Carreira

Professor maranhense usa os quadrinhos como fonte de renda extra e passa a produzir para editoras internacionais

Zilson Costa conta ao Na Mira como chegou até editoras dos Estados Unidos e Holanda.

Na Mira

- Atualizada em 14/02/2023 às 11h01

SÃO LUÍS - Para quem imaginava que iniciar a carreira de quadrinista não é algo promissor, o maranhense Zilson Costa prova o contrário. Com formação e experiência em docência na área da arte, Zilson concilia a vida de professor no ensino público com o seu trabalho de quadrinista.

Toda essa dedicação em algo que começou como um hobby, já levou o professor ao reconhecimento internacional. “A minha formação na Universidade Federal do Maranhão é de Artes, eu sou professor desde 2006 e sou concursado em São Luís e em São José de Ribamar. Em 2012 eu passei no concurso de Ribamar, já trabalhava em São Luís como professor, mas demorei três anos para ser chamado no concurso e meu contrato onde estava trabalhando foi encerrado. Então, para preencher essa lacuna financeira, eu vi algumas entrevistas de quadrinistas brasileiros e resolvi tentar”, conta Zilson.

Ilson conta que carrega muito da cultura maranhense em vários de seus trabalhos.
Ilson conta que carrega muito da cultura maranhense em vários de seus trabalhos.

O professor conta, ainda, que já gostava e produzia quadrinhos desde 1996, mas até então, não via a produção como algo profissional. Para chegar até editoras de fora, ele explica que começou a enviar e-mails para várias editoras, quando foi surpreendido com duas respostas positivas. 

“Primeiro foi o Argo Comics que gostou do estilo e me ofereceu logo um trabalho, eu comemorei bastante porque foi o meu primeiro trabalho pago pra fora e logo depois teve uma editora chamada Gray Haven Comics, que me de duas páginas, aí foi o meu início no mercado de quadrinhos nos Estados Unidos. Depois já trabalhei pra holanda também e de 2012 pra cá eu não parei mais”, celebra o quadrinista.

Apesar das oportunidades que já recebeu fora do país, Zilson carrega muito da sua cultura em vários de seus trabalhos. As expressões que estão presentes no vocabulário maranhense podem ser encontradas com facilidade nos quadrinhos produzidos por ele. 

“O meu foco é justamente esse, de manter as histórias acontecendo aqui em São Luís. São super-heróis, mas não têm aquela pegada de coisa muito séria, é bem humorístico mesmo”, explica ele, e afirma, também, que o mercado maranhense para os quadrinistas já foi mais difícil, mas hoje as redes sociais são grandes aliadas para tornar o trabalho dele e dos seus colegas mais conhecidos. 

 

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