Especial Dia das Mães 2016

Gravidez no século XXI: planejar ou deixar acontecer?

Conheça a história de duas mães que engravidaram em situações distintas.

LIliane Cutrim e Luciano Dias / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h33

SÃO LUÍS – Houve um tempo em que as mulheres brasileiras eram educadas para serem mães, esposas e donas de casa, apenas. Por isso, não é de se admirar que, a maioria de nossas bisavós, ou até mesmo as avós, tenham tido filhos entre os 13 e 15 anos. O que era supernormal na época delas.

No entanto, muita coisa mudou de lá pra cá. Primeiro, que há toda uma legislação que tenta proteger a criança e a adolescente, para que não sejam levadas a “casar” cedo demais, entre ouras coisas. Além disso, a mulher adulta tomou para si um papel além das fronteiras do lar. Ela tem que dividir toda a tarefa de casa com o trabalho fora. Por isso, não é de se estranhar que muitas delas estão decidindo engravidar depois dos 30 anos. É o caso da gerente de Customer Care, Natalia Rossellini Bassalobre, de 33 anos. A gerente engravidou de gêmeos e deu luz a duas lindas princesas após o tão desesperador 3.0.

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Para a gerente, a decisão foi tomada em comum acordo com o seu marido, que achava por bem dar uma atenção maior a carreira e deixar para curtir a maternidade quando tudo estivesse mais estável profissionalmente.

“Foi um acordo entre meu marido e eu. Definimos que naquele momento era importante que eu me dedicasse, integralmente, a carreira. Acreditávamos que a idade ideal seria entre 31 e 33 anos e quando estava com 32, engravidei”, explica Natalia Rossellini.

A recém-habilitada mamãe, disse que a gravidez não foi planejada, mas veio no melhor momento possível. “Eu estava sem trabalhar e tínhamos acabado de mudar para um apartamento maior. Pude curtir cada dia da gestação e os primeiros meses de vida das meninas sem me preocupar com o final da licença maternidade”.

Quando perguntamos sobre algo que a sua mãe falava sobre a responsabilidade de criar filhos, Natalia não teve dúvidas em dizer: “Sempre que eu achava as preocupações e cuidados da minha mãe comigo extremamente excessivos, ela me dizia: ‘Um dia você será mãe e então me entenderá’. Nunca levei essa frase muito a sério, e hoje, mesmo sendo mãe há apenas 7 meses, esta frase já faz todo o sentido para mim”, declara.

Para Natalia Rossellini, a expectativa para o seu primeiro Dia das Mães é de muita alegria, boas risadas e, claro, boa comida! “Tenho certeza que este será o Dia das Mães mais marcante que terei. Terei a oportunidade de, além de comemorar meu primeiro dia das mães, estar entre pessoas muito especiais e significantes para mim.”

Claro que não poderíamos terminar essa homenagem a todas as mães, sem pedir uma frase que demonstre o que significa essa data. “Ser mãe é assumir, de Deus, o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra”, declara Natalia Rossellini.

Um descuido que virou o maior presente da vida

Diferente de Natalia Rossellini, Leandra Lesly engravidou aos 17 anos e deu luz ao lindo Arthur. A gestação não foi planejada e deixou a jovem um tanto que receosa quanto a reação dos pais e ao seu futuro.

“Meus pais não sabiam, mas não tinha outra escolha. Minha mãe no começo ficou muito triste, pois não pensava em ter esse futuro em mente pra mim. Meu pai, também, ficou triste, mas ele soube lidar melhor que minha mãe. Depois, eles aceitaram a gravidez e gostaram da atitude do pai do meu filho, pois havia me assumido”, explica Leandra.

A jovem diz que, apesar dos medos do início da gravidez, hoje se sente uma mulher realizada por ter constituído uma família a partir do nascimento do seu filho, que agora tem pouco mais de 1 ano de idade.

Natalia Rossellini Bassalobre e suas lindas filhas. / Foto: Arquivo pessoal
Natalia Rossellini Bassalobre e suas lindas filhas. / Foto: Arquivo pessoal

“Antes (do nascimento) estava muito ansiosa, e quando eu o vi fiquei muito feliz, pois não conseguia imaginar como ele era. Hoje, meu maior desafio é cuidar bem dele, fico preocupada quando ele adoece. Mas, sou muito feliz, meu filho representa para mim uma lição de vida. Eu adoro ser mãe e não me vejo sem ele. Amo muito meu filho!”, declara Leandra Lesly, que ainda não trabalha, pois dedica todo o seu tempo para cuidar de Arthur, que é seu maior presente.

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