SÃO LUÍS – O jogo desenvolvido em solo maranhense, Gamezônia, representará o Maranhão na ExpoLive, uma conferência de negócios que ocorre entre os dias 10 a 12 de maio em Dubai, nos Emirados Árabes. O game também é o único negócio brasileiro entre os finalistas na Expocity, concorrendo com mais de 120 países para participar na Conferência das Partes (COP).
Durante o evento, o Gamezônia terá a oportunidade de ser exposto em uma “vitrine global”, participando de rodadas de investimentos e entrevistas. Quem irá falar pelo jogo é a diretora jurídica, Ádani Nogueira. Ela, que é uma mulher negra e travesti, destaca a grande responsabilidade que é representar o Maranhão e o Brasil em um evento de tal porte.
“A emoção não cabe no peito, sou uma mulher travesti e o acesso a oportunidades como essas para pessoas como eu é muito raro. Fico extremamente contente em poder representar uma série de identidades, como a travesti e a preta, o Maranhão, nordeste e o Brasil. Somos os únicos selecionados do Brasil e a responsabilidade é grande, mas a vontade de mostrar nossa rica cultura para o mundo é maior. O frio na barriga é uma realidade, mas muito mais pelas oportunidades, espero abrir portas para outras iniciativas locais e brasileiras lá nos Emirados Árabes.”
Para CEO do Gamezônia, Vinicius Sirino, a participação na conferência “representa a ocupação de espaços e a possibilidade levar a palavra da preservação da Amazônia e a valorização dos povos e comunidades tradicionais para um espaço que podemos disseminar e causar um impacto ainda maior, tendo a oportunidade de contar a história da Amazônia pela visão de seus próprios protagonista de forma Decolonial.”
O Gamezônia tem a proposta de recontar a história da Amazônia a partir da perspectiva dos povos e comunidades tradicionais da região. Com uma jogabilidade intuitiva e lúdica, o jogo busca conscientizar sobre a importância da Amazônia, seus povos, clima e território.
“Queremos pôr o Maranhão em rota de reconhecimento econômico e investimento internacional, valorizando os povos e os saberes ancestrais a partir do game. Queremos dialogar com diferentes parceiros que possam auxiliar no desenvolvimento de povos e comunidades da Amazônia Legal e criar meios de comunicar suas necessidades e desafios”, conta Ádani.
A narrativa do game é assinada por Porakê Munduruku, indígena em contexto urbano da região metropolitana de Belém e engenheiro agrônomo especialista em educação ambiental. Ele é o responsável pelo argumento e roteiros do jogo, que retrata elementos da fauna e flora amazônica, bem como os povos originários.
“Ter um jogo que possa levar essa consciência para as novas gerações, tanto indígenas quanto não indígenas, para nós é algo muito valioso”, afirma Porakê. “O jogo acaba sendo um meio, um veículo para levar mensagens de forma lúdica para um público jovem, o que também é algo que sempre foi muito valorizado nas culturas indígenas: as narrativas, a contação de histórias.”
O Gamezônia ainda está em processo de desenvolvimento, mas já disponibiliza uma versão de demostração que o jogador pode jogar gratuitamente durante um mês.
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