Os jovens e as urnas

Foi alentadora a mobilização de jovens entre 16 e 18 anos para tirar o título de eleitor, especialmente nas últimas semanas.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do início de janeiro a quarta-feira, quando se encerrou o prazo para o alistamento, o Brasil ganhou mais de dois milhões de votantes nessa faixa etária.

Apenas em abril, foram quase 1 milhão de adolescentes que buscaram assegurar a prerrogativa de ajudar a escolher os próximos deputados federais e estaduais, senadores, governadores e o ocupante da Presidência da República pelos quatro anos seguintes.

Trata-se de um público que, nas eleições anteriores, vinha demonstrando um crescente desinteresse em votar, talvez desencantado pelos maus exemplos vindos da política, pela incivilidade na luta pelo poder e por não se considerar representado pelas opções existentes.

Agora, o engajamento mostra uma renovada disposição dos jovens em colaborar com a construção de um país mais democrático, próspero e justo nos próximos anos e décadas.

Se o futuro pertence às novas gerações, nada mais adequado do que se aliarem ao esforço para moldá-lo, conforme seus anseios e necessidades.

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inda segundo o TSE, o número de jovens entre 16 e 18 anos que fizeram o título agora foi 47% superior a igual período de 2018 e 57,4% acima em comparação com 2014, anos das mais recentes eleições gerais.

Não há dúvida de que grande parte desse envolvimento é fruto de uma bem pensada campanha da Justiça Eleitoral, que apostou nas redes sociais para levar a mensagem aos adolescentes, com a colaboração de personalidades – não apenas do Brasil, mas inclusive do Exterior – sociedade civil, imprensa e partidos.

A conveniência de todo o procedimento poder ser feito de forma digital, por óbvio, foi outro significativo facilitador. O principal mote para sensibilizar os jovens foi o de que, ao se abrir mão de votar, delega-se a outros a tarefa de decidir por si.

A Constituição de 1988 deu aos adolescentes entre 16 e 17 anos o direito facultativo de votar. Mesmo quem ainda tem 15 anos, mas completa 16 até o dia 2 de outubro, data do primeiro turno, pôde se alistar.

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A Justiça Eleitoral informou ainda que, em um intervalo de 31 dias até a última quarta-feira, mais de oito milhões de pessoas fizeram o primeiro título, regularizaram a sua situação ou formalizaram a mudança de local ou município para votação.

Foi um recorde. O número também aponta para uma alta motivação dos brasileiros para o pleito que se aproxima.

Em vez de apatia, nota-se elevado interesse em cumprir o dever cívico de comparecer às urnas.

Mas deve ser felicitada sobretudo a motivação dos jovens, que assim também podem influenciar para que os eleitos trabalhem mais pelas causas em que acreditam, da educação ao meio ambiente.

É um sopro de esperança para uma democracia mais vibrante e revigorada, capaz de assegurar mais oportunidades e dias melhores para os brasileiros de todas as idades.

Opção para voto em trânsito

Embora tenha encerrado na última quarta-feira o prazo para emitir, transferir ou regularizar o título de eleitor, ainda há opção para quem estiver com a situação regularizada e quiser votar em município diferente do cadastrado na Justiça.

Aqueles que estiverem fora do domicílio eleitoral e quiserem votar neste ano poderão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para solicitar o “voto em trânsito”.

Eles poderão indicar, entre 12 de julho e 18 de agosto, o município onde estarão na data marcada para o 1º turno. O processo será feito pelo mesmo site usado para a regularização do título, o TítuloNet.

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Apenas capitais e cidades com mais de 100 mil eleitores estão aptas a receber eleitores em trânsito no dia do pleito.

Segundo o TSE, se o eleitor estiver fora da unidade da federação de seu domicílio, poderá votar só na eleição para presidente. A regra vale também para brasileiros cadastrados em outros países que queiram votar.

Se o eleitor estiver no mesmo Estado de origem do seu domicílio eleitoral, mas em outro município, poderá votar para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Se não estiver em um município que receba este tipo de votação, terá de justificar a ausência em requerimento que deve ser preenchido e entregue no dia da eleição. Se deixar para depois, a justificativa pode ser feita pelo sistema digital do TSE ou nos cartórios eleitorais.

Gala de Maio no próximo sábado

Aproxima-se o dia 14 de maio e o Gala de Maio 2022 entra na reta final para ser o maior acontecimento social deste outono tropical em São Luís.

O evento, que acontece com pompa e circunstância no próximo sábado, a partir das 20h, no Palazzo Eventos, tem movimentado as figuras de maior charme, elegância e prestígio da sociedade maranhense, ávidas por uma noitada de gala para longos dois anos de pandemia que modificou o mundo e deixou marcas que só o tempo pode apagar.

O traje para os convidados usarem no Gala de Maio 2022, como já foi amplamente divulgado, é Passeio Completo, sendo que para os homens é obrigatório o uso de terno escuro.

À procura do ex-superministro

Após assumir o cargo cercado de grande expectativa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem perdendo relevância. Ao menos é o que os gráficos da ferramenta Google Trends vêm mostrando. O início deste ano foi o período de menos buscas pelo nome do ministro.

Durante todo o governo Bolsonaro, o maior pico de pesquisas pelo nome de Guedes foi entre 25 de abril e 1º de maio de 2020, por um motivo um tanto quanto peculiar: durante o pronunciamento oficial de Jair Bolsonaro sobre a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Paulo Guedes parecia estar descalço, apenas de meias.

A cena virou meme e e o assunto viralizou. Depois, a procura por seu nome voltou a crescer entre 17 e 23 de outubro de 2021, por conta dos rumores de um pedido de demissão que não houve. Desde então, houve sim uma queda de 94% nas pesquisas.

O ex-superministro de previsões sempre otimistas, com poderes esvaziados, também está cada vez mais sumido do noticiário. Em março, especulava-se que Guedes poderia ser escondido na campanha eleitoral de Bolsonaro.

A retomada do crescimento

Decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic para tentar frear a escalada persistente de preços é mais um elemento na dificuldade brasileira de fazer a economia engrenar.

Com o crédito mais caro, o consumo das famílias esfria, os investimentos sofrem retração e o emprego não avança.

Os efeitos imediatos, no fim de semana, foram queda na bolsa e alta do dólar, que voltou a passar de R$ 5.

DE RELANCE

A longa espera por visto para os EUA

Interessados em visitar os Estados Unidos terão de prestar atenção ao tempo do processo para entrar no país.

O agendamento da entrevista presencial para obtenção de um visto de turista nos Consulados brasileiros tem fila de espera estimada de 268 a 204 dias.

Os dados são do Departamento de Estado dos EUA.

A entrevista presencial é o momento no qual o solicitante é questionado sobre o motivo da viagem ao país e recebe a autorização ou não para a entrada. A fila de espera para agendamento muda para outras categorias: para vistos de estudantes/intercambistas, o tempo estimado é de um dia. Para outros tipos de permissões para não-imigrantes, a estimativa é de três dias.

Em São Paulo, a fila de espera chega a quase um ano. Em Brasília, são 268 dias de estimativa, no Rio de Janeiro, 252 dias, quase nove meses, em Porto Alegre, 232 dias, mais de sete meses. Recife é a cidade que tem previsão menor: 204 dias, pouco mais de seis meses de intervalo.

A demanda é muito grande

Os Consulados americanos dizem reconhecer que os tempos de espera podem ser longos devido à demanda reprimida originada na pandemia, que obrigou o fechamento das fronteiras do país por 20 meses. A reabertura ocorreu em novembro de 2021.

“Estamos trabalhando duro para aumentar a disponibilidade de agendamentos. À medida que a situação da Covid-19 no Brasil continua a melhorar, adicionaremos novas vagas sempre que pudermos”, justificam os consulados.

O Departamento de Estado explica que mudanças podem ocorrer nos prazos e que o tempo de espera disponível no site é uma estimativa e não garante a entrevista presencial.

Os Consulados orientam que os brasileiros planejem a viagem com antecedência e solicitem os vistos o quanto antes.

O próximo alvo das ambições de Putin

É impossível garantir se Vladimir Putin irá usar o Dia da Vitória, nesta segunda-feira, data que marca a rendição da Alemanha nazista para os soviéticos na Segunda Guerra Mundial, para comemorar o suposto triunfo de sua aventura na Ucrânia.

Argumentos ele tem para isso: o desgaste das tropas no front, a baixa moral dos soldados com uma missão que era esperada como breve, as baixas, tudo isso pode se converter, na fantasiosa narrativa criada pelo Kremlin, em discurso na Praça Vermelha que proclame a “vitória”, como a garantia de que a Ucrânia não ingressará na Otan, a “desna­zificação” do país, a proteção dos russos étnicos do Donbass e autonomia das duas repúblicas separatistas, Donetsk e Luhansk.

Independentemente do que Putin disser hoje, durante o majestoso desfile militar carregado de simbolismos, uma aposta é quase certa: o próximo alvo da ambição do autocrata do Kremlin, em sua obsessão por redesenhar as fronteiras da Europa, está escolhido: será, cedo ou tarde, a Moldávia.

É anotar e conferir!

Para escrever na pedra:

“Para todas as mães que nunca desistem e nem se entregam, um beijo de quem ainda se admira do tanto que o mundo fica mais solitário quando a gente não tem mais a nossa mãe”. De Claudia Tajes, a propósito do Dia das Mães comemorado domingo.

TRIVIAL VARIADO

O cantor irlandês Bono, da banda de rock U2, fez um show dentro de uma estação de metrô de Kiev, capital da Ucrânia, ontem. Na plataforma subterrânea, utilizada anteriormente como abrigo antibombas, o artista elogiou a luta do país pela “liberdade” e pediu que a paz chegue em breve para os ucranianos.

O lendário músico, de 61 anos, e o guitarrista David “The Edge” Evans apresentaram vários clássicos do grupo. Ao longo da performance, Bono também fez referência aos conflitos que devastaram seu país, a Irlanda, e os problemas que foram desencadeados com seu poderoso vizinho britânico, a Inglaterra.

Nesta data, em 1605, foi publicada a primeira parte do livro Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes – uma das obras mais emblemáticas da literatura mundial.

No restaurante, o freguês chama o garçom e diz: – Tem uma mosca no meu prato! – É o desenho do prato, meu senhor. – Mas está se mexendo! E o garçom fala: – Oh! É um desenho animado!

 

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