SÃO LUÍS - Diferentemente de nós, humanos, que podemos fazer terapia e expor tudo que nos causa mal, os pets não expressam seus sentimentos com palavras, mas, sim, por meio de seu comportamento. Por isso, é importante estar atento a situações diversas para conseguir identificar o trauma que o animal tem e trabalhá-lo de uma forma positiva.
A sociabilização é muito importante para isso, sendo o cão filhote ou não. No caso dos adultos, quando eles demonstram medo de algo ou alguém, é por meio da socialização que conseguimos a mudança desse comportamento. Com ela, apresentamos o mundo ao animal a partir de uma nova perspectiva e de associações positivas e, dessa forma conquistamos mudanças no comportamento do pet e proporcionarmos bem-estar a ele. Já quando filhote, o animal deve ser apresentado ao maior número de situações possíveis pelas quais poderá passar. A ideia é transformar momentos que podem ser ruins para ele em algo positivo.
Durante qualquer processo de reabilitação, é muito importante a participação do tutor, para que ele aprenda lidar com cada situação de uma forma segura e saudável.
A TerraZoo dispõe de espaços de adoção permanente de pets resgatados por ongs e projetos, são cães e gatos que buscam por novos lares, entre adultos e filhotes. São pets que ficam disponíveis para adoção em espaços permanentes em algumas lojas em São Luís e em Imperatriz, além de realizar, pontualmente, eventos de adoção.
São cães e gatos que algumas vezes precisam de uma atenção maior na adaptação ao novo lar, por isso, confira algumas dicas abaixo.
5 passos para socializar um cão
Passo 1: Comece já!
Quanto mais cedo começar melhor. Assim haverá menos possibilidades de ele ter uma barreira futuramente. A idade ideal para a socialização é dos 2 aos 4 meses de idade. Nesse período, a janela de socialização está aberta, e todas as situações são mais fáceis de serem processadas pelo bichinho. Isso não significa que cães adultos não possam ser socializados, mas o processo ocorre de forma mais lenta nesse caso. O cão adulto já tem uma gama de associações formadas, às vezes alguns vícios e traumas, mas, ainda sim, da maneira correta e com ajuda de um profissional em comportamento animal, essa tarefa pode ser executada e esses “vícios”, “revertidos”.
Passo 2: Acostumado com barulhos
Uma das socializações que devem ser feitas em cães é aquela que o deixa habituado a ruídos como buzinas de carro, campainhas, fogos de artifício, etc. O objetivo é o pet não ficar estressado ou com medo quando os ouve. Apresente os barulhos pouco a pouco, de preferência em outro ambiente em baixo volume, e vá aumentando e aproximando o ruído do cão aos poucos. Sempre recompense com petiscos, até que ele fique confortável e se sinta seguro com a proximidade do barulho. A TerraZoo possui uma enorme variedade em petiscos e brinquedos interativos para o seu cão.
Passo 3: Amigo de todos
Para socializar um cão com visitas, o ideal é apresentar a pessoa estranha aos poucos, com a distância necessária para que o cão se sinta seguro, e verificar se ele apresenta estar relaxado, confiante, se aceita algum petisco oferecido, se busca por interação, e se há algum interesse por brinquedos. Enquanto a pessoa estiver próxima ao cão, o recompense. Isso fará com que o foco primário do cão não seja a pessoa.
Passo 4: Aceitando outros animais
Fazer com que seu cão aceite conviver com outros animais é muito similar com treinamento de socialização com pessoas. A diferença, é que com outros animais é preciso se certificar de que os dois estejam em um ambiente controlado, priorizando a segurança no treino. Para manter esse controle, pode-se fazer uso de coleiras, guias e caixas de transporte.
Os cães devem ser apresentados em ambiente neutros e pode-se usar o passeio para ajudar na socialização, de preferência com duas pessoas, cada uma segurando um cão. Já entre cães e gatos, a socialização deve ser feita da seguinte forma: o gato precisa estar preso a uma guia ou, de preferência, numa caixa de transporte, e o cão também deve estar na guia e se aproximar pouco a pouco, e o dono recompensando cada olhar e cada passo a mais. Quem vai determinar a velocidade da evolução do treino é o gato, pois ele é muito mais sensível, além de estar em posição de presa. Caso o gato aparente estar com medo ou estressado, aumente a distância entre os animais de estimação e recomece aos poucos, sempre recompensando-os com petiscos ou brinquedos, por estarem na presença um do outro, criando uma associação positiva.
Passo 5: Atenção aos erros
O erro mais comum cometido por tutores na hora de socializar um cão é tentar forçar uma situação. Não devemos esquecer que a base da sociabilização é a associação positiva e a naturalidade do encontro. A paciência é o segredo de tudo, quanto mais respeitamos o bem-estar do pet visando recompensar as boas atitudes e associações positivamente melhor! O cão deve ter boas lembranças do encontro e da socialização. Caso haja algum sinal de estresse ou irritação, é recomendado parar o treino e esperar o cão voltar ao seu estado normal. O ideal é sempre parar o treino quando o cão ainda estiver bastante interessado nele.
É preciso lembrar que cada pet tem sua personalidade, portanto não há um tempo exato estimulado para que a socialização ocorra. Em caso de dificuldade, o mais indicado é procurar a ajuda de um profissional para realizar a socialização.
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