SÃO LUÍS - Lençóis Proibidos é o nome do livro que Alex Brasil lança hoje na 1ª Feira do Livro de São Luís, Casa do Escritor Maranhense, às 19h. A publicação, independente, reúne 15 contos inéditos escritos nos últimos dois anos. Este é a segunda obra do gênero assinada por Brasil, que tem sua carreira literária voltada quase que exclusivamente para a poesia, gênero no qual escreveu 15 livros.
Em Lençóis Proibidos o autor aborda temáticas variadas, como loucura e prostituição infantil. Passeia ainda por temas regionalistas (fragmentos da infância vivida no interior do estado) e por situações tipicamente urbanas. Batizado com o nome de um dos contos, o livro, de acordo com Brasil, serve como metáfora que engloba toda a obra. “Todas as histórias partem de alguns segredos que eu sempre guardei em minha alma e que só agora estou revelando ao leitor”, diz o escritor.
Ele frisa ainda que, embora o livro seja uma obra de ficção, nele podem ser encontrados muitos traços autobiográficos. A opção por lançar um livro de contos foi uma forma encontrada pelo autor para dar vazão à imaginação. “A poesia em mim sempre foi impositiva. O poema me procura. Já o conto tem mais a ver com minha imaginação”, frisa ele.
EXPERIÊNCIAS
Com orelhas assinadas por Ubiratan Teixeira e apresentação de Arlete Nogueira da Cruz, o livro traz contos como Meu Nome é Garcia, A Promessa, O Diamba, Riba Doidinho, entre outros. Na opinião de Ubiratan Teixeira, o autor “não cria um mundo fictício para nele recriar sua própria história pessoal, vista, informada e vivida, assim como outros tantos artistas geniais. Quem conhece o poeta e sabe de sua origem, flagra nas narrativas reunidas em Lençóis Proibidos suas experiências de infância e adolescência, não só a vida rural, como o inferno socialmente injusto dos campos de concentração urbanos, sua inquietação por um mundo justo, livre das punições gratuitas e desnecessárias”.
Em seu texto, Arlete Nogueira da Cruz diz que os contos de Alex Brasil “denotam uma capacidade de síntese, com diálogos bem conduzidos e uma concepção apurada nos desfechos, mostrando a consciência que o autor tem de uma necessária engenharia literária”. A obra é dedicada à Arlete e a seu marido, o poeta Nauro Machado.
Como planos para o futuro, Alex Brasil pretende lançar mais três livros, que, segundo ele, já estão prontos. “Será um de artigos que publiquei ao longo do tempo e outros dois de poesia”, adianta o escritor.
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