Em São Luís

Festival Ayó valoriza música negra do maranhão

O evento reunirá oito atrações no pátio do Convento das Mercês, no dia 20 de janeiro.

Publipost

Atualizada em 06/01/2023 às 14h25
O festival é uma reverência à música negra produzida no Estado e mais uma oportunidade de visibilidade e confraternização de artistas maranhenses.
O festival é uma reverência à música negra produzida no Estado e mais uma oportunidade de visibilidade e confraternização de artistas maranhenses. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - Já está quase tudo pronto para a realização do I Festival Ayó de Música Negra do Maranhão. Com patrocínio da Petrobras e realização da Associação Cultural Pé no Chão, o evento reunirá oito atrações no pátio do Convento das Mercês, no dia 20 de janeiro.

O Maranhão é o terceiro Estado brasileiro de maior população negra e os aspectos africanos e afro-brasileiros dão o tom à cultura do Maranhão da culinária à arquitetura. Idealizado pela cantora Andrea Frazão, o festival é uma reverência à música negra produzida no Estado e mais uma oportunidade de visibilidade e confraternização de artistas maranhenses. Este projeto ficou entre os 15 selecionados do edital “Múltiplas Expressões”, do Programa Petrobras Cultural, concorrendo com mais de 400 inscritos de todo o país. 

O movimento de misturar tradição e modernidade é uma das características do Festival Ayó.  A abertura do evento fica por conta do Tambor de Crioula de Taboca da Casa Fanti Ashanti - Abanijeum, no qual a parelha de tambores é substituída por cones de bambu. A manifestação existe desde 1960, herança de Pai Euclides Talabyan e, atualmente, conduzida pela Yalaxé, Kabeca de Xangô.

Em seguida, sobe ao palco o DJ Pedro Sobrinho, conhecido pela riqueza e harmonia de sua miscelânia cultural, que incluem beats e afro-beats de todos os cantos do mundo. A criatividade com que faz esse mix destaca o DJ no cenário nacional. 

Por volta de 19 horas, deve-se ouvir as zabumbas do Bumba Meu Boi de Leonardo chamando para guarnicê. A turma vem do Quilombo Urbano da Liberdade e é considerado “raiz” por ainda cultivar elementos característicos de sua formação de 67 anos atrás. Conhecido também como Boi da Liberdade, essa brincadeira é um legado do saudoso mestre da cultura popular Leonardo Martins Santosque primava pela fidelidade às raízes africanas. Hoje, quem lidera a trupiada é a filha dele, Regina Avelar ou Regina de Leonardo, como é conhecida.

Depois será a vez do grupo Samba de Mina, formado por compositoras, intérpretes e instrumentistas que além de colocar as pessoas para dançar, luta para fortalecer o samba feminino e alavancar o reconhecimentodas mulheres nesse espaço. 

Em seguida, lá vem o Bloco Afro Akomabu. Com uma geração de novos percussionistas em formação no Centro de Cultura Negra e um time intérpretes que canta a beleza negra, reivindica direitos e denuncia o racismo, tudo com muito suingue e axé.  

Chegou a vez da nossa cantora de maior expoente do reggae, Célia Sampaio, que está em fase de divulgação do EP que leva o seu nome. Destaque para a faixa número um, Jamaica Brasileira, que tem a participação de Zeca Baleiro, autoria de Gerude e está na trilha sonora do filme Ginga Reggae, que estreia este ano. No Festival, além de reggae, pode-se esperar música popular maranhense e afoxés.

Lançado em 2020, o Criola Beat é um movimento cultural que a partir de pesquisa e experimentações se propõe a fazer o entrelaçamento entre a música ancestral maranhense, como o tambor de crioula, com a cultura hip-hop, soundsystem jamaicana e música eletrônica.

O encerramento do Festival será marcado pela força do feminino, com o Show Ayó e Mulheres de Axé que reúne as cantoras Andréa Frazão, Dicy Rocha, Fran Di Jesus, Luciana Pinheiro e Paula Guterres. “Será um encontro ancestral de vertentes musicais e nuances diferentes, do reggae, samba, afoxé e músicas gestadas pela feminilidade que ecoam suas raízes, sonoridades do nosso povo”, explica Andréa Frazão. A direção musical é de Wanderson Silva.

Ayó na língua iorubá é comumente traduzida como alegria, ou ainda, felicidade.A ideia do Festival nasceu a partir do Baile Afro Ayó, realizado em 2020, que reuniu artistas negros em uma noite de música, arte e mensagens de reconhecimento da cultura e do protagonismo negros. A equipe da Associação Cultural Pé no Chão busca recriar essa atmosfera no festival. Nas redes sociais do I Festival Ayó de Música Negra do Maranhão (@ayofestival_) podem ser encontradas outras informações.

O que: I Festival Ayó de Música Negra do Maranhão, patrocinado pela Petrobras

Quando: Dia 20 de janeiro de 2023

Onde: Convento das Mercês, bairro Desterro – São Luís/MA 

Horário: A partir das 18 horas

Realização: Associação Cultural Pé no Chão com patrocínio da Petrobras

Entrada gratuita
 

Programação: 

Tambor de Crioula de Taboca da Casa Fanti Ashanti - Abanijeum

DJ Pedro Sobrinho

Bumba Meu Boi de Leonardo

Samba de Mina

Bloco Afro Akomabu

Célia Sampaio

Criola Beat

Show Ayó e Mulheres de Axé com as cantoras Andréa Frazão, Dicy Rocha, Fran Di Jesus, Luciana Pinheiro e Paula Guterres

Redes: 

https://www.instagram.com/ayofestival_/

https://www.facebook.com/I-Festival-Ay%C3%B3-de-M%C3%BAsica-Negra-do-Maranh%C3%A3o-110788658407549/
 

Festival Ayó valoriza música negra do maranhão

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.