O mundo passado a limpo
Mais: Romances à brasileira
Um reencontro de velhos amigos. Foi assim o jantar de ontem no restaurante Cabana do Sol, que colocou frente a frente três amigos que adoram viajar e juntos percorreram alguns dos lugares mais fascinantes do planeta.
São Ana Lourdes Lobato Hoole, operadora de turismo há mais de dez anos radicada na Inglaterra, e Margarida Teixeira, também há mais de uma década atuando no setor de turismo do Rio de Janeiro, que relembraram com este Repórter PH momentos que marcaram nossas vidas.
Foram lembranças de delírio e encantamento passadas a limpo numa noite amena e de doces recordações.
Voluntarismo da burocracia
Há uma tendência, talvez atávica, de o animal humano gostar da servidão (tanto para ser o senhor quanto cativo).
Sobre isso, já escreveu Étienne de la Boétie, humanista francês contemporâneo de Montaigne, um dos ensaístas mais brilhantes do século XVI, pai, aliás do termo “ensaio”.
La Boétie inicia a dialética da servidão já no título de sua principal obra: Discurso sobre a servidão voluntária, pois, aparentemente, como alguém escolheria a servidão? Por que alguém sacrificaria a liberdade de forma espontânea?
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Considerado, antes mesmo de Bakunin (com seu instigante Textos anarquistas, de 1874), como sendo um livro a favor do anarquismo, la Boétie, faz um questionamento crucial sobre a supressão voluntária da liberdade.
Mas para não deixar a prosa muito comprida, o que la Boétie diz no fim é que a liberdade só é conquistada quando se quer.
Quando ele pergunta de onde um único homem tira tanto poder para controlar a todos, está atribuindo o caráter de voluntariado ao servilismo.
Seria isso que o animal humano precisa: um tirano e um deus que o castigue?
Seríamos atavicamente masoquistas? Isso explicaria a frase, tão comumente aceita e declarada, de que todo povo tem o governo que merece?
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É claro que não nos cabe escolher o ministro disso e daquilo, nem tampouco o homem que abrirá a porta de entrada do gabinete do chefe do Poder Executivo. O que nos cabe de direito, através do voto, neste domingo, é escolher o novo Presidente da República.
Mas nunca é demais, só para lembrar a microfísica do poder, de Michel Foucault, quem nos dará ou não a senha para conversar diretamente com aquele que nós elegemos é o porteiro que não escolhemos.
Quem move a máquina que nos engole não é necessariamente o Presidente, coitado, tão envolto com problemas que nem são dos seus cidadãos, mas o estafeta que emperra um projeto, o fulano de carreira que não leva seu documento adiante, o funcionário que tem a frase sempre pronta: “Nós não podemos fazer nada, são ordens”.
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O que não nos damos conta, nisso que vou chamar de voluntarismo da burocracia, é que, na maioria das vezes, não existe ordem, existe apenas um vício de origem. As coisas funcionam assim desse modo há tanto tempo que chega a soar insanidade mudar o que é ruim.
Como podemos deixar de ser reféns dessa doença social que é a relação quase bizarra entre poder e cidadão? Será que seremos eternamente cativos da ignorância? Quantos políticos ignorantes e inoperantes ainda passarão sem nos darmos conta de que apenas nós podemos recusar suas presenças?
Quanto tempo passará ainda até o dia em que não precisarmos mais ter que dizer que cada povo tem o governo que merece? Sei que sou minoria desse povo, mas não desejo em nenhuma hipótese ser representado por gente desqualificada, e nem quero mais passar por servil à burrice.
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É hora de todos nós que pensamos um pouquinho mais, que não nos locupletamos com a barbárie na qual a maioria das cidades brasileiras está se transformando, fazer algo a respeito disso.
Está na hora da primavera do nosso País tropical.
Mas para isso, é preciso reconhecer, primeiro, que somos servis da ignorância, e, cientes disso, nos rebelarmos e escolhermos quem, realmente, é melhor para o Brasil.
Eu já fiz a minha escolha. E você?...
DE RELANCE
Romances à brasileira
Português é uma das línguas mais românticas na Netflix nestes dias, graças à estreia de Esposa de Aluguel, no último dia 11, e Depois do Universo, hoje, no catálogo de filmes originais da plataforma de streaming.
Ambas as comédias românticas se apoiam em clichês do gênero, mas se uma provavelmente só deseja fazer o público rir, a outra certamente busca arrancar algumas lágrimas da audiência.
Seguindo a tradição de clássicos do segmento como Namorada de Aluguel (1987) e Muito Bem Acompanhada (2005), Esposa de Aluguel é a escolha para quem busca as risadas. Com direção de Cris D´Amato, a trama segue Luiz (Caio Castro), solteiro convicto que, para atender a um último desejo de sua mãe – e não ficar de fora do testamento dela –, contrata uma atriz, Lina (Thati Lopes), para fingir ser sua esposa.
A convivência forçada entre os dois, como costuma ocorrer nesse tipo de história, logo evolui do desprezo inicial para algo muito mais interessante.
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Depois do Universo, com direção de Diego Freitas, enquanto isso, está mais para uma versão nacional de Um Amor para Recordar (2002) ou mesmo A Culpa É das Estrelas (2014).
No centro da produção, que marca a estreia da cantora Giulia Be na atuação, está a jovem pianista Nina. Na fila para um transplante de rim, ela tem dificuldade de manter seu sonho de tocar nos palcos com a Orquestra Sinfônica de São Paulo entre uma sessão de hemodiálise e outra. O copo só começa a parecer menos vazio uma vez que seu caminho cruza com o jovem médico residente Gabriel (Henrique Zaga, de 13 Reasons Why e Os Novos Mutantes).
Questões éticas e de saúde, no entanto, fazem com que o romance não seja nenhum conto de fadas.
Além desses filmes, a Netflix também lançou em outubro a sua primeira série brasileira de animação, Menino Maluquinho, protagonizada pelo clássico personagem de Ziraldo.
Memórias de Fernando Bicudo
O produtor cultural Fernando Bicudo, que marcou época no Maranhão como diretor do Teatro Arthur Azevedo, está recolhido a um sítio em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, entregue ao registro de suas memórias como homem que participou intensamente da vida cultural do País.
Ele só pretende deixar esse “doce exílio” quando concluir o primeiro volume das memórias.
Há quem diga que seus registros vão fazer a terra tremer.
Bicudo e a volta de Catirina
Fernando Bicudo está tentado a atender a apelos de amigos e admiradores e voltar a São Luís para produzir uma remontagem da òpera-boi “Catirina”, concebida, escrita e dirigida por ele, baseada no auto do bumba-meu-boi do Maranhão.
A ópera foi destacada pelo Ministério da Cultura como o Melhor Espetáculo das Artes Cênicas no Brasil do ano de 1997.
O CEO da Operadora Maxx Augusto Diniz será destaque como palestrante em evento nacional sobre o futuro da TV a cabo, que acontece dia 8 de novembro em São Paulo
Palestra de Augusto Diniz em São Paulo
Um dos mais antenados e inovadores executivos de Telecom do país, o CEO da operadora maranhense Maxx, Augusto Diniz, já é presença confirmada no evento presencial Next TV Series Brasil, que vai ser realizado no Hotel Intercontinental de São Paulo, no próximo dia 8 de novembro.
Augusto Diniz será um dos palestrantes debatedores do painel “A Transformação das Operadoras de TV a Cabo”, juntamente com outros players de destaque do setor no debate moderado por Omarson Costa, Presidente do Conselho The Next Billion.
Vale lembrar que Augusto Diniz tem muito a contribuir com esse debate, compartilhando o case de sucesso da TVN, empresa fundada por ele e que após 22 anos de sólida atuação deixou de ser um negócio focado só em TV a Cabo para transformar-se em uma empresa ainda maior e melhor, com soluções completas e integradas de Telecom; oferecendo de forma acessível os serviços de Telefonia Móvel e Fixa; Internet 100% Fibra Óptica e TV a Cabo / Streaming, com ampla e crescente atuação em diversas cidades do Maranhão.
Copa sem testes de Covid
O Catar vai deixar de exigir testes de Covid para seus visitantes antes da Copa do Mundo, anunciou ontem o Ministério da Saúde do emirado, após indicar que turistas esperados já não precisam estar vacinados.
O torneio vai levar o maior fluxo de visitantes da história para o país, que tem 2,9 milhões de habitantes.
Os organizadores cataris e a Fifa querem que o torneio seja um sinal de que o mundo está superando a doença.
São Luís em clima de Natal
Às vésperas da realização do segundo turno da eleição para presidente da República, o comércio de São Luís já está vestido para o Natal e as expectativas para este fim de ano não poderiam ser melhores.
A demanda reprimida nos dois anos de pandemia e a Copa do Mundo em novembro prometem movimentar vários setores da economia nas próximas semanas, com possibilidade de aumento de contratações de temporários, que podem ser absorvidos pelo mercado no ano que vem.
Para escrever na pedra:
“A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace”. De Victor Hugo.
TRIVIAL VARIADO
Nesta sexta-feira, 28, será o último dia para a veiculação do horário eleitoral em emissoras de rádio e TV. Também será o último dia para debates e estes não poderão ultrapassar o horário da meia-noite.
Com inspiração no legado da "era de ouro" das pistas de dança dos anos 1980, quando a discotecagem era feita ao som de vinil, está se apresentando no Brasil o DJ californiano Gene on Earth, que usa antigos "bolachões" para animar a festa.
Após altos e baixos, a indústria calçadista brasileira soma 300 mil trabalhadores. Até setembro, foram exportados mais de US$ 900 milhões, uma expansão de 60% em relação ao mesmo período de 2021.
Bom humor: o pai pergunta ao filho: – E aí, Joãozinho, já está namorando? – Não, pai. Estou só ficando. – Ah, é? – É, ficando sem esperanças.
Há exatos 130 anos nascia nesta data o romancista, cronista, jornalista e político alagoano Graciliano Ramos.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) agora é uma autarquia. A mudança está prevista em lei promulgada ontem pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG).
A nova lei é decorrente de Medida Provisória aprovada neste mês pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Em tempo: a ANPD é o órgão federal responsável por fiscalizar a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
João Marcelo Sá está anunciando um grande evento para os saudosistas: dia 12 de novembro, no Illa Restaurante, um Tributo a Elvis Presley, com o cover maranhense Pandha.
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