Musical

Sucesso de público, temporada de estreia de "Bandeira de Aço, O Musical" emociona maranhenses em sessões gratuitas

Espetáculo esteve em cartaz no Teatro Arthur Azevedo (TAA), no Centro Histórico de São Luís, durante os dias 27 e 30 de setembro.

Na Mira, com informações da Assessoria

"Bandeira de Aço - O Musical" foi apresentado no Teatro Arthur Azevedo.
"Bandeira de Aço - O Musical" foi apresentado no Teatro Arthur Azevedo. (Quilana Viegas e Veruska Oliveira / Divulgação)

SÃO LUÍS - Casa lotada, público emocionado e um universo da música popular maranhense que alcançou novas gerações. Esses foram os principais elementos que marcaram a primeira temporada de “Bandeira de Aço, O Musical”, que esteve em cartaz no Teatro Arthur Azevedo (TAA), no Centro Histórico de São Luís, durante os dias 27 e 30 de setembro.

Produção assinada pela Encanto Coletivo Cultural e G4 Entretenimentos e patrocinada pelo Governo do Estado e Equatorial Maranhão, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o espetáculo exibiu quatro sessões gratuitas, abertas a todos os públicos.

“Estamos extremamente felizes pois o resultado daquilo que pensamos, aconteceu: gerações que encantam, que brincam, que sorriem e que choram ao mesmo tempo, estão realizadas e orgulhosas com o nosso projeto”, comemorou o idealizador do musical, o músico e administrador Guilherme Júnior.

Ao longo de 107 minutos, o musical adentra o universo das composições das nove faixas do clássico disco “Bandeira de Aço”, segundo álbum do percussionista e cantor maranhense Papete, lançado pelo selo Discos Marcus Pereira, em 1978.

Nicole Machado, diretora do espetáculo, destacou que muito da conexão do musical com os espectadores foi pela curiosidade deles em querer detalhes tanto dos bastidores do álbum quanto do ponto de vista dos compositores (César Teixeira, Josias Sobrinho, Ronaldo Mota e Sérgio Habibe) e do intérprete Papete.

“Queríamos apresentar ao público, tanto para quem viveu [a época do lançamento do disco, nos anos 70], para vir pra cá e se emocionar com a história, quanto para quem não conhecia, e vir ser afetado por problemas da contemporaneidade, por urgências do agora”, ressaltou Nicolle Machado.

Reação do público

Emocionante, divertido e atual foram alguns dos vários elogios ouvidos em cada uma das sessões desta temporada de estreia de “Bandeira de Aço, O Musical”. Para o casal Bruno e Alana, de Londrina (PR), um dos pontos altos do espetáculo foi poder conectá-lo com a realidade do sul do país.

“Estou maravilhado. Gostei muito mais do que eu esperava. Poder mergulhar em um universo tão diferente da nossa região, mas que é dentro do nosso país, é poder conhecer mais a fundo uma cultura tão diferente”, afirma o paranaense. Para sua esposa, a riqueza cultural do musical é ímpar. “Ver o quanto essa pluralidade cultural é importante para as pessoas. Ver todos no teatro cantando junto. Foi uma sensação incrível”, parabenizou.

A explosão cultural que é o “Bandeira de Aço, O Musical” também marcou a experiência vivido pela espectadora Anna Filomena Moura. “Durante o espetáculo, a gente vai pensando em como foram nascendo essas cantigas. É poder ver no teatro como foi esse momento mágico da música maranhense. É imperdível!”, elogiou.

Presentes na plateia, artistas como Josias Sobrinho, Fernando de Carvalho, César Boaes, Regina Oliveira, José Pereira Godão, Roberto Brandão, Tutuca Viana e Tácito Borralho elogiaram o musical, assim como César Teixeira, um dos compositores homenageados.

“Esta produção preserva a nossa história musical e acrescenta mais, atualiza uma história que no passado foi tão viva e calorosa. Hoje, ela se reinventa, como a própria fogueira: ressuscita os nossos ritos populares, como as catirinas, que fazem parte da nossa vida cultural e social. (...) Essa mistura de ficção com história teve um bom resultado e eu agradeço muito por estar ali representado, com a minha arte e a minha alma. Parabéns!”, parabenizou o cantor e compositor.

Mais do Musical

Com texto do dramaturgo Felipe Corrêa (em conjunto com Nicolle Machado e Igor Nascimento), também participaram do musical: Andressa Brandão e Rebeca Carneiro (coreografia); Marcos Ferreira e João Vinicius (figurino); e Ivaldo Júnior (cenografia).

O elenco é formado por: Flávia Pimentel; Mauro Nascimento; Zanto Holanda; Nestor Fonseca; Brunna Garcia; Denia Correia; Igor Kayroz; Renato Guterres; Nando Pinheiro; Layla Calixto; Nuilane Lago; Rafael Noleto; Andressa Brandão; Apolo Oliveira; David Lopes; Thay Corrêa; Thais Lima; e Rebeca Carneiro.

Durante o espetáculo, a atuação e a dança foram acompanhadas por um time musical, formado por Wanderson Silva (Percussão), Edilson Gusmão (Baixo), Rui Mário (Piano e sanfona), Fleming (Bateria) e Ricardo Mendes (Metais - flauta, sax e clarinete), com Roberto Chinês na direção musical.

Todas as informações sobre “Bandeira de Aço, O Musical” estão disponibilizadas na página oficial do projeto no Instagram: @bandeiradeacomusical.

Bandeira de Aço, de Papete

“Bandeira de Aço” é o segundo álbum do percussionista e cantor maranhense Papete, lançado pelo selo Discos Marcus Pereira, em 1978. Com nove faixas, o disco conta com faixas que ganharam popularidade no Maranhão, como “Boi da Lua” e “Engenho de Flores”, entre outras.

Artistas como Josias Sobrinho, Ronaldo Mota, César Teixeira e Sérgio Habibe assinam as composições do álbum, que tinha Papete como intérprete oficial. Lançado durante o período da Ditadura Militar no Brasil, “Bandeira de Aço” é referenciado como uma produção que representava o povo brasileiro e o contexto social e histórico em que foi lançado.

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