Mortes por dengue no país até setembro foi segundo maior da história

Só neste ano, houve cerca de 279 mil casos de dengue.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h13

Brasília - Dados do Ministério da Saúde mostram que de janeiro e setembro deste ano foram registradas 61 mortes decorrentes de dengue no Brasil. O número é o segundo maior na história do país, atrás apenas dos registros de 2002, quando 150 pessoas morreram em decorrência da doença. Só neste ano, houve cerca de 279 mil casos de dengue, enquanto em 2005 foram notificados aproximadamente 221 mil.

De acordo com o ministério, 80% dos criadouros do mosquito estão em ambientes domiciliares. Para conscientizar a população, no dia 18 de novembro será realizado o Dia Nacional de Mobilização contra a Dengue. Nessa data começa o período chuvoso no país e uma mobilização nesta época pode influenciar a diminuição dos casos de dengue.

Um dos cuidados que pode ajudar no combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue é evitar água parada em latas, embalagens plásticas, pneus e vasos de plantas é um dos cuidados que podem ajudar. Se medidas tão simples não forem levadas a sério, os focos da doença podem aumentar.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Fabiano Pimenta, o mosquito não pode ser extinto, mas se a doença for tratada a tempo o óbito pode ser evitado. Segundo Pimenta, os principais sintomas da dengue são febre alta, dor ao redor dos olhos e dor nas articulações. As pessoas com esses sintomas devem procurar ajuda médica.

“É o profissional médico que vai avaliar o estado clínico da pessoa conjugado com exames clínicos de sangue, principalmente. Em função desses exames é que ele vai tomar a medida, a conduta em relação ao paciente. Essa consulta ao médico é que vai prevenir a doença na pessoa, ou mesmo que ela evolua para a forma mais grave. Fazendo os exames ela tem grandes chances de não chegar ao óbito”, afirmou.

No Brasil existem três variações de dengue, os tipos 1,2 e 3. Quem se infecta com um desses tipos não corre o risco de ter a mesma doença novamente, pois fica imunizado. Segundo Pimenta, o problema é se esse indivíduo contrair a doença de tipos diferentes, pois ela virá de forma mais agressiva e o doente corre o risco de desenvolver a forma hemorrágica que pode levar à morte. “Esse é um dos fatores que favorece a manifestação de formas graves da doença e por conseqüência a ocorrência de óbitos”.

O ministério da Saúde repassa para estados e municípios cerca de R$ 540 milhões por ano para ações de controle e combate da dengue e promove atividades para conscientizar a população sobre como diminuir os focos da doença no país.

No período que antecede os jogos Pan-americanos 2007, ações para o combate da dengue serão intensificadas para que turistas e atletas não sejam infectados com a doença, prejudicando o evento. O Ministério da Saúde vai distribuir cartilhas que também podem ser encontradas na internet, no endereço : www.saude.gov.br.

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