PH Revista: Primeira Rainha da Expoema em 1970

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No olho do furacão

Imperatriz é a capital do Maranhão nesses primeiros dias de março.

Com sessões da Assembleia Legislativa e reuniões oficiais do Governo do Estado – culminando com a posse dos novos secretários anunciados ao longo da semana pelo governador Carlos Brandão – a cidade está recebendo um expressivo número de visitantes, como poucas vezes ocorreu na região.

Ou seja, não vai ter hotel pra todo mundo.

Ocupação completa

Hoje, Imperatriz conta com quatro hotéis de médio e grande porte. São eles: Posseidon, Imperial, Ibis e Advance.

Esses estabelecimentos já estão com ocupação completa para este final de semana.

Quem deixou para marcar a viagem de última hora vai ter que procurar hospedagem em municípios nos arredores de Imperatriz, como Açailândia, Porto Franco, Estreito ou João Lisboa.

E passagem aérea, a essa altura do campeonato, nem pensar. Só de carro mesmo.

Conta gotas

A semana começou e vai terminar agitada no Maranhão.

Afinal, foram dias de expectativa e tensão no meio político em razão do anúncio, a conta gotas, dos nomes dos novos secretários de Estado.

O governador Carlos Brandão segurou até o último momento os nomes que irão compor a sua equipe de secretários.

E anunciou por etapas, através das redes sociais, os titulares de cada pasta.

Sem surpresas?

É claro que alguns nomes de novos secretários causaram surpresa, mas na maioria dos casos já era algo previsível.

A permanência de Marcellus Ribeiro na Secretaria da Fazenda, como este Repórter já havia noticiado, era favas contadas.

Algumas surpresas: a ida de Gilberto Lins para o Porto do Itaqui, em substituição a Ted Lago; e a volta de Paulo Victor para a Secretaria de Cultura, quando se imaginava que ele iria para a Secretaria de Governo.

Força de Lycia

O ano começa com movimentações de políticos de olho nas eleições para as prefeituras municipais em 2024.

Em Caxias, por exemplo, um dos maiores colégios eleitorais do Estado, quem ganhou força nos últimos dois meses para a disputa eleitoral foi a atual chefe de gabinete do prefeito Fábio Gentil, Lycia Waquim.

Lycia, que entrou em cena com pretensões apenas de um mandato de vereadora, é filha da atual secretária de Governo e chefe de gabinete de Carlos Brandão.

DE RELANCE

Café ACM Mulher

Tudo pronto na Associação Comercial do Maranhão para a realização do 3º Café ACM Mulher, evento organizado pelo Conselho da Mulher Empresária, que é presidido pela empresária Jacira Haickel.

A terceira edição do evento deste ano vem com o tema “O que sua imagem comunica”, totalmente presencial, e será realizada no dia 7 de março no Vila Realle Buffet, no Calhau.

O Café ACM Mulher já é uma referência de oportunidade para networking, negócios e valorização da mulher que empreende e das empresas por elas lideradas, ao prever um espaço para a exposição de produtos e serviços com foco no público feminine.

Chico da Silva em SP

Arte pode ser compreendida como uma forma de se expressar e de expressar suas visões sobre o mundo ao seu redor.

Com o passar dos anos, as várias formas de arte começaram a ser classificadas e identificadas de acordo com algumas tendências, como romantismo, modernismo, cubismo, dentre outras vertentes.

Certos artistas, porém, não se encaixaram nesses moldes, seguindo seus instintos e vontades para fazer arte.

Esse foi o caso do pintor Francisco Domingos da Silva, mais conhecido como Chico da Silva, atualmente em cartaz em São Paulo com a mostra “Chico da Silva e o ateliê do Pirambu”.

Chico da Silva em SP...2

Nascido em 1910, na localidade de Alto Tejo, no Acre, sendo filho de mãe cearense e pai indígena da Amazônia peruana, Chico da Silva foi um pintor e desenhista semianalfabeto, amador, autodidata, que fazia dos muros e paredes suas telas.

Ele e sua família foram para Fortaleza em 1934, se firmando no bairro periférico do Pirambu, local conhecido como uma das maiores favelas do Brasil. Ali, ele exerceu profissões variadas, que não tinham relação alguma com arte, como consertar sapatos e guarda-chuvas.

Mesmo assim, seguia “grafitando” as paredes do Pirambu, usando, ainda, giz e carvão para sua imaginação aflorada ganhar vida naquelas alvenarias. Seus traços eram únicos, fortes, criando animais, paisagens e até seres fantásticos e mitológicos, como sereias e dragões, com muita clareza. Suas pinturas ganharam ainda mais vida quando passou a utilizar cores variadas além do branco do giz e o preto do carvão.

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Na década de 1970 fui levado pela jornalista Eme Socorro, de saudosa memória, ao ateliê do artista acriano radicado em Fortaleza, de quem me tornei amigo por quase uma década – Chico da Silva morreu em 1985.

Agora, chega convite para visitar a mostra “Chico da Silva e o ateliê do Pirambu”, que é a primeira grande mostra panorâmica do artista apresentada pela Pinacoteca de São Paulo.

A exposição ocupa a principal galeria expositiva da Pinacoteca Luz e convida o público a conhecer o legado do artista que foi um dos responsáveis por transformar o cenário artístico cearense a partir da década de 1940, com suas composições fabulares repletas de monstros mitológicos, animais fantásticos e outros personagens.

A exposição é a mais abrangente já realizada por uma instituição sobre o artista, reunindo um conjunto de importantes obras da trajetória de Chico da Silva.

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“Chico da Silva e o ateliê do Pirambu” percorre o legado de um dos primeiros artistas brasileiros de origem indígena a alcançar destaque no cenário nacional e no exterior.

Por volta de 1963, Chico passa a trabalhar com auxílio de ajudantes, inicialmente crianças e adolescentes do seu bairro – na periferia de Fortaleza. Enquanto ensinava suas técnicas para esses jovens, o artista incorporava sugestões e métodos trazidos por eles.

No ateliê do Pirambu, que visitei muitas vezes, surge uma produção em grande escala feita em parceria e coordenada pelo mestre.

Os painéis exibidos na segunda sala da exposição na Pina representam o auge da manufatura realizada pela escola.

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Chico da Silva foi um dos principais artistas sem treino artístico do Brasil na segunda metade do século XX.

Seus trabalhos consistem em composições figurativas fabulares que apresentam seres mitológicos, animais fantásticos e personagens preenchidos por pontilhismo e fundos amplamente trabalhados.

Da Silva participou de importantes mostras, como a Bienal de São Paulo em 1967, e teve três trabalhos agraciados com menção honrosa na Bienal de Veneza, em 1966.

Com curadoria de Thierry de Freitas, a mostra “Chico da Silva e o ateliê do Pirambu” apresenta 124 trabalhos produzidos entre 1943 e 1984.

Posse de José Jorge

O escritor José Jorge Leite Soares está escrevendo os últimos parágrafos do discurso de posse na Cadeira 23 da Academia Maranhense de Letras.

Ele foi eleito em setembro do ano passado para a cadeira que foi ocupada pelo escritor e engenheiro Luiz Phelipe Andrès.

José Jorge será recebido em solenidade oficial pelo acadêmico Alberto Tavares Vieira da Silva.

A posse deve ocorrer no próximo dia 13 de abril.

Campanha que incomoda

Durante a sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Maranhão realizada na última quarta-feira (1º), desembargadores da Corte demonstraram desconforto com o rumo tomado por algumas candidaturas à lista sêxtupla de advogados(as), a ser encaminhada ao Tribunal, a fim de que seja eleita uma lista tríplice para, por fim, ser encaminhada ao governador do Estado, para escolha do representante da classe para vaga destinada ao Quinto Constitucional.

O artigo 94 da Constituição Federal garante que 20% das vagas nos tribunais de Justiça, Regionais Federais, Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho devem ser preenchidas por membros do Ministério Público e advogados – sendo esta última a classe contemplada para preenchimento da vaga do Tribunal, que conta, atualmente, com 33 desembargadores(as).

Os desembargadores Ronaldo Maciel, Gervásio dos Santos e Cleones Cunha pediram a palavra para manifestação sobre o comportamento atual de algumas candidaturas que os tem incomodado.

Campanha que incomoda

A forma de escolha dos candidatos a desembargador do TJMA para preencher vaga aberta para o Quinto Constitucional, está incomodando os magistrados que discordam do comportamento inadequado de alguns deles que, inclusive, estariam fazendo panfletagem abertamente.

O desembargador Ronaldo Maciel relatou situações de panfletagens e disse que tem como missão própria, dentro da medida do possível, fazer com que ingressem no Tribunal pessoas que, efetivamente, somem para um Poder Judiciário forte, eficiente e republicano.

“Aqueles que estão se comportando de forma indevida, com absoluta certeza, senhor presidente, não terão meu apoio e não terão meu voto”, alertou.

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O desembargador Gervásio dos Santos fez considerações sobre o tema. Destacou que o processo de democratização, de escolha, é bem-vindo, mas lembrou que a Corte tem uma tradição e que a advocacia sempre teve a preocupação de trazer para a Casa nomes que honraram a classe.

E citou vários desembargadores oriundos da advocacia que passaram pelo TJMA, além de atuais, como Jorge Rachid, Ricardo Duailibe e o próprio presidente Paulo Velten, como exemplos de grandes advogados reconhecidos pela sociedade.

Já o desembargador Cleones Cunha criticou a distribuição de panfletos, fato registrado num empório de São Luís: “A que ponto chegamos”, comentou.

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O presidente Paulo Velten reforçou que a fala dos colegas constitui um “Vade Mecum” (expressão que significa “vai comigo”, que, em termos de livro ou manual jurídico, serve para consulta sobre a Constituição, códigos e leis) claro para a atuação dos candidatos. Disse que a atual eleição se apresenta no formato novo, de votação aberta, em que todo o universo de advogados e advogadas participa do processo.

“Portanto, essa campanha tem que ser feita, sem dúvida nenhuma, levando em conta o decoro e a dignidade daqueles que se colocam como aspirantes para serem o novo desembargador(a) representante do Quinto Constitucional. Não há dúvida que o Tribunal, pelo visto, está atento a esses movimentos e vai levar isso em conta, certamente, no momento da definição da sua lista sêxtupla”, alertou.

Para escrever na pedra:

“Poucos rios surgem de grandes nascentes, mas muitos crescem recolhendo filetes de água”. De Ovídio.

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