Cinema

Filme "O Renascimento do Parto" chega à capital maranhense

Imirante.com, com informações da Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h57

SÃO LUÍS - Estreia no Cine Praia Grande, nesta terça-feira (18), às 17h, "O Renascimento do Parto". O filme mostra, a partir de depoimentos de especialistas, mães e pais em meio aos perigos da falta de informação e a violência que gestantes sofrem, em silêncio, pelo sistema de saúde brasileiro. O filme ficará em cartaz até 25 de fevereiro. A realização é de Érica de Paula e Eduardo Chauvet.

A proposta do filme é convidar a sociedade a repensar o parto, um momento tão esperado e cercado de mitos da gravidez. É neste estágio que as principais complicações e divergências acontecem: médicos que quase obrigam suas pacientes a fazerem cesárea, planos que só cobrem partos com data marcada, mulheres sofrendo os mais diversos tipos de violência fazendo cesárea ou não, as dúvidas, o medo de sentir dor, e uma série de questões relacionadas, além de diversos mitos sem evidências científicas claras.

Os dados apresentados no documentário são alarmantes. Em 2010, o percentual de cesarianas atingiu 52% do número total de nascimentos do país. A estimativa é que este número tenda a crescer. Desse percentual, quase 40% foram realizados no sistema de saúde público, e mais de 80% na rede privada.

O risco neste tipo de parto é de 2,5 vezes maior que os normais. A questão principal é que está sendo construída uma cultura sintética, não natural, sem necessidade.

A ideia de promover um debate após a estreia surgiu da necessidade de se discutir os temas levantados pelo documentário, e ainda, de conversar com profissionais e mulheres que fazem parte da realidade maranhense, ajudando a elucidar questões e discutir os rumos da saúde das mulheres no Estado.

O documentário foi financiado coletivamente, e arrecadou cerca de R$ 147 mil, um recorde brasileiro.

A mesa de debate será composta pela professora do curso de enfermagem da UFMA, Luzinea Pastor, e mediada pela estudante de Comunicação Social da UFMA, Aline Acazoubelo. Além disso haverá, também, o relato da Viviane Pires que conseguiu ter um parto domiciliar depois de uma cesariana

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