Polêmica

Mallu e Camelo: afinal, é legal?

Fantástico

Atualizada em 27/03/2022 às 13h26

Quando uma menina de 16 anos começa a namorar um homem de 30, sempre dá o que falar. E isso está acontecendo com um casal de cantores brasileiros: Marcelo Camelo e Mallu Magalhães.

Inspirado pelo romance de Marcelo e Mallu, Tadeu Schmidt resolveu conversar com algumas pessoas para saber se amor tem idade.

"Eu queria chamar aqui uma amiga minha que ganhou o coração do Brasil inteiro e, em muito pouco tempo, ganhou o meu também. Mudou meu jeito de ver a música, mudou meu jeito de ver a vida. Com a gente, nessa noite, Malu Magalhães!", assim apresentou Marcelo Camelo, durante recente apresentação no Festival Coquetel Molotov, em Recife (PE).

Malu Magalhães, prodígio da música brasileira, 16 anos de idade. E Marcelo Camelo, ex-líder da banda Los Hermanos, 30 anos.

"Se eles se amam, têm que continuar e não ligar para a idade”, opina o estudante Stephan Heinz, de 17 anos.

O tema virou assunto entre os adolescentes. É pauta de debate entre eles na internet. O namoro entre uma garota menor de idade e um homem feito é possível?

“A menina não trabalha ainda. O cara já tem a vida dele profissional praticamente formada. Os lugares que eles freqüentam, tudo é diferente”, diz Deborah Santos, de 17 anos.

"Acho que vai muito da cabeça de cada um. Se você está maduro pra aceitar um relacionamento com grande diferença de idade, não problema nenhum”, afirma Gabriel Areta, de 15 anos.

"Se tiver respeito e se tiver amor, eu acho que dá certo”, destaca Jade Coelho.

Jade tem 16 anos. Aos 15, começou a namorar um rapaz de 19. E a mãe já estranhou.

"Achei que ela pudesse acabar se machucando. Cheguei a achar que ela pudesse estar se aproveitando”, conta a empresária Andréa Coelho.

Tadeu Schmidt — E se fosse 29?

Andréa — Ah, eu não deixava.

Tadeu Schmidt — Mas por quê?

Andréa — Acho que existe muita manipulação, porque é um homem. Ele sabe exatamente como chegar, o que vai falar, o que vai responder.

Jade — Mas, se eu me apaixonasse, ia contra a minha mãe, né?

Andréa — Está gravando isso?

Existe alguma proibição a um namoro como esse?

"O Estatuto da Criança e do Adolescente já dá direitos a uma jovem com 12 anos ter sua vontade respeitada", afirma o advogado Paulo Lins e Silva.

"Quem tem 15, 16 anos já tem discernimento possível para fazer as suas escolhas. Tanto assim que muitos já votam e muitos já dirigem em alguns países. Essa relação não é ruim, não é perniciosa, só que ela é especial”, ressalta a psicóloga Cristina Werner.

A atriz Cláudia Ohana viveu um relacionamento com essas características.

“Aos 16 anos eu já estava namorando uma pessoa mais velha, que tinha 30. Mas achava isso normal, porque tinha uma vida independente, já trabalhava, já me sustentava, vivia num mundo de cinema e com pessoas mais velhas. Não acho que a diferença seja o grande problema, mas talvez a falta de maturidade de uma menina menor de idade”, conta a atriz Claudia Ohana.

“Não vou ser hipócrita de falar que eu tenho maturidade para conversar. Se eu namorar uma mulher de 40 anos, a mulher vai falar o quê? Da bolsa?, diz Eduardo Nogueira, de 16 anos.

Tadeu Schmidt — E se a sua filha, de 16 anos, aparecesse com um namorado de 30?

Claudia Ohana — Ia ser estranho

Cissa Guimarães vê o medo dos pais de outra forma.

"Usar essa experiência de uma maneira ruim com aquela filhinha que é tão pura e tão ingênua. E se pegasse um homem mais moço, os dois estariam atravessando a vida juntos, atravessando as experiências juntos e perdendo essa ingenuidade juntos”, diz a atriz.

Cissa ainda não era atriz, tinha 17 anos quando começou a namorar o ator Paulo César Peréio, então com 34.

“Eu escondi. Escondi, porque eu sabia que não ia ter jeito, ia ser um problema na minha vida”, lembra Cissa;

Tadeu Schmidt — Agora, você tem três filhos homens. Se você tivesse uma menina, e ela, aos 16, 17 anos, aparecesse em casa com um namorado de 30 e poucos?

Cissa Guimarães — Eu ia ficar amissíssima dele. A minha preocupação seria essa: se esse homem realmente estaria amando a minha filha.

As opiniões são as mais diversas, mas, em dois pontos, todos parecem concordar. Primeiro: não há uma regra que sirva para todo mundo.

"Nós sempre devemos olhar cada caso”, afirma Cristina Werner.

E, claro: o amor é soberano.

"Tendo amor, vamos em frente! Eu não ia perder um amor na minha vida por idade, mas por nada”, conclui Cissa.

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