São joão 2022

Juninas de várias cidades abrem o concurso de quadrilhas no Arraiá da Mira

Primeira noite do festival foi marcada pela reflexão de temas atuais, como a luta das mulheres por igualdade e respeito.

Na Mira / Imperatriz

(Foto: Julio Cesar Amorim da Rocha)
(Foto: Julio Cesar Amorim da Rocha)

IMPERATRIZ - A segunda noite do Arraiá da Mira e primeira noite do festival de quadrilhas juninas, realizada nesta quinta-feira (09), foi marcada por um show de alegria, muita dança, mas também pela reflexão com as temáticas abordadas pelas juninas em cada espetáculo.

Depois de dois anos sem as tradicionais festas de São João, seis quadrilhas juninas de várias cidades do estado pisaram no tablado do Arraiá, participando do concurso que vai eleger a melhor junina do Maranhão. Ao todo, 23 quadrilhas disputam o título de campeã.

(Foto: Julio Cesar Amorim da Rocha)
(Foto: Julio Cesar Amorim da Rocha)

De Balsas, a junina São João do Cerrado foi a primeira a se apresentar, com o tema “Cabra macho, sim senhor”, narrando a história de um homem do campo que se apaixona pela mulher da cidade grande, e o romance tem um final feliz.

A junina Flor do Ribeirão, de Governador Edson Lobão, explorou o tema Cantos e encantos, um sonho de São João com muita poesia, destacando a importância da leitura. Fabian Fernandes, dançarina e cadeirante, deu um show à parte mostrando que a paixão pelo São João não tem limites. “Estou muito feliz de representar tantas pessoas que são como eu, cadeirantes, e que também são apaixonadas pelas festas juninas”, disse.

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

De Barra do Corda, Os Papeleiros montaram uma “Fábrica de Brinquedos” no Arraiá da Mira, evidenciando o resgate de brincadeiras antigas, como jogar bola e andar de bicicleta, com uma mensagem aos pais sobre a exposição das crianças às telas.

A junina Raízes da Juventude, de Estreito, levou o tema “Amarelo, ninguém solta a mão de ninguém”, e por meio da dança e do figurino chamou a atenção para os problemas de saúde mental, principalmente a depressão.

Da região do médio Mearim, a junina Arreda Que É Nois, de São Luís Gonzaga do Maranhão, viajou cerca de 13 horas para chegar a Imperatriz e apresentar no Arraiá da Mira o espetáculo: Marias, guerreiras do nordeste.

A última da noite, que encerrou o primeiro dia de concurso, foi a junina Flor de Mandacarú, de Açailândia, bicampeã do Arriaiá da Mira. Numerosa em pares, a junina chegou imponente, com uma grande estrutura de cenário e com direito à troca de figurino durante a apresentação. Deixou uma reflexão sobre a luta das mulheres, em nome de todas as Marias, por mais igualdade, liberdade e, sobretudo, respeito. 

O espetáculo entrou pela madrugada com as arquibancadas e mesas lotadas. “Valeu a pena esperar, eles deram um show e nós, mulheres, nos sentimos representadas”, disse a empresária Islene Lira.
O Arraiá da Mira segue até domingo (12) e o evento pode ser acompanhado em tempo real, todas as noites, pelo site Imirante.

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