36 anos sem o surrealista Salvador Dalí
E mais: aniversário de Luiz Paes no Alameda Trinta e os Cantanhede Fernandes já recuperados da Covid-19.
Domingo, 23 de janeiro, foi dia de lembrar do grande pintor surrealista catalão Salvador Dalí, quando completou exatos 36 anos de sua morte, ocorrida em 1989, vítima de insuficiência cardíaca.
A única vez que o vi pessoalmente foi quando ele chegava ao lendário St. Reges Hotel, em Nova York, causando o maior alvoroço nas imediações.
Era o ano de 1982 e eu não consegui chegar perto do exótico pintor, que ficou na minha memória como mais um vulto perdido, dentre tantos que o tempo levou.
36 anos sem o artista Salvador Dalí
“Dalí… está… aqui!” Por 40 anos esse grito gutural anunciou que o maior artista do século 20, certamente em sua própria opinião, havia chegado a Nova York em seu próprio feudo particular, o lendário St. Regis Hotel, onde me hospedei nos anos 1980 só para tentar encontrar o vulto do pintor Dalí – ou de Salvador Felipe Jacinto Dalí i Domènech, nascido em 11 de maio de 1904, na cidade de Figueres, na província de Girona, Espanha.
E fosse na área silenciosa do restaurante, na grandiosidade do lobby, no enclave escuro do King Cole Bar ou em sua suíte dourada com estúdio adjacente, Salvador Dalí adorava transformar esse hotel no palco de sua celebridade, seu palácio privado e zoológico.
Como o seu próprio relógio surreal
Todo inverno, a partir de 1934, Dalí aparecia como um relógio, ou melhor, como uma engrenagem distorcida de seu próprio relógio surreal, para ocupar o quarto 1610, acompanhado não apenas por sua esposa e musa Gala, mas também por uma comitiva bizarra de associados e animais, incluindo seu animal de estimação, a jaguatirica chamada Babou, com a qual causou mal-estar quando levou o felino para um almoço de seu aniversário no icônico restaurante Taillevant, um dos meus favoritos em Paris.
Ali ele balançava alegremente em sua capa dourada de abelhas mortas ou “acidentalmente” soltava uma grande caixa de moscas. Com os braços bem abertos, a bengala erguida, os bigodes apontando para o céu, ninguém sabia como fazer a entrada mais grandiosa.
Em breve, não apenas fãs, mas também turistas se reuniriam ao redor do hotel esperando vê-lo nos degraus da East 55th Street, rosnando seu grito de guerra, cada sílaba cantada em voz alta: “Da-lí… is… he-re!”
Uma cidade adequada para o carisma de Dalí
Nenhuma cidade era mais adequada do que Nova York para a marca única de carisma e agitação empreendedora de Dalí, “marca” sendo o mot juste para esse artista inovador que conseguiu se transformar em um modelo de negócios e um produto de luxo de edição limitada endossado pelos ricos e famosos.
E nenhum local combinava melhor com Dalí do que o St. Regis. (Na verdade, poucos hotéis estão tão intimamente associados a um artista em particular quanto The St. Regis e Salvador Dalí.)
Pois Nova York tem um apetite tão voraz por cultura quanto por celebridade e comércio, e Dalí foi o primeiro a conquistar a cidade combinando tudo isso em um pacote irresistível: alta arte e alta finança, e todos os tipos de travessuras entre eles.
Dalí não deixou nada ao acaso em Nova York
A verdadeira celebridade de Dalí, sua séria fama mundial, deveu-se inteiramente à máquina midiática de Manhattan.
Havia uma relação quase simbiótica entre o artista e a imprensa da cidade, alimentando-se mutuamente em um frenesi mútuo de indignação, um furacão de publicidade alimentado pelas brincadeiras e posturas de Dalí, como se um nunca se cansasse do outro.
Nada disso foi um acidente, Dalí planejou tudo desde a primeira vez que desceu de um barco em Nova York. Ele entendeu que para ser um artista verdadeiramente moderno naquela cidade verdadeiramente moderna, ele tinha que se tornar uma estrela mainstream.
É por isso que, quando ele chegou a Manhattan antes da Segunda Guerra Mundial no vapor Champlain, no final de uma cara expedição marítima de Le Havre subsidiada por Pablo Picasso, nada foi deixado ao acaso. Ele havia até preparado sua própria publicação para a ocasião, um folheto com o esplêndido título New York Salutes Me!, que foi distribuído no navio e depois para os jornalistas que o esperavam quando ele desceu a prancha de embarque para Nova York pela primeira vez, em 14 de novembro de 1934.
Dalí havia chegado de verdade.
Aniversário de Luiz Paes celebrado no Alameda Trinta
Aniversariante de domingo, quem circulou ontem, no horário o almoço no bistrô Alameda Trinta foi Luiz Campos Paes e Déia, acompanhados de filhos e netos. Luiz Paes ganhou bolo com direito a sopro de velas.
Vacinação de crianças
O prefeito Eduardo Braide anunciou em suas redes sociais, no fim de semana, o avanço da vacinação das crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 em São Luís.
Nesta segunda e terça-feira, começa o atendimento a crianças de 7 e 8 anos.
Ele também anunciou a chegada de mais 40 mil testes rápidos, a serem aplicados em seis unidades de saúde do município e cinco centros de atendimento a síndromes gripais.
Olimpíadas de Matemática
Enzo Gabriel Gadelha Saraiva, aluno do Colégio Militar Tiradentes VI, obteve o melhor resultado dentre todos da rede pública do Maranhão inscritos na 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.
Além do Enzo, outros sete alunos foram medalhistas na Olimpíada, sendo quatro medalhas de prata conquistadas por Yann Gomes, Riquelme Araújo, Daniel Morais e Eliseu Coêlho, e três de bronze por Klíssia Cristina, Esther Dayse e Raphael Zamith, além de 39 alunos que serão premiados com uma menção honrosa.
Cartão do Cidadão
A Prefeitura de São Luís alerta para o fim do prazo do recebimento do Cartão Cidadão de quem teve o cadastro aprovado e ainda não buscou o benefício.
O prazo será encerrado nesta terça-feira, 25.
Quem não for buscar o cartão até a data limite terá o benefício cancelado.
Um total de 13.512 mil pessoas foram contempladas com o programa lançado em dezembro de 2021. No entanto, nem todos os beneficiários foram recebê-lo.
Paixão e drogas
O músico, compositor e cantor baiano Caian lançou o álbum de rock “Paixão e outras drogas”.
Com 13 faixas, esse segundo disco do artista é o depoimento quase cronológico de uma história de amor verdadeira, acompanhando suas nuanças do início ao fim e formatando um roteiro musical, ainda que as canções tenham existência própria.
Ao lado de Lefer (baixo), Maurício Braga (bateria) e Arthur Romio (guitarra, teclado e backing vocal), Caian assume voz, guitarra, violão, piano e teclados.
Também conta com participações especiais dos cantores Otto, Jajá Cardoso e Manuela Rodrigues, além dos músicos Marcelo Jesuino, Rafael Fraga e Thales Mendonça.
DE RELANCE
A trufa brasileira é gaúcha
Até pouco tempo, acreditava-se que a trufa – iguaria rara, oculta no solo e valiosa na alta gastronomia – não existia no Brasil. Era conhecida principalmente em regiões da Europa, escondida em meio às raízes de carvalhos e castanheiras. Ledo engano.
O primeiro exemplar identificado em terras brasileiras foi encontrado em Cachoeira do Sul, à sombra de nogueiras-pecã.
A trufa sapucay – batizada pelo chef Paulo Machado em referência ao grito guarani, um dos povos originais do Rio Grande – tornou-se ingrediente cobiçado.
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A descoberta da trufa brasileira partiu do biólogo Marcelo Sulzbacher e o agrônomo Diniz Fronza.
Depois de abordar o tema no doutorado em biologia de fungos e de visitar produtores na Europa, Sulzbacher voltou ao RS para seguir nos estudos na Universidade Federal de Santa Maria, junto do professor Fronza.
Eles percorreram propriedades, cavocaram o barro e nada. Até que, em 2016, no pomar de uma empresa cachoeirense produtora de nozes, coletaram uma bolinha amarelada e levaram ao laboratório.
– Depois de dois anos de pesquisas e análises, confirmamos o achado e publicamos um artigo nos Estados Unidos. O nome científico escolhido foi Tuber floridano, justamente por haver fungos semelhantes na Flórida – conta Sulzbacher, à frente da Terroir Sul, especializada em trufas e cogumelos.
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A partir dali, a sapucay ganhou fama – foi inclusive tema de palestra no Mesa São Paulo, principal festival gastronômico da América Latina.
A maior safra até agora ocorreu entre 2020 e 2021, com 10 quilos (cada quilo custa R$ 8 mil), e o cultivo de trufas já é uma realidade naquele Estado.
Essa trufa do Sul tem notas amendoadas e suaves. O sabor e o aroma são únicos.
A trufa – não estou falando do chocolate! – é um fungo da família Tuberaceae. Nasce sob a terra a uma profundidade de 20 a 40 centímetros, em geral junto a carvalhos e castanheiras. Algumas espécies são consumidas pelo ser humano há milhares de anos. É comum o uso de porcos e cães farejadores na colheita.
Ciro não poupa ninguém
Na véspera do centenário de nascimento de seu maior líder, Leonel Brizola, o PDT lançou a pré-candidatura de Ciro Gomes a presidente, em um ato focado em duas palavras: rebeldia e esperança.
O lema da campanha, inspirado em Brizola, é “a rebeldia da esperança”.
Ciro foi o Ciro de sempre, sem concessões aos futuros adversários. No discurso, vinculou o ex-presidente Lula, seu ex-aliado político, ao presidente Jair Bolsonaro, a quem acusou de praticar genocídio durante a pandemia de covid-19.
Em entrevista à imprensa, Ciro afastou a possibilidade de apoiar Lula em eventual segundo turno contra Bolsonaro:
– Eu ajudei o Lula em todas as eleições. Será que existiria o Bolsonaro se não fosse a contradição econômica, social e moral do Lula? Não posso ficar de novo sustentando as irresponsabilidades do Lula.
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O ex-ministro Sergio Moro foi chamado de um caso “de glória efêmera como juiz e agora candidato a se derreter em contradições, mentiras e despreparo”.
Ciro prometeu acabar com o teto de gastos, aprovado no governo de Michel Temer. Anunciou que, se for eleito, vai implantar um Plano Nacional de Desenvolvimento.
Para isso, diz estar disposto a fazer alianças com quem concordar em mudar o atual modelo econômico.
Tarifa social
Está em vigor o novo protocolo que permitirá o cadastramento automático de famílias na Tarifa Social de Energia Elétrica, assinado pelo Governo Federal.
A lei garante que a tarifa social será concedida automaticamente para as famílias que têm direito, não sendo mais necessário solicitar cadastramento junto à distribuidora.
Com as novas regras. o cadastramento será realizado automaticamente, o que facilitará a vida dos clientes que têm direito ao benefício e não têm conhecimento.
Para que isso aconteça, é necessário que o CPF do titular da conta de luz seja o mesmo informado nas bases de dados do CadÚnico.
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É importante que a família verifique qual o nome que está na conta de luz e, se precisar, peça a alteração de titularidade à distribuidora.
No caso de cadastramento na tarifa associado a portador de doença/deficiência com uso de aparelhos elétricos, será necessário apresentar à distribuidora o relatório e o atestado subscrito por profissional médico que certifique a situação clínica e de saúde do morador.
Os Cantanhede Fernandes já recuperados da Covid-19
De volta à vida social, Melina e Luiz Carlos Cantanhede Fernandes, já recuperados da Covid-19, foram almoçar ontem no bistrô Alameda Trinta.
Num domingo movimentado, eles estavam acompanhados do filho Luiz Eduardo, mais os amigos Ana Lúcia Albuquerque e Amaro Santana Leite e a economista Teresa Martins.
Melina e Luiz pegaram o vírus em Trancoso, na Bahia.
TRIVIAL VARIADO
A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou o uso da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes a partir de 3 anos. Essa informação foi omitida por grande parte da imprensa.
No assunto: o que foi liberado, em caráter emergencial, foi o uso da vacina de 6 a 17 anos de idade no Brasil, com restrição da aplicação em imunossuprimidos dessa faixa etária.
Tome nota: a carta enviada por Erico Verissimo a Jorge Amado, em 1961, faz parte do acervo da Casa do Rio Vermelho, e não da Fundação Casa de Jorge Amado como foi publicado em alguns jornais do país na quinta-feira (20).
Desde o fim de dezembro em São Paulo, onde passaram as festas de fim de ano com o filho Rodrigo e a nora Marcella, a designer Cintia Klamt e o arquiteto Fernando Motta já estão de volta a São Luís. E estão a todo vapor tocando os projetos parados.
Saiba Mais
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