da duração da viagem. Porém, água sempre deve estar à disposição. Já para a comida, o ideal é seguir as orientações do veterinário.
Transporte de animais em avião: documentação necessária
Da mesma forma que precisamos de documentação específica para viajar, o embarque dos animais de estimação também depende da apresentação de certos documentos e certificados.
Para o transporte de animais interestadual/doméstico é necessário:
- Carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada a mais de 30 dias e a menos de 1 ano;
- Atestado de saúde emitido por médico-veterinário até 10 dias antes da viagem, garantindo que o pet está saudável e em boas condições para viajar.
Para o transporte aéreo de animais internacional:
- Carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada a mais de 30 dias e a menos de 1 ano;
- Atestado de saúde emitido por um médico-veterinário até 10 dias antes da viagem;
- Certificado Veterinário Internacional (CVI) válido por 60 dias corridos após a emissão (para América do Sul);
- Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) válido por 60 dias corridos após a emissão;
- Atestado sanitário emitido por um veterinário até 10 dias antes da emissão do CVI, garantindo que o pet está saudável.
Lembrando: essa é apenas a documentação exigida pelas companhias aéreas para embarque no Brasil. No caso de voos internacionais, além dela, é preciso conferir quais são as condições para a entrada do pet no país de destino, confira no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Depois dessas dicas, é importante fazer a preparação do seu pet para a viagem.
O ideal é já ir acostumando o pet à caixa de transporte, pelo menos com um mês de antecedência, deixe a porta aberta, coloque brinquedos e petiscos dentro, para que ele se sinta a vontade e utilizando a caixa como um cantinho de descanso e refúgio.
Não é recomendado usar nenhum tipo de sedativo no pet antes de embarcar e qualquer medicação só deve ser utilizada com orientação de um médico veterinário.
Seguindo todas essas dicas, é só curtir a viagem com seu pet!
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