SÃO LUÍS - Vai ser ralizado nos dias 13 e 14 de agosto, o II Lençóis Jazz e Blues Festival, no Gran Solare Lençóis Resort, em Barreirinhas a 260 km da capital, São Luís. Na programação da segunda edição do festival, músicos consagrados no Brasil e no exterior, prometem apresentar o melhor do jazz e do blues para quem curte boa música e o contato com a natureza.
Artur Menezes, o eletrizante menino prodígio do blues, é integrante da banda Blues Label. Além de cantar, o jovem cearense é um show também como guitarrista. O carioca Jeffersin Gonçalves, fundador da banda Baseado em Blues e do trio acústico Blues Etc, é considerado um dos mais completos gaitistas do país. Entre os talentos maranhenses estão o percussionista Luiz Claudio Farias e o violonista Luís Júnior que formam a Banda Duo Sound, o guitarrista Pedro Araújo e o instrumentista e compositor Nosly.
No dia 13/08, às 21h, Pedro Araújo e Trio abrem a programação da sexta-feira. Em seguida, as 22h30, Artur Menezes e Trio sobem ao palco. No dia 14/08, segunda e última noite de festival, Luiz Cláudio e Luís Jr Show Duo, abrem a programação, as 21h. Às 22h30 se apresentam Nosly e Trio. Às 23h30 é a vez de Jefferson Gonçalves e banda fazerem o show de encerramento, mas isso não quer dizer que a folia termina aí.
Jams Sessions
Além de grandes shows o II Lençóis Jazz e Blues Festival vai contar com as tradicionais jams sessions. Esses encontros musicais marcam a troca de experiências entre os músicos enquanto o público se delicia com as “canjas” improvisadas.
A grande novidade do festival esse ano é o local que propicia um clima aconchegante e um maior contato do público com a natureza. A segunda edição do II Lençóis Jazz e Blues Festival será realizada no bar flutuante do Gran Solare Lençóis Resort, as margens do Rio Preguiças, em meio a dezenas de pés de buriti. Cenário e programação imperdíveis.
SERVIÇO:
Data: 13 e 14 de outubro
Horário: a partir das 21:30h
Local: Gran Solare Lençóis Resort- Lençóis Maranhenses, Estrada de São Domingos, s/nº, Povoado Boa Vista, Barreirinhas/MA, Tel.: (55 98) 3349-6000
Preço do Ingresso: R$ 30,00
Quem é quem no festival.
Artur Menezes
Artur é o menino prodígio do blues cearense. No palco, parece ter o dobro da idade, dada a segurança, a tranquilidade e o domínio do instrumento e do estilo. Também integrante da Blues Label, ele lança agora seu primeiro CD solo, onde demonstra que, além de continuar se aprimorando na guitarra, dedicou-se também a aperfeiçoar a voz, mais segura, afinada e com um timbre consistente. Como guitarrista, suas influências, que no início eram Stevie Ray Vaughan, Albert King e Albert Collins, principalmente, já não são facilmente percebidas, dado o enorme vocabulário de frases e riffs que utiliza. Percebe-se um grande pesquisador por trás do showman que sobe em mesas e cadeiras enquanto sola, dança com a platéia e convida meninas a subirem ao palco para dançar com ele. O baião-blues "Early To Marry" é algo como um misto de Bo Diddley e Eddie Cochran (!) com gaita, triângulo e rabeca. O funk-blues "I'm Never Satisfied", muito pulsante, segue o estilo de Albert Collins. As baladas lembram as dos Rollíng Stones ("Stone Cold Temptress") e as de Lenny Kravitz ("You Don't Deserve My Love").
"Please, Give Me a Chance" (shuffle já gravado com a Blues Label) ganha uma versão mais intimista e sensual, com vocais femininos, que lembra até Stray Cats. O boogie-rock "Tell Me How" soa como John Lee Hooker numa jam com o Aerosmith. Ainda na linha pesada, "Let Me Show You" parece um pouco AC/DC. Do lado oposto, "Going Back Home" é um country instrumental que mostra a habilidade técnica de Artur. Ele conta com a cozinha entrosada e competente de Lucas Ribeiro (baixo) e Wladimir Catunda (bateria), além de vários convidados especiais, entre eles os gaitistas Jefferson Gonçalves e Diogo Farias. E. Travassos (Revista Blues'n'Jazz, n. 47, Maio de 2010)
Jefferson Gonçalves
O carioca Jefferson Gonçalves começou a carreira no início da década de 1990, seguindo por um caminho comum a muitos gaitistas: o blues. Logo, trocou a profissão de bancário pela de músico, fundou a banda Baseado em Blues e o trio acústico Blues Etc., gravou com artistas de diferentes gêneros e se consolidou como um dos mais completos nomes da gaita no País – inclusive representando o Brasil em encontros internacionais, como o da Sociedade para a Preservação e Avanço da Harmônica (SPAH, em 1998, em Detroit (EUA). No entanto, o blues não foi fator limitante para Jefferson. O gaitista identificou traços muito semelhantes entre a música negra norte-americana e a do Nordeste brasileiro, baseada nos ritmos de forró, como o baião, o xaxado e o xote. E essa percepção alargou-lhe os horizontes. Dedicou-se, então, a estudar os representantes mais significativos da arte nordestina. Descobriu o maracatu e o samba rural e, como conseqüência natural, incorporou esses elementos ao seu primeiro CD solo, "Gréia" (2004).
A mistura foi bem recebida por críticos e público. "Gréia" põe no mesmo balaio a criatividade de Bob Dylan e de Luiz Gonzaga, o balanço de Jackson do Pandeiro e de Ray Charles. Tudo é música, afinal – e de extrema qualidade. Com toda esta experiência adquirida em centenas de shows, gravações e workshops, Jefferson Gonçalves tem sido uma referência em harmônica no Brasil. Visite o site dele e saiba mais de sua carreira.: www.jeffersongoncalves.com
Duo Sound
O Duo Sound, formado pelo percussionista Luiz Claudio e pelo violonista Luiz Jr, firma-se como uma das gratas novidades na boa música maranhense. A cada apresentação o Duo entra numa viagem musical por temas consagrados da música popular brasileira instrumental. Com um repertório de música instrumental extremamente brasileira, incluindo choro, bossa, samba e outros ritmos da nossa cultura, o Duo Sound é resultado de uma parceria entre os músicos Luiz Jr e Luiz Cláudio, que tocam juntos em outras formações como o Choro Pungado, grupo que mescla o choro com elementos da cultura popular maranhense.
Luiz Cláudio
Com mais de 25 anos de carreira, Luís Cláudio é um dos mais experientes do grupo. Já tocou e gravou com alguns dos mais importantes músicos do Maranhão e do país. Quando morou em São Paulo nos anos 90 tocou e gravou com Chico César, Zeca Baleiro, Ceumar, Nelson Ayres e Rita Ribeiro, dentre outros artistas de renome nacional.
Produziu e participou de diversos discos e espetáculos de inúmeros artistas como Flávia Bitencourt, César Teixeira, Alê Muniz. Lena Machado. Seus projetos atuais incluem a ida para Nova York em agosto a convite do pianista Rubens Salles para gravar seu segundo CD com a participação de músicos importantes da cena do jazz de Nova York como o flautista austríaco Christian Artmann e outros. Além da gravação do CD, Luiz ministrará um workshop sobre ritmos do Maranhão na Berklee School of Music em Boston.
Luís Júnior
É um dos mais festejados violonistas do Maranhão e já começa a chamar a atenção no cenário nacional e internacional. Dono de um virtuosismo a toda prova, Luiz Júnior já excursionou diversas vezes pela Europa, sempre com grande sucesso.
É um dos mais requisitados instrumentistas do Maranhão para shows e gravação de discos, já tendo dirigido e participado de alguns dos mais importantes trabalhos fonográficos em nossa terra alguns com distribuição nacional. Dividiu com Zeca Baleiro a direção musical dos cd’s Emaranhado de Chico Saldanha e Balançou no Congá de Lopes Bogéa; dirigiu e participou como instrumentista do cd Canção de Vida da cantora Lena Machado; participações em inúmeros discos, shows, espetáculos, etc. Atualmente está em fase de preparação do seu disco solo.
Pedro Araújo
Pedro Araújo é um jovem guitarrista, maranhense, nascido em 05 de julho de 1984, em São Luís. Iniciou sua vida musical aos 14 anos, tocando cavaquinho, por influência do seu tio Zé Eugênio, violonista, que lhe apresentou o samba e o choro e pelo seu tio Sávio Araujo, saxofonista, que lhe proporcionou seu primeiro contato com a música instrumental, fazendo com que se dedicasse mais ao estudo de violão e adentrasse no universo da bossa nova e de outros ritmos da música popular brasileira. Aos 15 anos ganhou sua primeira guitarra elétrica do seu tio, Sávio Araújo, dando início aos estudos básicos de guitarra com o professor Jair Torres na Escola de Música do Maranhão. Aos 17 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde reside e teve como mestres o renomado guitarrista Nelson Faria (www.nelsonfaria.com.br) e Willians Pereira (www.willianspereira.com.br).
No final deste ano se gradua em Arranjo (MPB) na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Unirio. Pedro Araújo sofreu influências de artistas nacionais e internacionais, dentre os quais se destacam o guitarrista americano Pat Metheny, Kurt Rosenwinkel e os brasileiros Tom Jobim, Toninho Horta, Egberto Gismonti, Guinga entre outros. Desde sua apresentação em 2002, quando acompanhou, pela primeira vez seu tio, Pedro Araujo vem se dedicando, cada vez mais, para consolidação de sua carreira, fazendo shows, principalmente, em sua terra natal, tendo já dividido o palco com grandes músicos do cenário maranhense: Sávio Araujo, Mauro Sergio, Isaías Alves, Jair Torres, Henrique Duailibe, Carlos Piau, etc.
No Rio de Janeiro, afora a música instrumental, ele desenvolveu também ao longo desses anos, trabalhos independentes, participando com cantores (as) em diversos festivais e shows como instrumentista e arranjador dentre eles os das cantoras: Vera Mello, em agosto de 2006, uma homenagem aos 60 anos de Aldir Blanc, com a participação especial do mesmo e de João Bosco; Luisa Sabóia, filha do pianista Antônio Adolfo, com participação de Fátima Guedes. Participou da gravação do DVD de Sávio Araujo, em show ao vivo, no teatro Artur Azevedo (São Luis/MA), em maio de 2008, com a participação de Nana Vasconcelos, em São Luís, no qual executou um tema de sua própria autoria. Atualmente encabeça o quinteto instrumental com o qual gravou o seu primeiro CD, após ter tido seu projeto aprovado pelo Banco da Amazônia S/A (BASA) de São Luís (MA) que o patrocinou, em parceria com o Ministério da Cultura. O CD “Buraco do Tatu” contém 10 faixas, com composições e arranjos de sua própria autoria, foi lançado nos dias 05 e 06 de junho de 2008, no Botequim Armazém e no Teatro João do Vale, respectivamente, em São Luís e no dia 31 de julho, no Armazém Digital Leblon, no Rio de Janeiro. Dentre os seus trabalhos mais recentes constam: o trabalho instrumental do pianista Dudu Viana com apresentações no Pátio Havana (Búzios/RJ), Esch Café, Aramazém Digital entre outros; Apresentação do CD “Buraco do Tatu” no programa Sala de Música/rádio Mec AM e do programa Mec Instrumental com Jota Carlos 16/08/2008 na raio Mec FM; Guitarrista do grupo “Gafieira na Surdina” aprovado pela Pauta Funarte 2009.
Nosly
Quando surgiu, no final dos anos 50, a Bossa Nova dividiu a Música Popular Brasileira em antes e depois dela. Mesmo o Tropicalismo, movimento que explodiu menos de dez anos depois da Bossa, propondo um outro nível de internacionalização de nossa música, jamais negaria a contribuição de João Gilberto e Tom Jobim para o enriquecimento do universo melódico da canção popular.
O compositor maranhense Nosly é um herdeiro legítimo dessa constatação. Exímio violonista, que não abre mão de harmonias elaboradas, Nosly propõe com sua técnica e talento elevar o nível da música que se faz hoje no Brasil. Mas suas influências vão mais além. A musicalidade de duas cidades brasileiras seria marcante no resultado final de seu trabalho. Primeiro, São Luís, com sua diversidade de ritmos; depois, Minas Gerais e o lirismo original que surgiu a partir da estética inaugurada pelo Clube da Esquina, liderado por Milton Nascimento e Wagner Tiso. É desses três universos tão distintos: bossa nova, ritmos maranhenses e música mineira, que surge o trabalho de Nosly. Uma estética sem modismos e preconceitos.
Perfil
Cantor e compositor de Caxias, Maranhão, Estado onde nasceu em agosto de 1967, Nosly começou a compor na adolescência, já morando em São Luís.
Autodidata, conquistou rapidamente os espaços culturais da cidade destacando-se em festivais. Em 1986 mudou-se para Belo Horizonte onde residiu até 1995. Na capital mineira aprimorou seus conhecimentos como violonista estudando com Gilvan de Oliveira, Célia Vaz, Ian Guest, Nelson Faria, André Dequech, Cecília Barreto e Cláudia Cimbléris.
Ao chegar em Minas Gerais, Nosly participou do I Seminário da Música Instrumental, em Ouro Preto, fazendo workshops com Toninho Horta, Dori Caymmi, Hermeto Paschoal e Heraldo do Monte. Foi aluno da Fundação Clóvis Salgado (BH) e atuou por três anos como violonista na Orquestra de Violões do Palácio das Artes. Participou, também, como convidado em shows de Toninho Horta, Lô Borges, Flávio Venturini e Paulinho Pedra Azul.
Em 1995, Nosly realizou vários shows no exterior. Ao lado da banda Brasil Corcovado, da cidade de Colônia/Alemanha, fez 44 apresentações em turnê por cinco países europeus: Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda e Suíça. Dois anos depois, voltou a Europa como convidado do compositor escocês, Joe Hamilton.
Juntos, tocaram no The Garden London Jazz Festival, realizado em Canterbury, Inglaterra. Nosly teve, ainda, participação especial no novo disco de Hamilton.
É autor de mais de 200 composições em diversos estilos, desde a MPB tradicional, passando pela Bossa Nova, blues, e chegando a ritmos dançantes como baião, reggae e funk. Entre os seus parceiros estão Zeca Baleiro, Nonato Buzar, Chico César, João Nogueira, Telo Borges, Tibério Gaspar, Sérgio Natureza, Chico Anysio, Luís Carlos Sá,Fausto Nilo e Joe Hamilton.
Barreirinhas e o Parque Nacional dos Lençóis
O Pólo Parque dos Lençóis, situado no litoral oriental do Maranhão, envolve os municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas. Seu maior atrativo é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, belo e intrigante fenômeno da natureza, que tem Barreirinhas como principal portão de entrada.
O Parque Nacional dos Lençóis é uma reserva ecológica protegida pelo IBAMA e conta com 155 mil hectares de natureza. É repleto de dunas, praias e diversas lagoas de água doce como as Lagoas Azul, Bonita, da Gaivota, do Peixe, entre outras. Essas águas cristalinas e translúcidas são as únicas lagoas do mundo localizadas em pleno deserto, formando o cenário ideal para a prática do ecoturismo.
As grandes formações de areia podem atingir até 40 metros de altura e são geradas e movidas pelos ventos marítimos estendendo-se por 70 km de praias desertas.
O Parque Nacional dos Lençóis com seus 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais é um belo exemplo de um raro fenômeno geológico que foi formado ao longo de milhares de anos por meio da ação da natureza. Suas imensidões de areias fazem o lugar assemelhar-se a um deserto. Mas com características bem diferenciadas.
Na verdade chove na região, que é banhada por rios. E são as chuvas que garantem aos Lençóis algumas das suas paisagens mais belas. As águas pluviais formam lagoas que se espalham pelo parque. Algumas delas, como a Lagoa Azul e Lagoa Bonita já são famosas pela beleza e pela possibilidade de banho. Os povoados de Caburé, Atins e Mandacaru são pontos de visita obrigatórios.
Atrativos:
Praias - Ponta do Mangue, Moitas, Vassouras, Morro do Boi, e Barra do Tatu são algumas das belas praias que esperam pelo turista em Barreirinhas. Chega-se de barco a todas elas, partindo-se da sede do município.
Mandacaru - Vila de pescadores onde a maior atração é um farol de 54 metros de altura, de onde se tem um belo visual do parque.
Caburé - Um delicioso refúgio onde o visitante pode tomar banho de mar e tirar o sal do corpo em água doce. Boa opção de pernoite. Existem chalés e boa comida.
Rio Preguiças - Também tem muitos encantos que podem ser apreciados em viagens em barcos de linha, fretados ou nas famosas voadeiras. O percurso em Atins e no Farol de Mandacaru, com sua visão privilegiada do Parque Nacional dos Lençóis, são passeios imperdíveis.
Em Barreirinhas os amantes do jazz e do blues também podem curtir as belíssimas praias da cidade como Barra do Tatu, Moitas, Morro do Boi, Ponta do Mangue e Vassouras.
Como chegar a Barreirinhas
Saindo de São Luís, seguir pela BR-135 e em Bacabeira entrar a esquerda para a cidade de Morros, passando pelos municípios de Rosário e Axixá. De Morros segue pela rodovia Translitorânea (MA-402), que leva até Barreirinhas. Total: 260 km.
Saiba Mais
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