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Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

Georgino Melo em encontro com o ex-presidente José Sarney

Mais: Novo cidadão maranhense

PH

Atualizada em 02/05/2023 às 23h36
Georgino Melo e Silva em encontro com o ex-presidente José Sarney
Georgino Melo e Silva em encontro com o ex-presidente José Sarney

O centenário de Renato Archer

Maranhense de Vargem Grande, formado em Direito pela UFMA e Pós-graduado em Direito Processual, o Procurador federal Georgino Melo e Silva não segurou a emoção e escreveu para esta coluna para dizer que foi com emoção e saudade que viu a foto e leu a homenagem desta coluna ao grande maranhense Renato Archer.

Ele afirma que teve a honra e o privilégio de conhecer pessoalmente o saudoso homenageado. “Renato Bayma Archer da Silva foi um estadista verdadeiro, pois seguiu a trajetória e a linhagem de uma elite culta que conjugou o progresso com a mais elevada defesa dos interesses nacionais. Era um homem de fino trato, culto, elegante, dotado de prodigiosa memória, tinha o domínio da palavra fácil e o ritmo envolvente da narrativa” – pontua.

E continua: “Eleito Deputado Federal pelo Maranhão na década de 1950, o jovem Renato Archer integrou-se à Ala Moça do PSD, ao lado de Ulysses Guimarães e Juscelino Kubitschek, iniciando-se na grande seara política nacional numa área estratégica e polêmica. Ao lado de antigo Professor Almirante Álvaro Alberto, defendeu a política nuclear brasileira desencadeada pelo governo do Presidente Vargas.

O centenário de Renato Archer...2

Georgino lembra que a corajosa defesa de nossa soberania colocou Renato Archer em choque com poderosos interesses internacionais, mas o ilustre maranhense nunca deixou de acreditar que o Brasil precisava adotar uma política firme e soberana no pertinente à energia nuclear. Mesmo sendo um apaixonado pelo tema, sempre o expunha com objetividade, equilíbrio e ponderação.

Outra fase marcante da rica trajetória de Renato Archer, lembra ainda Georgino, é sua atuação como articulador da Frente Ampla (1965-1968), que conseguiu a proeza de unir personalidades como Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda num movimento político que pregava o retorno do País ao Estado Democrático de Direito.

A grande capacidade de articulação de Renato Archer, o seu prestígio pessoal e o seu ardoroso empenho deu um grande relevo ao Ministério da Ciência e Tecnologia , num governo de transição da ditadura para a plena democracia e de muitas vertentes e tendências, como era o Governo do Presidente José Sarney.

Renato enfrentou o intransigente Antônio Carlos Magalhães, então todo poderoso Ministro das Comunicações apoiado pelos grandes caciques da imprensa brasileira.

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Em nenhum momento, lembra Georgino, Renato Archer deixou de defender a política nacional de informática, aprovada pelo Congresso Nacional, que tinha como ponto culminante a formação de recursos humanos, com grande benefício para o país.

E acrescenta que foi também Renato Archer que percebeu, com bastante antecedência, o papel estratégico e a grande importância da China no cenário internacional abrindo caminho, apesar de poderosas resistências, para a assinatura do acordo de cooperação espacial (Satélite Sino-Brasileiro de Observação Terrestre), o ponto mais alto das atividades espaciais brasileiras na atualidade.

O centenário de Renato Archer...4

Georgino Melo e Silva arremata suas observações lembrando que o último cargo público de Renato Archer foi a presidência da Embratel.

A sua gestão deu novo dinamismo à empresa – afirma. Mais: Renato envidou todos os esforços para evitar a sua privatização, uma vez que ao Estado Brasileiro era conveniente ter uma empresa forte e independente no setor das comunicações.

E resume: Renato Archer foi um brasileiro exemplar, um político com a larga e a estratégica visão de um verdadeiro estadista. O Estado do Maranhão deve um grande tributo em honra da memória de Renato Archer, nesta efeméride do centenário do seu nascimento.

Novo Cidadão Maranhense

No almoço de ontem da Petisqueira da Mamãe, o empresário Jorge Maciel de Souza lembrava aos amigos que será homenageado pela Assembleia Legislativa do Estado, nesta segunda-feira, às 11h, com o título de Cidadão Maranhense, pelos relevantes serviços prestados ao Maranhão.

O título que hoje será entregue a Maciel foi proposto pelo deputado Duarte Junior.

O homenageado é natural de Recife-Pernambuco, tem 60 anos e é dono da Impacto Outdoor Ltda, a maior empresa de Outdoor do Maranhão.

 

O empresário Jorge Maciel de Souza recebe na manhã desta segunda-feira o título de Cidadão Maranhense, da Assembleia Legislativa do Estado
O empresário Jorge Maciel de Souza recebe na manhã desta segunda-feira o título de Cidadão Maranhense, da Assembleia Legislativa do Estado

DE RELANCE

 A briga do álcool na Copa do Mundo

Quem conta é o bem antenado colunista esportivo Diogo Olivier: a Copa do Mundo do Catar não terá venda de bebidas alcoólicas em seus estádios. As pessoas poderão comprar e consumir cerveja somente antes e depois das partidas, em pontos específicos. Não deixa de ser surpreendente.

A marca americana Budweiser é patrocinadora master da Fifa. Só que a Fifa costuma impor suas regras, passando por cima das leis dos países-sede, sempre falando grosso em defesa de seus patrocinadores.

Age como se fosse um Estado, especialmente quando negocia onde sediar suas competições. Faz exigências de obras. Todos cedem, em nome do evento.

A briga do álcool na Copa do Mundo...2

Foi assim em 2014, no Brasil, nessa questão das bebidas alcoólicas.

Só que o governo muçulmano e seu poder econômico bateram pé. Aqui, não.

No Catar, a mais rica entre as ricas nações árabes, o consumo de álcool é proibido em qualquer lugar, a não ser para quem tem autorização especial do governo.

É aquela história: manda quem pode, obedece quem tem juízo.

E o Catar parece estar podendo muito, depois de levar o Mundial ao seu pequeno território, contra todas as expectativas e em meio a denúncias de pagamento de propinas.

Ana Karin Andrade tomando o café da manhã com o sobrinho Gabriel Andrade, comemorando a formatura dele em Medicina
Ana Karin Andrade tomando o café da manhã com o sobrinho Gabriel Andrade, comemorando a formatura dele em Medicina

 Poeta, tenista e agora médico

Dos novos médicos colocadas no mercado de trabalho no último fim de semana, após colarem grau pela Universidade Ceuma, o jovem poeta e tenista Gabriel Andrade é um deles.

Ele é o primeiro filho de Christiane e Euller Andrade.

Em São Paulo, a tia famosa Ana Karin Andrade, presidente do movimento Mulheres Solidárias, comemorou a vitória do sobrinho, que é neto de nossa querida Edite Andrade.

Segurança das eleições

A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado está convidando, para a próxima quinta-feira, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, e os ministros Alexandre de Moraes e Roberto Barroso, para falar sobre segurança das eleições, ativismo judicial, independência entre poderes.

É um requerimento – de novo – do senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

É curioso como há um grande número de senadores que estão calados, mesmo com todo esse ativismo judicial que vemos. Mas não é só isso, é muito mais grave: você lê a Constituição e vê decisões do Supremo em que não fecha uma coisa com a outra.

Encontro de dois grandes expoentes da poesia de língua portuguesa: o maranhense de Caxias, Salgado Maranhão, e o português-moçambicano Mia Couto
Encontro de dois grandes expoentes da poesia de língua portuguesa: o maranhense de Caxias, Salgado Maranhão, e o português-moçambicano Mia Couto

 Um gol contra

Um jovem aluno de Comunicação, pergunta: o que dizer do site Metrópoles, que em matéria assinada pelo jornalista Leo Dias, divulgou o caso da atriz Klara Castonho, grávida em consequência de um estupro?

Simples, leitor. Pisou na bola ou fez um golaço, mas contra. O próprio site pediu desculpas e classificou o episódio de ‘mau jornalismo’. E com toda razão.

É o tal do sincericídio, um neologismo que mistura sinceridade e ‘cídio’, algo ligado a morte. Ou noutras palavras, uma verdade inconveniente, que faz mal.

Um gol contra...2

E perguntaria o leitor: não se diz que bom jornalismo é aquele que fala a verdade? Bom jornalismo busca a verdade para saber com clareza em que terreno está pisando, mas convém lembrar que o norte, a doutrina da boa comunicação, é focar essencialmente no interesse público, assim de quaisquer outro.

Nas Faculdades de Comunicação, o termo sincericídio é novo, mas o desvio de conduta ao expor verdades inconvenientes sempre foi motivo de debates acadêmicos.

Um gol contra...3

Conta-se que na mais antiga Faculdade de Comunicação da Ufma, numa aula sobre o assunto, de repente um experiente professor instigou a turma:

– Vocês que são candidatos a se tornarem grandes jornalistas, e certamente serão, me digam uma coisa: qual seria o comportamento de um bom jornalista se ele ou alguém próximo dele acertasse sozinho na Loteria Esportiva?

A sala em silêncio total, mais de dois minutos, o velho mestre soltou a voz:

– Perfeito, meus filhos! Isso mesmo, bico calado! Quanto mais abafar o caso mais competentes vocês serão.

É isso aí: a única serventia de divulgar tais fatos é chamar bandidos para si.

Para escrever na pedra:

“Minha fé é no desconhecido, em tudo que não podemos compreender por meio da razão. Creio que o que está acima do nosso entendimento é apenas um fato em outras dimensões e que no reino do desconhecido há uma infinita reserva de poder”. De Charles Chaplin.

TRIVIAL VARIADO

A bilionária brasileira Lily Safra, que faleceu sábado em Genebra (Suiça), aos 86 anos de idade, tinha uma grande amiga no Maranhão: Dona Marly Sarney, 90 anos, ex-primeira dama do Brasil.

Lily nasceu no Rio Grande do Sul e foi casada com o banqueiro Edmond Safra, morto num incêndio em 1999, de quem herdou grande fortuna, de tal grandeza que pelo último ranking da Forbes, foi avaliada em 1,3 bilhão de dólares.

Embora esteja bem de saúde e com a memória muito boa, participando de tudo, Dona Adélia Saboia Azevedo, uma das grandes damas da sociedade maranhense do século passado, já havia programado uma comemoração pelo seu aniversário de 102 anos no próximo dia 19 de julho.

No assunto: mas seu filho, o famoso médico Ribamar Azevedo, não achou conveniente uma festa porque ela não pode pegar nenhuma gripe.
 

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