Almoço com pato ao tucupi
E mais: folia momesca deste ano sem o Baile do PH Revista.
O Condomínio Ile de Saint-Louis, na Península da Ponta d´Areia, é um dos maiores e mais charmosos de São Luís. Sábado, Déia Trinta e Luiz Campos Paes abriram o seu belo e aconchegante apartamento localizado numa das torres do condomínio que oferece uma linda vista da baía de São Marcos para um almoço que teve como prato de resistência um suculento “pato ao molho de tucupi” preparado pela família do anfitrião que mora em Belém, de onde veio a especialidade.
Aqui, o menu foi complementado pelas delícias preparadas por Maria Cândida Duailibe, com aquele toque parisiense que ela apreendeu durante os muitos anos que residiu na capital francesa.
Presentes, Ana Lúcia e Amaro Santana Leite, Lil Trinta e Jorge Cateb Neto e Teresa Martins, que viveram uma tarde de boas conversas e comidas deliciosas, harmonizadas por vinhos das melhores cepas.
Morreu o arquiteto do nosso olhar
Pioneiro da arte conceitual, foi escritor, performer, cineasta, fotógrafo, artista visual, criando peças de instalação em vídeo e os famosos pavilhões, entre a arte e a arquitetura, que nos convocaram a interagir com a sua obra e o espaço envolvente, Dan Graham morreu no fim de semana, aos 79 anos, em Nova York.
Ele era considerado pioneiro da arte conceitual, nome determinante na utilização do vídeo como meio artístico. Mas esse homem que abandonou o percurso escolar no curso secundário, fugindo do pai, exigente no limite do abusivo, para aprender em Nova York tudo o que importava, e que encontraria nos livros, nos discos rock’n’roll, na nouvelle vague, nas pessoas que foi encontrando na cidade fervilhante, responderia hoje a tais distinções da mesma forma que respondia desde os anos 1960. Que não o integrassem em qualquer movimento artístico, dado que não cabia em nenhum deles.
Em 2011, chegava mesmo a provocar: “A minha paixão nunca foi a arte. Foi sempre a arquitetura, turismo, rock’n’roll e a escrita rock’n’roll”.
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Era definitivamente de um artista a imagem que víamos refletida no que fez Dan Graham, no que nos mostrou, naquilo para o qual nos convocou, espectadores tornados parte integrante da obra observada.
Não era afinal assim nas obras da passagem dos anos 1960 e 1970, quando distorcia tempo e espaço através de um jogo de câmara e espelhos em que ele era o criador-observador-observado e nós os espectadores-observados-observadores?
Não era assim nos seus pavilhões de vidro-espelho, porventura a sua criação mais célebre, cujos exemplares espalhou pelos quatro cantos do mundo.
A notícia da sua morte foi dada por um comunicado conjunto das suas quatro galerias (Lisson Gallery, Marian Goodman Gallery, 303 Gallery e Regen Projects). Sem adiantar a causa da morte, o texto destacava que “a sua influência ao longo do último meio século enquanto escritor, fotógrafo, arquiteto, escultor, cineasta e performer é amplamente sentida no mundo da arte contemporânea”.
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Poliédrico, Dan Graham desenvolveu ao longo de seis décadas um corpo artístico múltiplo, feito de cruzamentos e sobreposições de materiais, plataformas e linguagens criativas, onde confluíam, sem hierarquia, referências do universo artístico, arquitetônico e literário e da cultura de massas – a ficção científica, por exemplo, tal como o rock’n’roll, ao qual dedicou em 1984 o filme Rock My Religion, onde estabelecia um paralelo entre as práticas devocionais dos Quakers e o êxtase provocado pela eletricidade rock, foram determinantes na formação da sua visão do mundo.
Nascido em Urbana, no Illinois, em 31 de março de 1942, filho de um cientista químico e de uma psicóloga educacional, muda-se para New Jersey aos três anos. Chegou a Nova York ainda adolescente. Havia abandonado o ensino secundário – contava ter sido um péssimo aluno em todas as disciplinas, com exceção do inglês – e mergulhava numa cidade a fervilhar de criatividade.
Mais que isso, uma cidade em que se cruzavam, influenciavam e interagiam artistas das áreas mais diversas, agindo nas margens para comentar e agir sobre o conforto burguês do pós-guerra e com vontade de abanar as estruturas consolidadas do meio artístico.
DE RELANCE
Consumo das famílias segue subindo
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) seguiu apresentando tendência positiva em fevereiro. O indicador, apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 0,4% neste mês, alcançando 77,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2020 (81,7 pontos).
Na comparação anual, o aumento foi de 4,6%. Apesar de ter permanecido abaixo do nível de satisfação (100 pontos), algo que vem acontecendo desde abril de 2015, o índice apontou resultado mais otimista do que o de fevereiro do ano passado, quando registrou 74,2 pontos.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que os números apontam uma percepção mais positiva dos consumidores em relação à renda.
Bicho invade Casarão
O Bicho Terra não tem programação nas ruas este ano, uma vez que a pandemia ainda não liberou os circuitos de Carnaval.
No entanto, a banda e alguns integrantes da trupe estão animando as noitadas no Casarão Colonial, no Centro Histórico de São Luís, assim como aconteceu ontem, 20.
É uma oportunidade para o público matar a saudade de uma das manifestações mais contagiantes do nosso período de folia.
A banda acompanha os excelentes cantores Inácio Pinheiro e Roberto Brandão.
Comprovante de vacinação
A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) passará a exigir comprovante de vacinação completa na entrada de qualquer visitante, alunos, funcionários ou estudantes.
A mudança vem a partir de uma Portaria assinada pelo reitor, Gustavo Costa.
A comprovação da vacinação contra a Covid-19 será efetivada por meio da apresentação à chefia ou servidor para esse fim designado, no acesso aos campi e às demais dependências da instituição.
A medida valerá para a volta às aulas, que acontecerá no dia 15 de março. A vacinação completa, segundo a Portaria, se configura pela aplicação das duas doses da vacina ou da dose única.
Término de greve
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) tomou todas as providências para que o sistema de transporte público da capital maranhense voltasse a operar o mais rápido possível, o que aconteceu no fim de semana.
Recentemente, o SET deu entrada em um pedido de liminar para que a Justiça garantisse a operacionalização do sistema, tendo em vista as grandes dificuldades e prejuízos por que passam as empresas de transporte.
Revogação de prisões
Com o fim da greve dos rodoviários, a desembargadora Solange de Castro, do TRT do Maranhão, revogou as prisões dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, que haviam sido determinadas na sexta-feira.
Segundo ela, a decisão foi tomada em virtude do fim da greve da categoria em São Luís, o que garantiu o restabelecimento da ordem.
O casal dos 302 cadeados do amor
Uma história digna de cinema vem sendo protagonizada por um casal de Porto Alegre. Juntos desde 2012, Irajá Heckmann, médico geriatra, e Marília Patta Ramos, professora de sociologia da UFRGS, já deixaram 302 “cadeados do amor” pelo mundo – tudo devidamente registrado no blog cadeadosdoamor.blogspot.com.
A ideia partiu de Irajá, quando Marília o convidou, no início do namoro, para uma viagem a dois com destino a Paris, onde descobriram que um dos atrativos da cidade era que as pessoas costumavam colocar cadeados na Pont des Arts (uma tradicional ponte sobre o Rio Sena). Eles compraram um cadeado e mandaram imprimir seus nomes.
Depois do sucesso da iniciativa, já de volta ao Brasil, Irajá pensou: “Se fizemos isso em Paris, por que não repetir aqui e em outros lugares?” A partir daí, a cada passeio com Marília, ele leva um novo cadeado junto.
Podres de ricos na TV Mirante
Não vai faltar glamour na TV Mirante na noite de hoje, com a exibição da comédia romântica Podres de Ricos (2018), de Jon M. Chu, às 23h35min, na Tela Quente.
Inspirado no best-seller Crazy Rich Asians, de Kevin Kwan, o filme conta a história de Rachel (Constance Wu), uma jovem professora universitária em Nova York, convidada pelo namorado para viajar até Singapura para conhecer a família dele.
É só ao desembarcar no país asiático, contudo, que ela descobre que ele é herdeiro de um império imobiliário.
Para escrever na pedra:
“A morte deveria ser assim: um céu que pouco a pouco escurecesse e a gente nem soubesse que era o fim”. Do poeta gaúcho Mario Quintana.
TRIVIAL VARIADO
Três dos cinco indicados ao Oscar de melhor documentário em curta-metragem já podem ser vistos no Brasil – todos na Netflix, a começar por Onde Eu Moro, que tem direção do brasileiro Pedro Kos e do norte-americano Jon Shenk.
Os outros filmes são Audible, sobre um jogador de futebol americano de escola para surdos; e Três Canções para Benazir, estrelado por um jovem afegão recém-casado que tentar entrar no exército para ter uma vida menos miserável.
Tem mais: dos cinco (os outros dois são The Queen of Basketball e When We Were Bullies), Onde Eu Moro é o único que chega ao Oscar sem ter vencido festivais ou pelo menos concorrido a prêmios.
Com a volta às aulas na rede pública estadual, os professores terão um desafio gigantesco pela frente – que vai muito além do ensino tradicional. Com o coronavírus ainda à espreita e os efeitos nocivos da pandemia, caberá aos mestres atrair os alunos de volta à escola, ter serenidade para acalmar ânimos, desmentir as fake news da vacinação e mostrar a importância dos cuidados básicos às famílias.
Saiba Mais
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