Dia da Mulher

Dez filmes obrigatórios na vida de uma mulher

Os filmes listados condensam um pouco todos os gêneros e abordagens que as mulheres mais valorizam.

Portal AZ

Atualizada em 27/03/2022 às 13h42

Antes fossem somente dez os filmes que todas as mulheres têm por obrigação moral assistirem ao longo de suas vidas. Os filmes abaixo listados apenas condensam um pouco todos os gêneros e abordagens que as mulheres mais valorizam. Num mesclado de drama, romance, comédia (romântica ou não) e até mesmo tragédia, os filmes tratam da temática do amor, da arte, da infidelidade, de crises existenciais, da auto-suficiência feminina e das tentativas de libertação do universo masculino (machista?) que ainda nos cerca.

Para colocar aqui ao menos metade dos filmes que não podemos deixar de assistir, essa que vos escreve precisaria de um mês inteiro para pensar, filtrar, escolher, ficar indecisa (afinal, sou mulher) e aí sim, colocar o que muitos julgariam não ser ainda um terço da filmografia dedicada às mulheres.

O Sorriso de Monalisa

(Mona Lisa Smile)

EUA, Drama, 2004

Direção: Mike Newell

Sorriso de Monalisa mostra a realidade das universidades da época em que se passa (1953). Decidida e solteira, Katherine começa a lecionar História da Arte numa grande universidade americana (Wellesley College), onde o sucesso das alunas é avaliado pelo casamento que elas consolidam. A professora vê nessas alunas um incrível potencial acadêmico e começa a se empenhar em fazer com que essas alunas fujam ao padrão daquela sociedade. Katherine passa a induzir o pensamento e a luta por um futuro independente por parte das mulheres e por isso é duramente criticada e sofre represálias da administração da escola. A universidade realmente existe. Foi um texto da Sra. Bill Clinton (ex-aluna da instituição) que levou os roteiristas Lawrence Konner e Mark Rosenthal a pesquisar mais sobre esta escola freqüentada apenas por mulheres.

O Céu de Suely

Brasil, Drama, 2006.

Direção: Karim Aïnouz

O Céu de Suely reproduz o drama de Hermila, uma jovem que vive 20 dos seus 21 anos na cidade de São Paulo e resolve voltar com seu filho recém-nascido para a casa de sua família, em Iguatu, no interior do Ceará. Durante muito tempo espera a chegada do marido que mudou-se sem deixar rastros e provavelmente nunca virá. Sozinha, Hermila tenta reinventar a sua vida, adota um condinome (Suely), quebra padrões de uma cidade do interior e continua com o sonho de ir embora para o lugar mais longe possível. Numa trama cheia de verdade e emoção, a personagem interpretada pela também Hermila, não dá margem para julgamentos de valor da protagonista. Afinal, quanto vale um desejo?

Melinda & Melinda

(Melinda and Melinda)

EUA, Drama e Comédia, 2004.

Direção: Woody Allen

A trama de Melinda & Melinda nasce na mesa de um restaurante novaoiorquinho, mais precisamente da conversa sobre filosofia e arte entre dois amigos diretores de teatro. Sy e Max, a partir da narração de uma simples história por um dos amigos sentados à mesa, abordam as principais diferenças entre drama e comédia. Cada um monta a sua história com um personagem principal, que é Melinda (Radha Mitchell). A Melinda da estória é uma mulher que teve um caso e, quando o amante se envolve com outra e o marido a deixa, ela toma diversas pílulas para dormir e bate na casa do casal que está dando o jantar. Na versão de comédia, ela é apenas uma vizinha, enquanto no drama ela é uma amiga de adolescência da mulher do casal. Enquanto na comédia, Melinda conta rapidamente sua história em tom de piada e deboche, a Melinda do drama passa o filme inteiro se atormentando pelos seus atos.

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain

(Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain)

França, Comédia, 2001

Direção: Jean-Pierre Jeunet

Amélie Poulain (Audrey Tautou) é uma jovem tímida e recatada que teve uma infância nada glamourosa e leva uma vida pacata bastante despretensiosa; trabalha num pequeno café e mora num apartamento antigo. É nesse apartamento que Amélie encontra uma caixa muito velha, com vários objetos de infância. A emoção do filme começa quando Amélie descobre a satisfação de fazer os bem a quem a cerca, ao procurar o dono da caixa. Destinada a fazer brotar a felicidade nas pessoas, a protagonista se apaixona por um rapaz de hábito peculiar. Mathieu Kassovitz interpreta o jovem que tem mania de colecionar fotos rasgadas jogadas debaixo de cabines fotográficas.

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças

(Eternal Sunshine of the Spotless Mind)

EUA, Drama, 2004.

Direção: Michel Gondry

Em Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Jim Carrey abandona o ator de comédias pastelão pra atuar num romance/drama sério e doloroso. O filme, recomendado para pessoas de coração bastante forte, pode desencadear crises e mais crises de identidade a lá Clementine (Kate Winslet). Com um cabelo que muda de cor como o vento muda de direção, Kate interpreta a mulher que resolveu apagar de sua memória todas as lembranças do casamento com Joel que, inconformado resolve retribuir a atitude na mesma moeda. No entando, ao recorrer ao Doutor Howard Mierzwiak (Tom Wilkinson) ele demonstra muita insegurança na sua atitude, o que faz com que o doutor perceba que ele quer mais é manter todas as lembranças dos momentos felizes que passou ao lado de Clementine. E o filme mostra todas as fases do processo pelo qual passa Joel. A alegria da paixão, a dor da separação e o trauma do esquecimento.

O Diário de Bridget Jones

(Bridget Jones’s Diary)

Inglaterra, Comédia, 2001.

Direção: Sharon Maguire

Renée Zellweger dá vida uma personagem completamente comum no dia-a-dia de qualquer pessoa. Bridget tem trinta e poucos anos, ainda é solteira, tem problemas com a mãe e um emprego 'mais ou menos'. Mas o que um filme assim teria de interessante? Exatamente a proximidade que ele mantém da vida real. Bidget é atrapalhada, vive achando que deve emagrecer, no entanto não se empenha em dieta alguma e fuma bastante. Porém, se engana quem pensa que Bridget fica só nisso o filme inteiro. A filmagem se desenrola com a iniciativa da personagem em mudar de vida, começando pelos hábitos. Compra um diário e passa a contabilizar todas as suas ações - favoráveis ou não - à mudança de comportamento. No tocante ao amor, Bridget vive um triângulo amoroso com o cafajeste Daniel Cleaver (Hugh Grant) e o bonzinho e certinho Mark Darcy (Colin Firth).

Frida

EUA, Drama, 2002.

Direção: Julie Taymor

Frida é a biografia de uma das mais notórias artistas plásticas do México. A filmagem mostra passagens desde a infância da pintora e aborda muitas dificuldades pelas quais passou ao longo da vida. Ainda quando criança contrai poliomielite, que deixa uma marca no seu pé. Por esse motivo, Frida Kahlo, interpretada por Salma Hayek, começa a usar calças compridas e, logo depois, saias longas, que viriam a se tornar sua marca registrada. A pintura, de início, não despertava total atenção de Frida, que o fazia mais por passatempo e influência do pai. Quando adolescente, sofre um grave acidente automobilístico, que lhe deixa vários meses convalescente em cima de uma cama, e é aqui que Frida começa a pintar com afinco. O filme mostra ainda a conturbada relação de Frida com o também artista Diego Rivera, interpretado por Alfred Molina. Porém, o ponto forte da película é a força que Frida passa ao telespectador. Apesar de todas as suas limitações e dificuldades, a artista não pára um minuto sequer de lutar por aquilo que acredita.

Dirty Dancing, Ritmo Quente

EUA, Romance, 1987.

Direção: Emile Ardolino

Dirty Dancing é clássico, mas é filme obrigatório para todas aquelas mulheres que julgam conservar em si um pouco do romantismo inesperado e um pé fime na música. O filme retrata, de forma emocionante, o casual encontro entre Frances (Jennifer Grey) e Johnny Castle (Patrick Swayze). Ela, filha de médico, de família abastada. Ele, professor de dança de um acampamento para os ricos, como o pai de Frances. A família de Frances resolve passar as férias de verão e ela, mesmo contra sua vontade, acaba indo. Lá conhece Johnny Castle, que ganha a antipatia do pai da moça por se envolver num grande mal entendido. Frances resolve fazer as aulas de dança para substituir uma dançarina e acaba se apaixonando pelo professor. É um filme leve, típico de Sessão da Tarde, mas continua sendo daqueles que têm lugar cativo na vida de toda mulher.

Perto Demais

(Closer)

EUA, Drama, 2004.

Direção: Mike Nicholls

A característica primeira de Closer é a imprevisibilidade. Tanto das pessoas, quanto dos sentimentos. A trama gira em torno de quatro personagens principais e se desenvolve de maneira bem fechada abordando as peças que o destino pode nos pregar. Longe de ser uma comédia romântica, Closer nos envolve numa teia que aborda a tragédia que o amor pode vir a ser, envolvendo ciúmes, desejo e traição. A forma casual e inesperada como acontece encontro entre Alice (Natalie Portman) e Dan (Jude Law) caracteriza o filme. Existe amor à primeira vista? Se sim, que não paremos de olhar! Tempos depois Dan conhece Anna numa exposição fotográfica e apaixona-se por ela. Aqui o filme começa a crescer em seus diálogos e problematizações sobre o amor e sobre valores morais.

Minha vida sem mim

(Mi Vida Sin Mi)

Espanha/Canadá. Drama, 2003.

Direção: Isabel Coixet,

Roteiro baseado no conto Pretending the Bed is a Raft, livro de Nancy Kincaid.

Minha Vida sem Mim é um filme de sensibilidade sem tamanho. Ganhador do Festival de Berlim, a co-produção Espanhola e Canadense mostra, com certa crueldade, de tão puro, a vida de uma jovem de 23 anos, mãe de família, que se descobre portadora de um câncer. Num ato de coragem (ou seria egoísmo?) Ann (Sarah Polley) esconde do apaixonado marido e das duas encantadoras filhas a sua enfermidade no intento de aproveitar seu resto de vida. De família de baixa renda, Ann mora com o marido e as duas filhas num trailler no quintal da casa de sua mãe e não tem grandes perspectivas. A personagem toma as rédeas de sua vida, por vezes até cometendo injustiças, e decide, dentre outras coisas, 'preparar' uma mãe para suas filhas e uma esposa para seu marido. Enquanto isso, passa a gravar uma série de mensagens para as pessoas em sua volta.

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