SÃO LUÍS - O número de casos da dengue notificados este ano em São Luís já é quase cinco vezes maior que o registrado durante o ano de 2004. O tipo mais grave da doença, a hemorrágica, fez 37 vítimas na capital, sendo sete óbitos - não confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus).
Entre os bairros de maior incidência, estão o Centro, Liberdade, Monte Castelo, Vila Embratel e São Francisco.
Este ano, foram notificados 2.198 casos de dengue, dos quais foram confirmados 163. Ano passado, foram notificados 526 casos da doença, sendo apenas 119 confirmados por testes laboratoriais.
Do tipo hemorrágico, foram quatro casos e nenhuma morte figura nas estatísticas da Semus. Julho e agosto foram os meses de maior concentração dos casos de dengue, atingindo principalmente os bairros Ipase, Bom Jesus, São Cristóvão, Monte Castelo, Bequimão, Liberdade, Coroadinho, São Francisco, Vila Palmeira e Bairro de Fátima.
Já este ano, por causa das chuvas que se intensificaram após abril, a transmissão do vírus aconteceu de forma mais intensa em maio, junho e julho. Para o coordenador municipal do Programa de Controle da Dengue, Pedro Tavares, o aumento significativo das notificações pode ser explicado pela introdução do sorotipo 3 da dengue no interior do estado.
“Durante o período de Carnaval, muitas pessoas infectadas com o sorotipo 3 estiveram em São Luís, proporcionando a contaminação do mosquito Aedes aegypit que circula na cidade”, destacou Tavares.
O coordenador da dengue admitiu que o Município foi surpreendido com o aumento de casos, que foi verificado também no restante do país. Para tentar minimizar os impactos da doença na capital, foi necessário que a Semus solicitasse o apoio do Ministério da Saúde.
Máquinas
O Governo Federal enviou, em junho, cinco máquinas de borrifação espacial, o fumacê, para a intensificação do combate ao mosquitos nas áreas de maior incidência, que se juntaram a outras 10 do Município e uma máquina do Estado.
O contigente de servidores no Programa de Controle da Dengue também está aquém das necessidades do município de São Luís. Hoje, estão trabalhando 327 agentes, mas o ideal são 410, cada um visitando 800 imóveis por ciclo, ou seja, a cada 60 dias. A Prefeitura estuda a possibilidade de incrementar este efetivo a partir do próximo ano.
“Intensificaremos as campanhas educativas a partir do próximo mês, para pedirmos à população que nos ajude nesta guerra contra o mosquito da dengue”, disse Pedro Tavares.
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